Titulo: Fic Eterna Autoras: Claudia Modell e Alexandra Morgilli (não necessariamente nessa mesma ordem:P) E-mail: claudia@subsolo.org Sumario: Uma luta de vida ou morte é travada entre Fox Mulder e duas escritoras de fanfic. Parece meio óbvio quem vai ganhar né? Categoria: Metafanfic! Fic Eterna Era uma segunda feira, já passava de uma da tarde, e Claudia não conseguia fazer uma fanfic que prestasse. Havia tentando chamar o Mulder, diversas vezes, durante os últimos dias, mas ele parecia estar muito ocupado com outros assuntos. Se ao menos ela pudesse ter a certeza de que ele não estava fazendo nada de errado. Mas, mesmo que estivesse, ela sabia que conseguiria torturá-lo, tanto mental quanto fisicamente, fazendo com que ele pagasse por todos os seus pecados. De alguma forma, Fox Mulder sabia o que estavam reservando para ele. Anos e anos sendo objeto de agressões de todas as formas, haviam ensinado o agente a como fugir das situações. E ele havia previsto que algo muito grande e terrível estava para ocorrer. Assim, durante uns dez dias ele havia se esquivado de Claudia e de Alexandra, que, ultimamente, vinha tendo idéias violentas em relação ao pobre agente. Na verdade, ele começava a pensar, um grupo cada vez maior de escritoras (sim, a maioria são mulheres) estava se especializando em fazê-lo sofrer. Mulder gostaria de se lembrar qual foi a primeira fic que fizera isso com ele. Adoraria saber o nome do ser que havia começado a destruir sua mente, seu corpo. De repente, no silêncio da sala de seu trabalho em Brasília, Claudia deu um grito de felicidade. Bastou olhar para o parágrafo anterior para notar que havia conseguido capturar Mulder novamente. E, dessa vez, ele não escaparia. Mulder olhou para a escritora, com uma expressão quase infantil. Como ele havia sido tão estúpido de aparecer, mesmo por alguns segundos, na frente da torturadora? Mas agora era tarde. Claudia já estava preparada para mandar uma mensagem para Alexandra, com a qual havia combinado a mais nova tortura contra ele. Nesse momento, entre letrinhas e espaços em branco, Fox Mulder se encontrou encurralado, sem qualquer via de fuga. Claudia digitou as últimas letrinhas antes de abrir o fórum, e mandar, pelo modo mais rápido, o agente indefeso, para sua comparsa. No fim do texto, estava uma pequena nota: Agora e com você, Ale. Não tenha piedade. Claudia Modell xxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxx A manhã fria de outono proporcionava o céu azul como cenário e o silêncio propício para escrever, num escritório onde quase todos haviam desaparecido, empenhados em tarefas rotineiras em outros lugares. Tudo estava perfeito, inclusive seu humor, nefasto para aquela hora do dia. Papel branquinho à sua frente, sua caneta favorita...e tudo o que conseguia eram flores. Flores bestinhas, desenhadas a exaustão: tédio... A história não vinha, não adiantava insistir. O pouco que escrevera, carecia de fundamento, não fazia sentido. Muito fraco. Faltava alguma coisa. E faltava mesmo, não tinha nem uma vaga idéia do que era. Quem sabe pesquisa? Ou "ração" como gostava de chamar o material de pesquisa, usado para alimentar os "gatinhos", apelido peculiar que compartilhava com a amiga Claudia para definir fics em desenvolvimento...Buscou o material na grande pilha de papéis de sua mesa, recostou-se e tentou ler com atenção... Alguns minutos mais e estava jogando de lado o maldito livro sobre alquimia, adquirido sob nome falso para uma boa causa. Alexandra decidiu parar de insistir e resolveu vadiar um pouco e encontrar alguém para atormentar nos fóruns, vício adquirido recentemente e do qual não conseguia livrar-se, mesmo sob ameaças de amigos e familiares. Foi então que encontrou. Lá estava a resposta. Era isso o que faltava, a resposta que buscava: Mulder!!! Ali estava o agente, finalmente capturado entre as palavras urgentes que a amiga lhe deixara numa mensagem secreta (desde que ninguém desobedecesse ao aviso no início da mesma). Seus olhos brilharam! Desde sua última fic, quando submetera Mulder aos caprichos de Hannibal Lecter, ele estava zangado com ela e andava esquivo. Porém, agora estava ali, com aquele ar indefeso que ela adorava... _ Ora, ora, se não é o meu menino fujão..._ simplesmente deliciava- se com a presença dele ali. _ Olha, Ale, eu gostaria muito de ter tempo pras suas confusões hoje, mas realmente tenho de ir. Sabe como é... a Scully está me esperando e eu não posso desapontá-la, você me entende...não é mesmo?_ inteligente, Mulder decidiu que a melhor maneira de sair rapidamente daquela situação seria agir com naturalidade e apelar para o lado shipper da autora para escapar. _ Sinto muito, Mulder. Dessa vez tenho compromisso assumido com outra autora e estamos dividindo você. Ela não aprova muito essa coisa de você não poder desapontar a Scully...Alias, já que você mencionou sua parceira, acho que vamos trazê-la para te fazer companhia...Você quer? O pânico invadiu Mulder. Não podia permitir que aquelas duas malucas capturassem também à sua parceira. Nos últimos encontros que tivera em separado com cada uma delas, haviam usado Scully para torturá-lo das mais diversas formas, chegando até mesmo a matá-la! Tudo para vê-lo sofrer, num exercício de sadismo incompreensível. Precisava pensar. Ele já estava preso, dificilmente sairia ileso dessa situação, sabia disso, mas não podia permitir que capturassem também a parceira, seu verdadeiro ponto fraco... _ Que falta de criatividade! Será que você e a sua amiga não conseguem pensar em nada diferente? É sempre a mesma lenga lenga? Vocês só pensam nisso? Seqüestrar a Scully, matar a Scully, me fazer ficar louco e maltratá- la... _ Hei, disso eu não me lembro!_ Ale protestou, indignada. _ Não foi você, foi ela, quando quase me matou com as drogas...não me recuperei daquilo até agora sabia? Bom, então eu lanço um desafio: Quero ver algo novo! Quero ver se vocês conseguem me atingir sem usar a Scully!_ com essa frase, Mulder fazia o sacrifício em nome do bem estar da parceira. Sabia que sem ela como argumento, as duas autoras teriam de lançar mão sabe Deus de que táticas terríveis para satisfazer seus instintos...mas era assim que tinha de ser. Não podia deixar Scully a mercê delas novamente... Ao ouvir as palavras determinadas daquele homem, tão lindo assim preocupado, sentiu-se empolgada e tratou de redigir uma nota a sua "sócia": Modell, O agente Mulder nos desafia. Achei instigante. Aceitamos? Ale xxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxx Claudia já havia perdido as esperanças de ver a continuação de sua fic. Horas haviam se passado sem que Ale desse qualquer notícia. Mas, ao verificar o fórum novamente, percebeu que sua comparsa havia feito progressos, conseguindo, até mesmo, manter contato verbal com Mulder. Uma pena que Alexandra, uma jovem com tanta experiência em fanfics, tenha se deixado levar pelas palavras de Mulder. Bons tempos quando a mesma Ale Morgilli era capaz de, apenas com algumas palavras, fazer com que um cruel seqüestrador largasse a faca e deixasse Mulder sair com vida. Mas Claudia deixou essas críticas para depois. O estrago já estava feito e agora cabia às duas resolver o grande problema. Enquanto Claudia apertava os lábios com força, tentando achar uma solução, Mulder observava a cena, escondido na barra de ferramentas do NoteTab Light. Ele estava nervoso. Sabia que suas palavras haviam, por alguns momentos, distraído as autoras, mas até quando? Mulder achou melhor tomar uma atitude. _ Hey Claudia, soube da minha conversa com sua colega, não é? _ Sim, eu soube, mas não sou muito a favor. _ Como não? Você tem a mania de afastar a Scully de mim. Só tem que fazer isso pela bilionésima vez. Claudia notou a ironia nas palavras do lindo agente, mas preferiu não entrar em uma guerra de letras, que não levaria a nada e consumiria bytes preciosos. _ Mulder, vou ignorar essa sua crítica, dessa vez. Mas somente porque eu tenho muito trabalho pela frente e a Ale