Título: MIB - Mulder in Black Autora: Claudia Modell Sinopse: Mulder vive em um mundo totalmente diferente, onde todos acreditam em ETs e paranormalidade. Mas será que ele é feliz? E-mail: claudia@subsolo.org Categoria: Humor Homepage: http://subsolo.org Disclaimer: Os personagens dessa história foram criados por Chris Carter, 1013 e Fox Company. MIB Quando Mulder resolveu entrar para o FBI nunca imaginou os problemas que teria com seus superiores. Suas idéias divergiam totalmente da de todos. O convívio era às vezes era muito tenso. Mas agora ele se via diante de uma parceira, Dana Scully, que também não compartilhava de suas idéias. As teorias que ele lançava para explicar os casos em que trabalhava eram imediatamente rejeitadas pela parceira. Mas, na maioria das vezes, as coisas seguiam por um curso normal, e os ânimos nunca se exaltavam. Muitas e muitas vezes ele demonstrava ter razão e quando isso não acontecia as teorias dela também não vingavam. Mas as teorias dela jamais poderiam vingar, em um mundo normal. Mas ele não vivia em um mundo normal. Ele não podia entender como alguém realmente podia acreditar que JFK havia sido abduzido e assassinado por alienígenas. Mas essa era a verdade que sempre foi imposta a ele. Até hoje as crianças aprendiam isso na escola. E milhões de outras loucuras, como que a terra vem sendo vigiada por alienígenas ou que demônios estão sempre nos torturando e nos obrigando a fazer coisas inimagináveis. Ele sempre retrucou. Inclusive quando era criança. Mas era inútil, todos riam dele e de suas teorias. Quando sua irmã menor foi seqüestrada aos oito anos, seus pais e até mesmo a polícia escolheram uma explicação absurda para o fato. Disseram que com certeza ela havia sido abduzida, levada por extra terrestres. Ele ainda protestou. Explicou para os policiais que tinha visto um homem entrar na casa. Mas sua mãe, tentando acalmá-lo, explicou que o homem devia estar disfarçado e que na verdade era um extra terrestre. Um policial ainda aventou a hipótese de que Samantha teria sido engolida por outra dimensão. Mulder ficou desesperado ao ouvir isso. O tempo estava passando e aquelas pessoas falavam de ETs e dimensões paralelas. Ele protestou novamente, mas foi em vão. Ela nunca foi encontrada. Ele resolveu entrar para o FBI, mantendo em mente a vontade de mudar as idéias obtusas daquelas pessoas. Agora, alguns anos depois sua vontade estava minada. Ter Scully como parceira não era de forma alguma ruim. Mas as idéias dela às vezes o deixavam preocupado. Quando um homem subiu em uma torre e atirou em vinte pessoas ela disse imediatamente que ele estava possuído por demônios, que todos os sintomas indicavam isso. Ele tentou retrucar, dizendo que o homem simplesmente havia enlouquecido. Skinner discordou dela, mas somente para dizer que achava que era apenas um demônio. Em seguida o caso foi encerrado. Até que ele agradeceu por isso, já que não estava interessado em, mais uma vez, interrogar o demônio em uma tábua Ouija. Mas nem sempre ele tinha essa sorte. Quando três mulheres foram assassinadas, todas esfaqueadas, tudo levava a crer que o assassino conhecia as vítimas, que ele estava bem perto. Scully aventou a hipótese de que elas teriam se matado. Mas voltou atrás, talvez devido ao protesto dele. A investigação prosseguiu por algum tempo, e ele somente agradecia que não haviam outras vítimas, já que não estavam fazendo nenhum progresso. Eles tiveram que visitar dois cartomantes que no entanto não conseguiram descobrir nada. Scully já estava preocupada. Usou os métodos tradicionais de investigação, como leitura de mãos, cartas, tábua Ouija e leitura de folhas de chá. Mas nada funcionava. Começava a achar que haviam sido simples acidentes. Essa conclusão deixou Mulder furioso. Era somente uma explicação desprovida de qualquer senso. Como ela alegava que alguém poderia cair sobre uma faca diversas vezes seguidas e que tenha acontecido com outras duas mulheres? Ao final teve que se render à conclusão final dela. Ou seja, que foi azar a causa da morte. Skinner ainda aventou a hipótese de que uma conjunção astral pudesse ter feito com que as mulheres fossem mortas. Mas isso não fazia qualquer sentido. Para Mulder no entanto, nada daquilo tudo fazia sentido e nunca fez. Afinal porque o FBI e a polícia não enxergavam o óbvio? Quantas vezes câmeras escondidas filmaram algum assalto e mostrava vultos, mal se vendo o rosto, e em seguida a conclusão a que chegavam era que o assaltante era um fantasma. Mulder já estava cansado daquilo tudo. Às vezes encontrava pessoas que tinham as mesmas idéias que ele. Mas essas pessoas tinham medo de serem amaldiçoadas e se escondiam. As idéias de Mulder por vezes se tornavam perigosas. Por vezes encontrou em sua porta um pentagrama de sangue. Outra vez encontrou um boneco vudu em seu carro. Como Scully estava lá, ela o obrigou a apresentar queixa. Mas nada ficou esclarecido. Ela se preocupou com a saúde dele por algum tempo, porque as agulhas do boneco estavam fincadas no coração. Mas nada havia ocorrido. Scully descobriu mais tarde que Skinner havia pedido a seus superiores que fizessem um círculo de proteção para Mulder. Segundo Scully isso foi o que o salvou. Mulder apenas sorriu e não quis retrucar. Ultimamente vem se conformando com isso. Ele não ia mudar o mundo. O prédio do FBI continuaria a não ter o décimo terceiro andar. Gatos pretos continuariam a ser proibidos e contrabandeados por bandidos. As sextas feiras treze continuariam a ser feriado. A única coisa que podia fazer era continuar seu trabalho, continuando com suas convicções e buscando sempre a verdade. Fim