deve estar esperando que eu decida o que fazer. _ E você já decidiu? A voz de Mulder parecia trêmula, mas talvez fosse somente uma impressão. Claudia gostava de pensar que Mulder estava escondendo seu medo, atrás de palavras irônicas e agressivas. Ele não mudava nunca mesmo. Deixando de lado essa distração, Claudia voltou ao problema principal. Como fazer Mulder sofrer sem utilizar Scully? Não havia mais ninguém com quem ele se importasse o suficiente. Não! Havia um meio! Claudia resolveu mandar uma nota secreta para sua colega, sem que Mulder soubesse o que estava acontecendo. Não seria difícil para ele desvendar o que estava escrito na nota, mas se Ale lesse a nota com rapidez, elas conseguiriam colocar o plano em ação antes que Mulder reagisse. Assim, após estudar as possibilidades de criptografia, Claudia redigiu a nota fatídica. Ale aled oidícimoh od odasuca res iav ele e, uerrom Ale euq rahca iav redluM o sam, zap me yllucS a raxied Somav. Claudia Ale Vamos deixar a Scully em paz, mas o Mulder vai achar que ela morreu, e ele vai ser acusado do homicídio dela. Claudia xxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxx O escritório agora fervilhava, com a equipe que voltara de suas tarefas e exigia sua atenção. Entre a confusão de vozes envolvidas em discutir largura de faixas de rolamento e acidentes com motocicletas, Ale não conseguia concentrar-se. Estava inquieta e angustiada. _ Será que ela faz isso comigo de propósito ou eu é que sou muito suscetível?_ Ale resmungava, como de hábito, enquanto aguardava um sinal da outra mulher. Já fazia algum tempo que enviara a mensagem do desafio de Mulder para sua comparsa em Brasília. Sentia-se tensa, não só porque aguardava o destino de Mulder, mas também por temer não conseguir acompanhar o ritmo da outra, muito mais experiente em torturar o homem de olhos verdes. Ela, uma aprendiz apenas, não sentia ainda a segurança necessária, mas não podia deixar Mulder perceber isso, sob o risco de deixá-lo escapar. Foi então que suas expectativas se materializaram, sob a forma de uma resposta enviada por Claudia. Existia ainda uma mensagem cifrada, que deveria ser lida rapidamente, antes que a memória fotográfica do agente fosse usada e elas perdessem o trunfo do segredo. Ale leu e imediatamente apagou o trecho, sob o olhar de expectativa de Mulder, que agora partia nos dentes uma semente de girassol, que ela roubara para ele do pássaro de estimação do meninos do escritório. _ E então? Ela aceitou a proposta? Ou vocês não conseguem pensar em nada novo mesmo?_ ele forçava a barra, tentando desestruturar a autora a sua frente. Sabia que se é que teria alguma chance, tinha de ser com esta, mais imatura e não tão hábil no quesito angústia. Com Claudia ele não teria escapatória. Sabia, porém, que tinha de agir agora, pois Ale aprendia rápido e ele não queria dar tempo a ela para que ganhasse confiança e levasse a cabo os planos terríveis da dupla. _ Eu sei que você não está a vontade com isso, Ale. Pense bem, você não é assim. O que é que os shippers vão pensar dessa história? Vá escrever histórias românticas e deixe a Claudia pra lá!_ ele tentava tudo. Era agora ou nunca... _ Sabe de uma coisa Mulder? Tem uma frase que a Scully te disse uma vez, no final de um episódio e que eu adoro: Cala a boca!_ Ela sabia que não podia cair na conversa dele. Não podia deixá-lo sair dessa assim, sem que a história se desenvolvesse. Embora a fama de Claudia fosse de crueldade, ela sabia que era disso que os leitores gostavam! Podiam sentir-se angustiados, tensos, e até ficavam zangados...mas no fundo adoravam ver Mulder sofrendo, e quanto mais melhor! Retirou do pacote uma folha em branco, buscou uma posição mais confortável na cadeira, desligou-se das discussões dos colegas e iniciou, tentando manter Mulder quieto enquanto iniciava a narrativa: Domingo, 3:00 Am Apartamento de Fox Mulder A escuridão da madrugada não era suficiente para garantir-lhe um sono tranqüilo . O sofá, sempre tão desconfortável mas nunca abandonado, amparava o corpo forte do agente, que dormira diante da TV ainda ligada e que exibia agora intermináveis programas de vendas, numa cantilena monótona sempre permeada de frases repetitivas. Pelo chão, cascas de sementes de girassol e uma embalagem vazia de pizza. Pelo menos ele se alimentara aquela noite. Seu sonho, confuso, o mantinha tenso. Perseguia algo que não alcançava, alguém cuja face era impossível divisar ... apenas corria, corria sem conseguir alcançar a pessoa que fugia dele mais e mais rápido...ouvia seus próprios passos agora, cada vez mais fortes, mais intensos...tão fortes que pareciam batidas prontas a derrubar uma porta...Ouviu um baque surdo e acordou sobressaltado: Aquelas batidas não estavam no sonho! Estavam em sua porta, arrombada por um grupo de cerca de seis policiais armados, agora postados em círculo ao seu redor, enquanto um deles o algemava e lia seus direitos... xxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxx Claudia havia tentado se distanciar, aguardando a chegada da tão aguardada continuação. Havia aproveitado as horas de espera para fazer um lanche fraquinho, e agora, vendo que Mulder havia comido pizza, ela se sentiu traída. Porque Ale fizera isso com sua colega? Estaria sua alma shipper se manifestando contra a tendência sadia half shipper de sua colega? Não importava. Claudia já tinha um plano em mente, algo que, nem mesmo Ale poderia esperar. Aquela pizza não teria sido lançada na fic impunemente. Mulder acordou de sobressalto, sem saber o que aqueles policiais poderiam estar querendo com ele. Logicamente, ele tinha uma vaga idéia do que estava ocorrendo. Aquelas duas malucas, desocupadas, provavelmente haviam arrumado um meio de fazê-lo ser acusado de algum crime. Como eram tolas, essas jovens futuramente desempregadas. _ Agente Mulder, queira nos acompanhar, por favor. _ Posso saber do que eu sou acusado? Por segundos, Mulder pensou ter visto uma expressão irônica estampada no rosto do policial, antes que este respondesse: _ Não sabe, Agente Mulder? Ou talvez não se lembre... _ Quer dizer logo, oficial? _ A morte de sua parceira. Se lembra dela, não é mesmo? Mulder mal podia respirar. Scully? Morta?? Mas e o acordo que ele fizera com as autoras?? Será possível que essas duas não tivessem palavra? E o pior, como ousavam acusá-lo de homicídio, ainda mais de sua parceira? Isso era ridículo, e Mulder sabia que ninguém jamais acreditaria em uma história tão louca. Mulder deixou escapar um sorriso ao pensar no absurdo da situação. O policial interpretou o sorriso como escárnio pela situação. Como podia um homem ser tão insensível a ponto de matar a própria parceira e ainda rir da situação. Irritado com isso, o policial partiu para cima de Mulder. Seus colegas não tentaram impedir a agressão. Mulder tentou se defender ao máximo, mas o policial era bem maior do que ele e tinha o cacetete na mão. Os socos no estômago fizeram com que Mulder devolvesse a pizza que havia sido seu jantar horas antes. /Claudia estava feliz, havia cumprido a promessa de fazer alguém pagar por aquela pizza./ Em segundos, Mulder deixou de sentir dor. A escuridão tomou conta de sua mente. Seu último pensamento, antes de encontrar as trevas da inconsciência, foi para sua parceira, que ele, erroneamente, julgara estar em segurança. Claudia estava satisfeita (e ligeiramente resfriada). Havia conseguido enganar Mulder, fazendo com que ele sofresse com a morte de sua parceira. E, o melhor, havia feito com que ele fosse torturado fisicamente. Agora competia a sua comparsa continuar a dramática fic. Com um gesto rápido, Claudia pressionou as teclas contrl+V, depois contrl+C. Em seguida, abriu o fórum novamente e colou a mensagem para que a aventura continuasse. Agora somente lhe restava aguardar...... xxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxx O silêncio até agora reconfortante estava definitivamente abalado pelos dois colegas desocupados de vozes fortes que sentaram-se perto dela para discutir política. _Céus, que tortura, esses dois palhaços gritando aqui perto de mim! _ tentando não ouvir aquelas vozes e suas frases irritantes, Ale concentrou-se no texto que acabara de ser enviado para a tela de seu computador. Percebeu que sua alma shipper a traíra e seu erro (alimentar o prisioneiro) havia deixado a colega zangada...e a Claudia zangada era algo que até ela mesma temia. O resultado havia sido terrível para o próprio Mulder, espancado pelos policiais até que se arrependesse do jantar... Agora ela o tinha de volta assim, inconsciente abandonado no chão de uma cela úmida (Ale gostava dessa descrição...suas celas sempre eram úmidas e sombrias...). Retomando de forma dolorosa a consciência, Mulder sentia-se ferido não só no corpo, mas no espírito. Mais uma vez fora traído, sua parceira fora morta por aquelas duas maníacas apenas para atingi-lo. Que destino teriam elas dado a corajosa mulher ruiva? Quanto terror teriam as duas imposto a ela antes de finalmente a matarem? Seus pensamentos não conseguiam fugir da imagem do lindo rosto de Scully, maculado pela dor... _ Hei! Peguei você Mulder! Peguei você curioso em relação ao sofrimento da Scully!_ Ale interrompeu os pensamentos do agente, feliz por apanhá- lo num momento de fraqueza._ Viu? Você nos acusa de crueldade, mas está aí lamentando não termos descrito o que aconteceu com ela! _ Sua louca! Eu não estou lamentando isso! Eu não me divirto com essas coisas como os seus leitores maníacos!_ No fundo, Mulder estava assustado consigo mesmo...estaria sendo contaminado por esse vício, alimentado de lágrimas e dor cultivado com primor por Claudia e agora imitado com certa timidez pela outra? _ Não! Não e não!!!!! Vocês não vão me enlouquecer!!! Guardas! Guardas!! Tirem-me daqui...tenho direito a telefonema! Quero um advogado!!! _ Tem razão...É um direito seu! Acho que tenho inclusive a advogada ideal pra defendê-lo, agente Mulder...(nesse instante, um sorriso maldoso tomou conta da expressão dela, que sabia exatamente a quem ofereceria a causa: Dra. Modell, advogada.) xxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxx Mulder ficou chocado ao ouvir o que Ale lhe dissera. Será que ninguém percebia que tudo aquilo era uma armadilha? Que aquelas mulheres sem alma haviam matado sua parceira somente para fazê-lo sentir-se culpado? Ele não se deixaria cair nessa vil armadilha. Lutaria contra isso, mesmo que tivesse que lutar sozinho. Devia isso a Scully, a si mesmo, a sua família e... _ Ok, chega Mulder, você está exagerando. _ Acho que quem está exagerando são vocês! Aonde pretendem chegar com essa comédia farsesca? _ Chame de farsa, se quiser, mas caro Mulder, isso está longe de ser uma comédia. Ah ah ah ah. As risadas satânicas de Claudia ecoavam pelos corredores e celas úmidas da antiga delegacia. E, mesmo quando ela já havia deixado o desagradável local, Mulder ainda a ouvia. O som das risadas lhe causavam arrepios. O ar úmido da cela pareceu condensar-se formando uma espessa camada, como o fog londrino, que esconde tanto as vítimas quanto os agressores nas noites escuras e desesperadas. _ Chega!! Está me ouvindo??? Eu nunca li uma bobagem tão grande!!! _ Mulder, cala a boca. Claudia afastou-se completamente após dar essa última ordem ao seu prisioneiro. Sem que ninguém percebesse, e contrariamente a qualquer lógica, já que, supostamente, Mulder estava sozinho, um vulto se moveu na cela ao lado daquela ocupada por ele. O lamento do agente, ao ver-se preso em uma armadilha, foi ouvido pelo homem barbudo, que, de alguma forma, havia levado para dentro da cela um estranho aparelho, parecido com um palm pilot. Usando uma pequena caneta eletrônica, o homem acionou um dispositivo. As linhas brilhantes que se formaram desceram até o fundo da pequena tela. Ao mesmo tempo que isso acontecia, Claudia era tomada por um mal estar crescente, uma gripe, talvez. Ela começava a vislumbrar a verdadeira identidade do homem de barba. Alex Krycek! Mas porque ele queria ajudar Mulder? E como ousava se opor a forças tão poderosas? Não sabia que, mesmo doente, Claudia era capaz de matá-lo com um simples golpe? Aparentemente, ele não sabia nada disso. De fato, Claudia jamais o usara como personagem em suas fics, e assim, o ratboy não poderia saber contra quem se opunha. Infelizmente, para Claudia, o poder de Alex Krycek, unido ao seu irresistível sex appeal, estavam drenando todas as suas energias. Enquanto isso ocorria, Krycek abriu a cela de Mulder, soltando seu inimigo, por alguma razão que Claudia prefere deixar para sua comparsa desvendar. Claudia não viu quando Mulder saiu sorrateiramente da cadeia, tendo Krycek a seu lado, ajudando em sua fuga. Mulder, apesar de aliviado por conseguir escapar da armadilha imposta pela Ale, não se sentia a vontade ao lado de seu arqui-inimigo. Entretanto, mesmo estando tão desconfiado, Mulder o seguiu. Tudo o que queria era se esconder em algum diretório, sob uma extensão de difícil acesso, para, assim, ter tempo para pensar no que fazer. Fugir da polícia e do FBI não seria fácil. Claudia estava cada vez mais fraca. As nanomáquinas em seu organismo estavam acabando com suas energias. Restava somente uma esperança. Ale!!!!!!! xxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxx Já eram quase 20:00 horas quando a tela que já permanecia imutável por mais de uma hora revelou uma nova mensagem de Claudia. Como já era bastante tarde e o frio ameaçava congelar-lhe os dedos, Ale decidiu imprimir o texto até ali e dar continuidade aos fatos em sua casa. Como não resistiu a curiosidade , meio de relance leu o que fora escrito por último. Nesse momento não sabia se ficava brava com a outra, preocupada ou emocionada... Brava porque Claudia deixara Mulder escapar da cela úmida (não antes sem aumentar a umidade de forma quase poética, fazendo-a lembrar-se de W. A. em "Neblina e Sombras"). Preocupada, porque a parceira agora encontrava-se em perigo, hipnotizada pelo bandido mais lindo de todos os seriados de TV e correndo o risco de sucumbir, vítima das nanocriaturas que obstruíam suas vias respiratórias, disfarçadas de resfriado. Emocionou-se porém, por saber que Claudia confiava nela para tirá- la dessa situação. Isso fez surgir em Ale um sentimento de urgência e, protelando mais uma vez um compromisso assumido na noite anterior (pobre projeto...) seguiu para casa, exigindo de seu carrinho mais do que ele podia oferecer. _ Vamos "mardito"! Será que 60 km por hora é pedir demais?_ Ale adquirira o hábito de falar com o carro, desde que tivera o toca fitas roubado, meses atrás: era o tédio. Em menos de 30 minutos estava em casa. Jantou rapidamente, afinal, nessa história todos já haviam feito um lanche, menos ela. Vestiu algo quentinho, chamou sua cã para fazer- lhe companhia, pegou algumas folhas, sua caneta e começou a escrever. Tinha pressa, porque já faziam mais de 55 minutos que Claudia sufocava com as nanocriaturas e talvez não houvesse mais tempo para nada. Tinha de agir com rapidez e astúcia: "para a sorte de Claudia, Ale..." _ Maldição! Acabou a carga da caneta! Droga! Isso é hora? Se Mulder estivesse ali em algum lugar, com certeza estava rindo delas. Mas, cuidaria dele depois, agora tinha de salvar Claudia! _ deixe-me ver...da última vez comprei uma caixa com 6 cartuchos, usei 2 e devo ter alguns por aqui em algum lugar..._ começou então a vasculhar uma caixa cheia de tranqueiras, onde "guardara" um monte de coisas que não queria espalhadas da última vez que recebeu visitas. _ hum...papel, papel, pilhas...Meu Deus! Minha trena de 5m! Então você estava aí, hein! Então uma voz ecoou em sua cabeça: _ "Para de divagar, Ale! Pelo amor de Deus!"_ era a voz de Claudia , que ouvia em sua mente ( apesar de não conhecê-la...sabe como é a imaginação ...) Desistiu então de procurar a tinta e encontrando uma esferográfica, recomeçou do ponto onde havia parado: "para a sorte de Claudia, Ale não apenas havia assistido ao episódio SR819, mas também lera o livro "Anticorpos" de K. J. Anderson e por isso sabia como neutralizar as nanocriaturas... Sabia? _ oK...só mais um minutinho, Claudia! Ale então levantou-se novamente e na estante apanhou o livro, folheou por alguns instantes, leu alguns trechos, ergueu uma sobrancelha _Ah, lembrei!_ e por fim retornou ao texto: "...sabia como deter as nanocriaturas. Bastava preparar um antídoto a partir de uma amostra sangüínea do Labrador preto chamado Vader, agora único portador das nanocriaturas "do bem" ( quem não entender precisa ler o livro!). Mas onde encontrar o labrador, se o final do livro deixava vago seu paradeiro? O único cachorro a disposição, ou melhor, cachorra, era sua fiel Mastiff, que roncava a seus pés, mais alto que um caminhão na Serra do Mar. _ Como ronca esse bicho! _ Foi então que teve a idéia! Aquele som desagradável era a resposta! Precisaria chamar para o texto outros personagens e desenterrar seu primeiro texto de AX, já meio apagado na memória. _ Frohike? Pode me ajudar? O sujeito baixinho e estranho, quase sempre mal humorado para a Ale, não escondeu seu desagrado por ser trazido a história daquela maneira. _ Só me responde uma coisa? Por que eu? Por que sou sempre eu? Tem mais dois caras, sabia? Mas nas suas duas fics fui eu quem teve de resolver os problemas...me esquece um pouco! _ Não posso. Desculpe._ Ale pareceu um pouco envergonhada por perturbar novamente o mesmo homem._ Mas é que...eu só lembro direito do seu nome...então uso sempre você! _ Santa Ignorância...Dessa vez passa, mas vou deixar escritos pra você os nomes dos meus amigos! Vê se me dá uma folga depois dessa! _ Prometo_ Ale parecia uma criança levando bronca...Então, lembrou- se da urgência com que precisava da solução e formulou suas perguntas _ Frohike, lembra-se do primeiro texto que escrevi sobre AX? Tava bem ruinzinho, eu sei...Foi aquele final da série que eu fiz pra mandar pra revista. Lembra? Tinha uma citação rápida, dizendo que vocês ajudaram a Scully a curar o Skinner. Eu não detalhei a droga da cena, mas você estava lá! O que foi que vocês fizeram? _ Simples. Amplificamos um som até uma freqüência que destruiu os receptores de sinal das nanocriaturas, impedindo a comunicação entre elas e a origem do sinal que as comandava. Assim, tornaram-se inofensivas! Imediatamente Ale se colocou em ação, escrevendo a cena em que Claudia, já azul lá em seu quarto, era salva por um som incômodo e enlouquecedor, que reverberava mais e mais, até que destruiu todas a pequeninas máquinas diabólicas e devolveu o ar à mulher. Agora, com a comparsa a salvo, Ale poderia voltar a cuidar de Mulder. Precisava prendê-lo ao papel branco, o que seria uma tarefa quase impossível agora que tinha certeza de que o esquecera no escritório, dentro do computador. Invocar para o papel personagens habituados às comodidades eletrônicas podia ser uma tarefa exaustiva, que quase sempre deixava um grande saldo de bolas de papel amassadas ao redor do cestinho de lixo. Tentou apenas mais uma vez, e decidiu enviar o pacote de volta a sua colega, afinal, já trabalhara bastante para salvá-la naquela noite. "Enquanto isso, num porão abandonado de um prédio condenado, quase tão úmido quanto a cela em que estava, Mulder estava prestes a arrepender-se de ter fugido com aquele rato..." Terminou esta parte, gravou-a e enviou tudo de volta para Brasília. xxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxx Dois dias depois Finalmente, Krycek resolveu dar uma folga para Claudia, fazendo com que as nanocriaturas parassem de atormentar a pobre escritora. A ameaça ainda existia, mas Claudia começava a ter esperanças de que tudo melhoraria. A única coisa que ela queria, naquele momento, era estar bem o suficiente para caçar Mulder. Quanto a Krycek ela pensaria no que fazer com ele depois. A ofensa não ficaria sem punição. Claudia notou a mesma coisa que Ale. No prédio condenado, virando a esquina de seu prédio /sim, Brasília TEM esquina/ jazia, inconsciente, Fox Mulder. De sua testa descia um filete de sangue, denunciando uma recente violência sofrida, muito certamente, por Alex Krycek. Claudia aproximou-se do agente com cuidado. Não sabia como ele reagiria ao vê-la novamente. Mulder acordou, olhando em volta, um tanto quanto atordoado. Ao vê- la, Mulder reagiu como ela previra inicialmente. _ O que você quer agora?? Já não basta a confusão em que você e sua amiga me meteram? _ Mulder, calma. Eu vim aqui para te ajudar. Krycek também me agrediu, usando aquelas nanocriaturas. _ Pena que ele não terminou o serviço. _ Êta praga. Mal agradecido. Eu ainda vou te matar em alguma fanfic, você vai ver! _ Vocês mataram a Scully, eu não ligo prá minha vida. Sem ela eu não vivo. _ Argh! Chega desse shipperismo meloso! Você é muito exagerado, Deus me livre! Vamos tratar de sair daqui, rápido. Ele pode voltar. Mulder decidiu não discutir mais com ela. Afinal, ele queria mesmo sair dali, e se Krycek voltasse nenhum dos dois teria chance de escapar. Claudia não tinha idéia de porque estava ajudando Mulder. Ás vezes pensava que era melhor ler a fic toda desde o início para se lembrar dos fatos, mas estava com medo de, mais uma vez, deixar Mulder escapar. Talvez fosse melhor chamar sua comparsa. Ale parecia ser bem mais racional que ela, e talvez estivesse em melhores condições de aprisionar Mulder. Sua cã, como ela estranhamente a chamava, seria uma ótima guardiã do lindo agente. Assim, Claudia tratou de chamar sua amiga, esperando que essa respondesse a seus apelos até a hora do almoço. Deixou uma nota grudada na testa de Mulder, que não podia se mover por causa das algemas. Que, aliás, ficam muito bem nele, mas isso é outra história. A nota dizia: Ale, querida, Pegue esse pacote e guarde na sua casa com carinho. Mas vê lá, não vai molhar ele nem alimentá-lo. Lembre-se do que aconteceu com os Gremlins! Beijos Claudia Xxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxx Quinta feira, 10:13 Pm Depois de finalmente conseguir sair do auditório, driblando as conversas chatinhas que sempre aconteciam depois das explanações do chefe, Ale conseguiu um elevador de vantagem em relação aos colegas e chegou ao seu andar, ainda deserto. Na verdade pensava se encontraria naquela manhã algum sinal de sua amiga Claudia, que ainda se recuperava do sofrimento que lhe fora imposto por Alex Krycek, na forma de terríveis nanomáquinas ( modelo gripe selvagem 2000). Para sua surpresa, o sinal da outra veio em grande estilo: em sua cadeira, algemado (muito sexy!). com um bilhete colado na testa (o velho e bom humor sarcástico de Claudia estava de volta) e com um olhar furioso, estava o agente Fox Mulder. Leu o bilhete, riu da brincadeira com os Gremlins (se bem que a idéia de dar um banho em Mulder valia qualquer risco...) e começou a desesperar-se ao perceber que não teria como explicar aos colegas aquele homem algemado ali na sala!!! _ Mulder, seja bonzinho e venha comigo._ ela tentou ser simpática. sabia que ele estava furioso. _ Não vou sair daqui. Não vou a lugar nenhum com você, sua doida. Eu vou explicar pro seu chefe o que você faz quando liga aquele computador ou chega perto de papel em branco. Ele vai adorar saber! _ Hã...veja bem, Mulder. Eu não tenho tempo pra te convencer, não me obrigue a uma atitude drástica!_ enquanto falava, ela esperava que a lenta inicialização do computador chegasse ao fim ... _ Eu não vou a lugar nenhum. Quero ver você usar sua criatividade para se justificar pro seu chefe, porque eu cansei de me justificar pro Skinner por causa de escritores loucos e desocupados. Com o word no ponto, Alexandra desistiu de negociar com o homem mais gostoso e teimoso do mundo. Ouvindo o som da campainha que anunciava a chegada do elevador, ela tratou de agir rápido: _É falar com o chefe que você quer? Então é isso que você vai ter, lindinho. "Depois de seguir a pista do bilhete anônimo que denunciava o paradeiro de seu agente mais problemático, ele chegou à sede do poder de um país quente como o inferno. Sem suportar mais o terno, ficou só com a camisa branca impecável e a gravata, que pareciam aprisionar de forma incômoda seu tórax extremamente forte e o pescoço musculoso. O taxi o deixou na quadra que pedira, ele conferiu o endereço mais uma vez e certificou-se de que estava no lugar certo. Devia procurar a mulher que poderia explicar-lhe a história do paradeiro de seu agente. Anunciou-se na recepção: _Walter Skinner. Quero ver a Dra. C. Modell. _ Não! Para com isso! Tira o Skinner desse rolo! eu vou pra onde você quiser, juro._ Mulder antes não acreditava que as coisas ainda pudessem piorar, mas agora tinha certeza. _ Nem pensar! A Claudia merece um presentinho meu._ Ale sabia que Claudia tinha uma quedinha, ou melhor, um tombo por Walter Skinner e pensou que isso poderia animá-la, além de no momento, servir de forma de pressão contra Mulder._ Se você se comportar, peço pra ela não matar o Skinner. Que tal? Vai ser bonzinho? _ Vou. O que você quer que eu faça? E naquele dia, estranhamente, a copa do 7° andar passou o dia todo com uma placa de "interditado pela manutenção" (observadores mais atentos notariam que a placa era de papel...mas quem disse que ali haviam observadores atentos?) Xxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxx Claudia acordou naquela sexta feira sentindo-se quase totalmente recuperada. Sua mente parecia estar funcionando de forma mais clara e ela já tinha até planos para o futuro. Seguiu para seu trabalho e imediatamente ligou o computador. Imaginou que encontraria uma mensagem de Ale, mas, para seu desespero, o fórum estava fora do ar. Quando já eram 11:00 horas da manhã e ela já perdia suas esperanças, uma mensagem chegou, iluminando a tela. Ao mesmo tempo que isso acontecia, o telefone tocou. Resmungando, como sempre, ela atendeu a ligação: _ Alô. _ É a Claudia? _ Eu mesma. _ Aqui é da portaria, tem um homem lindo, gostoso, musculoso mas meio careca, procurando por você. _ E você fala tudo isso na frente dele???? _ Ele não fala português, não tem perigo. _ Ai, sua anta, não sabe que a tradução em fanfics e automática?? _ O que é fanfic? _ Ok, esquece, manda ele prá minha sala. Enquanto Claudia aguardava a chegada do tal homem, ficou imaginando quem poderia ser. Em dias normais ela conseguiria descobrir facilmente, mas sua mente não era mais a mesma. Podia ser um sheik árabe querendo aumentar seu harém? Ou o Kojak investigando crimes pela internet? Não que ela tivesse cometido qualquer crime, mas a perspectiva não lhe era tão estranha, afinal acusações falsas sempre lhe eram dirigidas. O tempo passou e o tal homem surgiu a sua frente. Walter Sergei Skinner. Ele mesmo, em pessoa, frente a frente, ao vivo em cores, com todas as letras. Ok, vocês entenderam. Ele estava lá, respirando o mesmo ar que ela. Tudo o que Claudia sempre sonhara estava acontecendo, mas ela não conseguia sequer dizer bom dia. Skinner tratou de quebrar o momento de tensão, criando outro, logicamente. _ Você é Claudia Modell? _ Sou. Claudia ficou bastante contente, havia conseguido dizer uma frase que continha sujeito oculto e verbo na primeira pessoa do presente indicativo. Incrível como conseguira ficar tão eloqüente a esse ponto. _ Meu nome é Walter Skinner, sou Diretor Assistente do FBI. É verdade que você sabe do paradeiro de um de meus agentes? _ Ahn, ehn, uhn. _ Isso é um sim? _ Sim. Não! Quero dizer, eu realmente não sei nada sobre esse tal Mulder. _ Eu não disse o nome dele. _ É que eu assisto a série e vi o filme e li a novelização e comprei as figurinhas, e tenho o pôster, sabe né? _ Então como é que você não sabe nada sobre ele? Deus! Claudia estava sendo interrogada por um agente do FBI! Ela não tinha chance. Tinha que usar mais do que suas técnicas normais de conversação. Aquele homem a sua frente era diferente de todos os outros. Era inteligente, acima de tudo. Sem ofensa com todos os outros homens, claro. Ela tinha que dar um jeito de mudar a situação, de fazer com que Skinner ficasse do seu lado e não contra ela. _ Senhor Skinner. Posso te chamar de Walter? _ Não. _ Walt? _ Não. _ Skinner? _ Não. _ Como eu te chamo, então? _ Não chame. _ Nossa, que mau humor! Ok, escute, eu realmente soube que o agente Mulder esteve aqui no Brasil. Sabe como é, país tropical, praias, ele se sentiu atraído. _ Brasília não tem praia. _ Detalhes.... De qualquer forma, eu soube que um homem com um braço só estava atrás dele, e que o tinha capturado. _ Krycek? _ Ou ele, ou o assassino de O Fugitivo. _ Srta. Modell, poupe-me dessas brincadeiras. Eu quero saber onde está o meu agente. Ai, que raiva. Claudia realmente não estava sabendo lidar com aquele pedaço de mau caminho. Se ela estivesse discutindo com Mulder já teria vencido a discussão parágrafos atrás. Mas Skinner era um tipo bem mais difícil. Agora ela entendia porque jamais o convidava para suas fics. Mas, de repente, ela teve uma idéia. _ Escute, Skinman, eu vou contar a verdade, ok? _ Não me chame assim. _ Quer escutar a verdade, ou não? _ Quero, vá em frente. _ Ele veio atrás da Scully, que fugiu com o Krycek. Ele está inconsolável, e veio me pedir ajuda. Eu tentei dar apoio psicológico prá ele, como sempre. Eu só quero que Mulder seja feliz ao lado da mulher que ele ama. Estava funcionando. Nunca Claudia havia dito tanta bobagem em uma única frase, e mesmo assim, Skinner estava acreditando em tudo. _ E onde ele está agora? E Scully? Pronto, essa era a pergunta chave. Onde estava Mulder? Claudia deu uma rápida olhada no monitor e seu coração praticamente parou. A mensagem de Ale estava aberta e dizia exatamente onde Mulder estava, e com quem. Estava, claramente, subentendido, também (essas vírgulas são todas necessárias, não reclamem) ao que Ale o estava submetendo (no bom sentido, claro). Claudia tentou desligar o monitor, mas Skinner foi mais rápido. Leu a mensagem e deixou Claudia para trás. Nesse momento ela entrou em pânico. O dilema era terrível. Mandar uma mensagem pra Ale avisando que Skinner estava indo para lá, ou alcançá-lo e dar um baita beijo nele. Apesar da escolha ser óbvia, Claudia decidiu contra seus instintos e mandou uma mensagem para Ale. Ale, Corre!!! Skinner tá indo praí! Claudia Xxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxx Em São Paulo A sexta feira amanheceu radiante. Alexandra trazia no rosto seu "sorriso besta" mais característico. Ao entrar em seu andar, percebeu que alguém perguntava indignado pelo paradeiro do pacote recém comprado de sementes de girassol , que deveria ser suficiente para pelo menos quinze dias da alimentação do Bicão, o pássaro de estimação da equipe. Ela passou pelos colegas sem opinar sobre o mistério, mas prometeu a si mesma que compraria outro pacote para substituir o que Mulder devorara. Verificou os recados sobre sua mesa fez alguns telefonemas rápidos e para exercitar um pouco o humor, pensou em começar o dia redigindo uma nota para sua amiga em Brasília: "Querida Claudia Mulder e eu estamos apaixonados. Vamos ter de esquecer a fic. Não nos procure mais. Ale" Ficou olhando para a tela ainda por alguns minutos, antes de quase morrer num acesso de riso incontrolável. Até que isso seria legal...Mas não era o caso, infelizmente. Mulder estava muito nervoso com aquela história toda e se ele pudesse decidir alguma coisa, talvez matasse as duas de maneira impiedosa. por isso ela fora obrigada a deixá-lo preso em sua casa, sob a vigilância da fiel Ariel, que a esta altura do campeonato já deveria estar roncando em sono profundo em cima dele. Era assim que ela imobilizava suas vítimas (cada raça com sua técnica, uai!) Satisfeita com a piada da nota que afinal nem enviaria à parceira , passou para a rotina de checar e-mails e verificar os fóruns. Foi quando viu o aviso de Claudia, desta vez real, de que Skinner estava a caminho de São Paulo! O que fazer? Como ela poderia manter a seriedade e a sanidade se tivesse de enfrentar aqueles dois homens ao mesmo tempo? Era demais para ela! Tinha certeza de que não conseguiria manter nem a calma, nem a racionalidade, nem o clima "shipper moderado" de seus textos!!! Teria de partir logo para uma classificação NC17!!!! Tinha de pensar em algo, rápido ( isso já estava se tornando repetitivo! Claudia sempre fazia isso com ela!) E o pior, essa "fic-jogo" estava se tornando tão viciante que ela temia nunca mais dar um fim a situação. Como deter Skinner? Como fazer aquele folgado comedor de sementes, o Mulder, trabalhar um pouco, porque afinal, quem estava sofrendo nessa fic até agora eram elas, que tentavam nos últimos dias desesperadamente equilibrar-se entre suas vidas reais e a vida paralela que tornava-se cada vez mais palpável. _ Já sei. _ Alô _ Mãe? _ Oi filha. Tudo bem? Você vem para o almoço? Mamãe fez... _ Não mãe, não dá pra ir almoçar. Preciso de um favor seu. Mãe, lembra do tempo em que vc assistia Arquivo X? _ Ai meu Deus...mamãe já falou que não aceita esse tipo de justificativa. Não adianta você tentar me acusar. Eu assistia mas isso não tem nada com esse seu comportamento obsessivo. A culpa de você ser assim não é minha!!! Já falei com seu pai e a gente acha melhor... _ Pára mãe!!! Que mania. Deixa eu falar. Só quero saber se você se lembra da cara do Mulder. _ Lembro. _ Então fica calma, vai lá no meu quarto e passa o telefone pra ele. _ Como? _ É isso que eu te disse. Não complica mãe. Confie em mim, por favor. Ainda em choque, com um ar abestalhado e preparando-se para ligar para o psiquiatra da família ( que que foi? a família de vocês não tem psiquiatra não?), a mulher abriu cautelosamente a porta do quarto, encontrando um homem alto, de lindos olhos verdes e uma cara muito zangada sentado com a cã da família no colo. _ Será que dava pra senhora tirar esse monstro carente de cima de mim? _ Eu...eu...eu...telefone pra você._ Ela lhe entregou o fone e saiu do quarto, fechando novamente a porta e decidida a ir ela mesma àquela consulta. _ Mulder _ E que mais seria? Que jeito besta de atender ao telefone. Se eu liguei pra você, é óbvio que é você quem está falando. Pior ainda quando ligam pro seu celular... _ Dá pra ir direto ao assunto? _ Hã?! Ah...claro, desculpe. Às vezes divago um pouco. Negócio é o seguinte. O Skinner tá vindo pra cá e ele tem uma ordem de prisão e extradição pra você. Eu acho que você tem uma chance, mas vai ter de seguir direitinho o que eu vou te dizer ... _ E por que você me ajudaria? _ Porque viciei nisso aqui e não quero que a fic acabe agora, então te ajudo e consigo estender por mais algumas partes. Tipo o que vai acontecer com a oitava temporada, entende? _ Tá...diz o que é que eu devo fazer. _ Legal. Eu sabia que você ia se fazer de difícil mas ia acabar aceitando no final... Então combinaram aquela parte que o leitor não fica sabendo, para não estragar a cena seguinte... Aeroporto de Congonhas, 17:00hs Portão de desembarque do vôo de Brasília. Na área de desembarque, entre a multidão que ia e vinha sem se preocupar com a vida alheia ( coisas de cidades grandes e frias), alguém espreitava o desembarque dos passageiros do vôo Tam, que chegara sem cair, vindo de Brasília. Entre políticos safados e turistas curiosos, um homem alto, charmoso, forte, lindo mesmo, chamava a atenção de algumas pessoas. _ Olha mamãe, não é o homem da fita do Mister M? _ o garotinho tentava, sem sucesso convencer a mãe de que vira o homem da TV. Então, na saída do aeroporto, quando Skinner tentava escolher um taxi, uma arma foi forçada contra suas costelas e uma voz familiar foi ouvida. _ Continue andando Skinner. Sei o que você veio fazer aqui e não vou me entregar facilmente. Se você reagir não hesitarei. Minha vida já está arruinada mesmo e eu não tenho nada a perder. Vou provar minha inocência e você vai me ajudar, queira ou não. Chegaram perto do voyage velho (Ale adorava fazer o Mulder andar nesse carro velho, só por causa do trocadilho com o nome que esse modelo recebia para exportação: FOX). _ Entre aí, Skinner. Quando o homem entrava no carro, Mulder o acertou sem piedade com a coronha da arma, fazendo-o cair desacordado lá dentro. No bolso, Mulder carregava um disquete com uma mensagem que Ale escrevera e que ele deveria enviar à Claudia somente depois que tivesse cumprido a tarefa de capturar Skinner. A mensagem dizia: " Claudia, Mulder precisava impedir que Skinner o prendesse. Ele não pode ser preso pela morte da parceira agora. Precisamos ajudá-lo! Conto com você para garantir que Mulder prove a Skinner sua inocência, numa cena bem chocante onde eles encontram Krycek e o culpam por tudo (desde a derrota na copa da Itália até a reeleição do FHC)" É claro que num pequeno arquivo oculto dentro do disquete, estava a verdadeira mensagem, que só Claudia poderia abrir, usando a senha correta, uma pergunta sobre cores, algo sobre a "cor da brisa suave". A mensagem verdadeira dizia: " Claudia, fique calma. Muito calma. Respire...expire...respire...hehe . Esses dois bobões estão a nossa disposição. O Mulder acredita que Skinner quer prendê-lo pela morte de Scully. Skinner acha que Mulder veio pra cá para por um fim no caso entre Scully e Alex ( essa foi vc quem inventou!) e Alex até agora não sabe o que veio fazer aqui. E a Scully nem nós sabemos onde está. A coisa vai bem, temos elementos suficientes para fazermos o que nossas mentes desejarem. Capricha aí, que meu chefe tá me olhando muito feio..." ale Xxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxx Claudia abriu o fórum e encontrou a mensagem tão aguardada. Fingindo que estava trabalhando, ela começou a ler o que Ale lhe mandara. Aquela garota realmente entendia de continuidade! De fato, logo após Claudia ter mandado sua última parte, percebeu que havia esquecido completamente que Mulder era acusado de homicídio!!! Mas, Ale, com bastante perícia, conseguiu se desviar do grande erro, criando, inclusive, novas situações mais interessantes. Tudo indicava que as duas conseguiriam vencer Mulder nessa guerra. Após entregar o disquete a Claudia, Mulder se dirigiu novamente para o estacionamento. Queria verificar se Skinner havia acordado. Claudia o seguiu com discrição. Ela sabia que Mulder não sabia que Skinner sabia o que Krycek sabia antes da Scully desaparecer sem saber o que estava acontecendo. (Isso tudo pode parecer confuso agora, mas quando vocês virem as palavras mercadoria e produto interno bruto, vocês entenderão.) De qualquer forma, Skinner ainda não havia recuperado os sentidos. Claudia, então, conseguiu convencer Mulder a levar seu chefe para o carro dela. Um Mercedez Classe A, de cor cinza, com todos os acessórios possíveis (afinal, isso é uma fic, e ela podia ter o carro que bem entendesse, sem precisar pagar IPVA!!!) Os três seguiram em silêncio. Cada um por um motivo. Mulder porque estava nervoso e zangado, Skinner porque ainda estava inconsciente, Claudia porque ficava pensando no que faria com aqueles dois. Agora ela entendia o grande problema que Ale tivera. De fato, uma coisa é falar sobre o que se poderia fazer com os dois, outra coisa é ter os dois dentro do seu próprio carro. Mas Claudia não se sentia inferior por isso. Provavelmente, nenhuma mulher seria capaz de utilizar aqueles dois, NC17mente falando, de uma única vez. Muitas tentaram, todas falharam. Assim, mais uma vez, Claudia, de forma covarde, afastou seus pensamentos sobre fics NC17 e partiu para uma simples fic de aventura. _ Aonde vamos? A voz de Mulder a assustou. Ela estava bastante concentrada no espelho retrovisor, de onde podia entreolhar (se não for tudo junto, fica sendo) o corpo musculoso, suado, sensual de Skinner. _ Fica frio, você não conhece Brasília mesmo. _ Vocês duas não sabem escrever, já notou? Claudia tinha até se esquecido como Mulder podia ser irritante em metafanfics. Mais uma dessa e ele iria caminhar no verde vale da morte, e sozinho! Mesmo sabendo que não deveria perguntar, Claudia não resistiu (afinal, ele era realmente irresistível!). _ Porque, Sr. Poe? _ Skinner foi de avião prá São Paulo, mas nós voltamos de carro, na mesma velocidade, menos de quatro parágrafos. Como você conserta isso? _ Matando você? Mulder se calou imediatamente. Não havia como discutir com uma pessoa tão agressiva. Resmungou algo, e ficou novamente em silêncio. Sentia falta de sua parceira. Se Scully estivesse ali, Claudia jamais o teria atacado. Na verdade, Mulder começava a achar que Claudia tinha medo de sua parceira. Claudia clicou a tecla enter e ao iniciar o próximo parágrafo estacionou o carro. Era um prédio alto, todo azul (celeste, claro). Na frente do prédio, uma placa enorme anunciava: "Leia fanfics de Claudia Modell!!!" Mulder achou aquilo estranho, mas não teve tempo de perguntar nada. Claudia ordenou que ele saísse e ele obedeceu prontamente. Por isso ela gostava de escrever. Era o único modo de fazer os homens obedecerem sem questionar. Skinner ainda era um problema. Estava desacordado no carro. A única coisa a fazer era pedir que Mulder o levasse e rezar para que o porteiro do prédio não achasse aquilo estranho demais. Aparentemente, o porteiro havia deixado o cérebro na tinturaria, já que nem sequer questionou a presença de um homem desacordado sendo arrastado por um outro vestido de forma precária (Claudia adoraria perguntar a Ale onde estava o resto das roupas do agente, mas talvez o assunto fosse delicado demais para a amizade tão recente que elas compartilhavam). Claudia perguntou ao porteiro em que andar trabalhava Alexandra. Enquanto seguiam para o elevador, Mulder a olhava de forma cada vez mais estranha, até que não resistiu e perguntou. _ Se a gente estava em Brasília e a Ale trabalha em São Paulo, e a gente não viajou, como diabos nós vamos encontrá-la????? _ Pegando o elevador, oras! _ Você não entendeu a minha pergunta! _ Entendi, e até tenho outra pergunta prá você! Se um trem sai de Brasília a 80 km por hora e outro sai de São Paulo a 20 km por hora, qual chega primeiro em Campinas? Antes que Mulder pudesse mandá-la prá algum lugar impublicável, a porta do elevador se abriu e Claudia seguiu apressada em direção à mesa de trabalho de sua colega de trama. Com certeza, Ale perguntaria onde Claudia estava com a cabeça para trazer os dois gatos de volta prá São Paulo, quando ela tinha tido tanto trabalho para mandá-lo para Brasília. Talvez Ale até ficasse zangada com isso, mas Claudia tinha que arriscar. O jogo estava ficando cada vez mais perigoso. Agora, mais do que nunca, as duas precisavam trabalhar juntas. Unir seus esforços era a única forma de fazer Mulder sofrer mais ainda. Enquanto Claudia seguia, insegura, rumo a sua comparsa, um homem, agora sem barba, se escondia atrás do bebedouro. Alex Krycek! Mas dessa vez Claudia não ficaria gripada, nem Ale teria que trabalhar no fim de semana, nem o fórum ficaria fora do ar. Dessa vez, as duas acabariam com Krycek! (não sem antes estudarem sua estrutura anatômica). Ale, no entanto, não estava na sua mesa. Claudia aproximou-se e se sentou, fazendo um gesto para que Mulder deixasse Skinner no chão e se sentasse no seu colo. Ele não aceitou. Mas ela não se importou. Pela primeira vez, em dias, tinha os três homens mais gostosos da televisão na mesma fanfic, e o melhor, era uma metafanfic! As possibilidades eram infinitas. Claudia esperou pacientemente pela chegada de Ale. Enquanto esperava fez algumas ligações interurbanas, abriu as gavetas, roubou alguns clips, jogou paciência, chutou o Mulder, desabotoou a camisa do Skinner, desenhou bonequinhos nos projetos arquitetônicos que estavam em cima da mesa...... Ale, e melhor você aparecer logo ou ela vai acabar com a sua mesa! Xxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxx São Paulo, 12:22 p.m. Ao chegar dirigindo a velha viatura, cujo prazo de validade há muito se esgotara, e manobrar para entrar na garagem, Alexandra freou bruscamente, em choque. O prédio, antes de tijolos aparentes estava azul (celeste). Na placa da entrada, em vez do nome da companhia, estava uma mensagem instigadora: "Leia Fics de Claudia Modell" Gelada, sabendo o que significavam aqueles sinais, Alexandra acelerou pela garagem adentro e abandonou a tranqueira do carro no meio do corredor, fechando todas as outras tranqueiras que ali estavam atracadas, ou melhor, estacionadas. Parou no térreo e perguntou ao porteiro se vira algo estranho. _Não, dona Alexandra, tudo normal. Seu Alcides chegou bêbado de novo, carregado por um rapaz. O moço que entrega água nos andares todos os dias tá doente, e foi substituído por um cara forte e alto com um braço só. Eu fiquei até admirado, sabe...rapaz esforçado, né? Ah, também entrou uma mocinha pra falar com a senhora, com outro cara carregando outro bêbado, que não era o seu Alcides, mas como ninguém liga pra isso aqui, não era eu que ia ficar reparando, num é mesmo?_ Ela olhava para o homem uniformizado a sua frente sem saber se ele era real ou se fazia parte do mundo de delírio em que mergulhava cada vez mais. Seu desespero era tanto, que não esperou pelo elevador e seguiu pelas escadas até o sétimo andar. Na verdade, foi só até o quinto, onde desabou exausta e foi encontrada por alguns colegas, que lhe trouxeram água e a fizeram descansar por uns quinze minutos antes de poder continuar. Que vexame!! Finalmente, chegou ao seu andar. Como veio pelas escadas, cuja porta de acesso ficava atrás do bebedouro, viu logo de cara o pedaço mau, de mau caminho, que esperava escondido, imaginando-se quase invisível. Que diabos, será que esses caras não aprendiam que nada escapava aos olhos treinados e míopes das autoras? _ 'Ok. Esse é só o primeiro elemento da encrenca. Tenho até medo de imaginar o que vou encontrar lá dentro. Vou tirar esse de circulação por enquanto, enquanto me ocupo do resto. Mas como vou fazer isso? Não sou adepta da violência...hã, vamos ver...que tal se...'_ ela procurou na bolsa seu inseparável caderninho "do Paciente Inglês" ( qualquer dia eu explico isso) e escreveu algumas palavras. A cena demorou um pouco para acontecer, porque a letra estava muito ruim e o nosso contra regras ( é um anarquista esse cara!!) da fanfic é meu lerdo... Foi então que Ale observou maravilhada o "Pit Bull" do departamento em ação...não, eles não tinham um cão feroz na sala, apenas um pássaro. Mas a secretária, uma oriental baixinha e zangada, apelidada de Generala Fujimory não era fácil. Ao ver o homem parado ali atrás do bebedouro, tratou logo de enquadrá-lo, aos gritos: __ Posso saber o que o Sr. está fazendo aí parado, quando todo o hall ainda tem de ser limpo? E a copa do quinto andar? Aquilo está um horror! Vamos, vamos!! Nada de moleza! A vida está difícil e tá cheio de gente precisando de emprego. Dentro de dez minutos vou verificar o hall! E é bom que esteja limpo!! Antes que Alex pudesse pensar em reagir, a mulher já o havia despachado pelo elevador. Alexandra pensou seriamente em deixar que ele a matasse, mas não podia. Precisava da mulher para mantê-lo afastado dali, por enquanto. E pela "generala" ninguém passava!! Entrou então na sala, mas não resistiu a tentação de mexer com a fera: _ Lalá (Ale a chamava assim todos os dias, há quatro anos, na certeza de que ela um dia se irritaria), você acabou de colocar o entregador de água pra fazer faxina... _ Tanto faz. Trabalhar faz bem pra qualquer um. _ Mas ele não tem um braço... _ E eu não tenho o marido que queria, nem por isso deixo de fazer meu trabalho. Definitivamente ela deixaria que Alex matasse aquela mulher antes do fim dessa fic...seria um favor ao mundo... Na sua sala, a cena era, no mínimo, hilária. Ao aproximar-se de sua mesa, ela encontrou não apenas a pilha auto sustentada de papéis habitual, mas também uma escultura de clips em forma de disco voador, um X de fita crepe colado na janela, cascas de sementes de girassol ( não! O outro pacote também!!!) espalhadas por todos os lados, um pedaço de pedra com algumas marcas estranhas que girava sem parar, uma foto do Bob Modell, autografada "para Claudia, com carinho", sua última fanfic, a "do alquimista", toda rabiscada e cheia de notas e sugestões e, por último, como se fosse necessário, um bilhete, escrito em idioma navajo: NUãUoU aUcUrUeUdUiUtUo qUuUe vUoUcUê eUsUtUá tUeUnUtUaUnUdUo lUeUr iUsUsUo. PvaVrVa cVoVm iVsVsVo! LVoVgVo LVá eVmVbVaViVxVo vVaVi tVeVr a tVrVaVdVuVçVãVo, é sVeVmVpVrVe aVsVsViVm, nVãVo pVeVrVcVa tVeVmVpVo, eVu eWsWtWoWu aWvWiWsWaWnWdWo, dWeWiWxWa dWe bWoWbWaWgWeWm.... PS: eWu aWvWiWsWeWi. Ale praguejou e foi buscar o dicionário na sala do chefe ( meu chefe é assim, tá? O cara é um estudioso, fazer o que...) O bilhete dizia: Estive aqui. Claudia. _Jura? Se não deixasse o bilhete eu não perceberia. Grrrrrrrrrr.._.Ale teve de respirar fundo. O humor da amiga ainda ía matá-la. Resolveu traduzir o p.s. " Calma Ale...respira, expira, respira, expira, expira, expira....hehehe... Seguinte, tava aqui te esperando com os lindinhos, mas bateu uma fome do inferno, então fui comer alguma coisa. Encontra comigo neste restaurante aí da esquina. Calma! Relaxa, é uma fic , a nossa fic e nós não vamos ter de pagar a conta! Aproveita que vai ser a única chance que você vai ter na vida de almoçar lá! Ah, sei que você nunca me viu, mas é só procurar por uma mulher com um sorriso besta maior que o seu, sentada numa mesa com os dois caras mais lindos do restaurante. Se achar o Rato por aí, trás o menino! A gente almoça bem acompanhada, depois judia dos três em grande estilo. Que tal?" Não era má idéia. Finalmente conheceria Claudia...e entraria naquele maldito restaurante! Ele era tão caro que ela evitava até a calçada, com medo que eles lhe cobrassem pelo cheiro da comida, que ela talvez pudesse sentir sem querer ao passar por ali. Pensou em chamar o rato, mas ao passar pelo quinto andar o viu com um esfregão, limpando a copa sob a vigilância cerrada da Sra. Fujimory... Naquele instante Alexandra teve pena do Rato... Xxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxx O restaurante estava cheio, foi difícil achar mesa e o maitre tinha a cara mais entojada que Claudia já vira. Talvez isso se devesse ao fato dela estar entrando em um luxuoso restaurante acompanhada de um homem mal vestido que carregava um outro homem nos ombros. Ou isso, ou ele percebeu que Claudia não tinha um tostão. Ignorando os eventuais olhares, ela se dirigiu a uma ótima mesa e ordenou que Mulder se sentasse. Skinner ainda era um problema. Claudia precisava acordá-lo. Quando o garçom se aproximou ela pediu uma jarra de água gelada. Mulder a olhou surpreso. _ Você não pretende acordar o Skinner jogando água gelada nele, não é? _ Não! De onde você tirou essa idéia absurda? Você é que vai fazer isso. _ Ah, não! Vocês podem me obrigar a fazer qualquer coisa, mas isso é demais! _ Mulder, se você não fizer isso eu vou colocar vocês dois juntos no mesmo quarto em uma fanfic slash. Você decide. Mulder não tinha saída. Ou fazia o que ela dizia ou teria que descobrir um lado seu que ele pretendia jamais conhecer. A água chegou em seguida e Mulder tentou se afastar o máximo possível de seu chefe enquanto lhe jogava água na cabeça. Skinner acordou sobressaltado e furioso. Sua reação inicial foi a de atacar quem fizera aquilo, mas Mulder foi mais rápido. Com um movimento brusco, Mulder empurrou Claudia e gritou para que Skinner corresse. Este último, sem entender ao certo o que estava ocorrendo, decidiu seguir Mulder. Claudia estava furiosa, mas nada poderia fazer a respeito. Todos no restaurante a olhavam e esperavam por algum movimento seu. Mas Segundas feiras são terríveis, não somente para os gatos, e, assim, ela permaneceu onde estava, esperando que Ale fizesse algo a respeito. Mandou uma mensagem telepática para sua comparsa: Ale, Eles fugiram mesmo. Eu nem tentei ir atrás. Acho que o Krycek andou usando as nanocriaturas na minha mente e eu não estou conseguindo continuar a fic. Minha sugestão é matar o Krycek o mais rápido possível. Aliás, mate todos.!!! Kill them all!!! Claudia Xxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxx No restaurante, depois de muito procurar por uma mulher de olhos verdes acompanhada de Mulder e Skinner, sem sucesso, Alexandra partiu pra técnica de procurar apenas pelas mulheres de olhos verdes, sozinhas, rezando para não ser mal interpretada. Uma delas, numa mesa próxima à entrada, tinha o olhar perdido e uma grande poça d'água por companhia. Aquilo era sinal de encrenca recente e encrenca era sinal de Claudia o dos meninos. Nesse momento, apenas de Claudia, mas eles não deviam estar longe. Ainda sem muita certeza de que aquela era realmente a sua amiga, Ale pensava num jeito de abordá-la de forma casual, sem causar nenhum embaraço no caso de ser outra pessoa. Começou a cantarolar Misty (se não for esse o nome, depois a gente arruma, hehe), na esperança de que a mulher desse algum sinal de que entendera a mensagem. Nada. Não é possível! Modell deveria reconhecer aquela canção na hora! Mas, Ale sabia que não cantava nada bem, e que talvez por isso nem mesmo o próprio autor reconhecesse a canção, o que significava que teria de arrumar outro jeito de fazer contato (antenas e telescópios gigantes estavam fora de cogitação). Como saíra sem pretender gastar nada, estava sem bolsa, sem caderninho, sem caneta. Não poderia apelar para nenhuma cena fácil, onde Claudia apenas prestava um pouco de atenção à sua volta e a reconhecia Perdendo o pudor, Ale finalmente se aproximou da mulher: _ Claudia? _ Não. _ Desculpe, foi um engano..._ vermelha de vergonha, Ale recuou novamente até a entrada do restaurante, onde a cara de entojo do Maitre lhe deu uma idéia : _ Maitre, por favor! Eu sou da Folha de São Paulo, e gostaria de saber se a Duquesa já chegou...sabe, nós recebemos a informação de que ela estaria aqui hoje... _ Duquesa? Que Duquesa? _ Você não sabia? Então quer dizer que estão tratando a mulher como se fosse uma cliente qualquer? Não me diga que a fizeram esperar por uma mesa, também? _ Não, não. Claro que sabemos quem é ela...a Duquesa! _ Hum...sinto que vocês começaram com o pé esquerdo...sinto muito mas vou ter de escrever isso...sabe como é...Bom, mas você tem uma cara tão simpática, que vou tentar te ajudar. Quer uma dica de como deixar a mulher impressionada com o restaurante? É o seguinte ... (essa é a famosa parte que vocês não ficam sabendo, hehehe) Minutos depois, um homem alto, o dono do restaurante, um italiano elegante, desses de chamar a atenção de qualquer mulher com menos de seis graus de miopia, pedia um minuto de atenção a todos os clientes e informava que gostaria de brindar com todos, em boas vindas a Duquesa "Claude Modell", a qual ele pedia que por favor, aceitasse o delicado ramalhete de flores que ele trazia nas mãos. Ale mal conseguia conter a vontade de rolar de rir pelo chão do restaurante (chão limpinho, afinal, só pisar ali já custava uma fortuna!). O homem com aquela cara de idiota, tentava olhar para todas as mulheres do restaurante e para nenhuma especificamente, (esperando que alguma delas lhe desse uma pista de para onde deveria se encaminhar, naquela cena patética que sem dúvida faria com que qualquer "Duquesa" nunca mais quisesse por a cara naquele lugar...podia não dar certo, mas que tava uma piada, tava. Diante daquele monte de gente com cara de pastel, que não sabia exatamente a quem estavam brindando, Alexandra ouviu uma gargalhada sonora partir do fundo do restaurante, onde uma mulher quase sem ar, ria sem se importar com nada a sua volta. Só podia ser sua comparsa, que enfim entendera a mensagem, nada discreta dessa vez! Alexandra correu para lá, esperando conseguir sair com a amiga do lugar antes que todos percebessem a sacanagem e elas acabassem presas... Quando finalmente se aproximou., Ale não acreditou! Era a mesma mulher da entrada, a da poça d'água! _ Claudia? É você? Você tá de sacanagem comigo? _ Ale???? _ Não! Sua mãe! _ Tá vendo, foi isso que eu fiz, você acreditou e foi embora...que é que eu posso fazer..._Claudia definitivamente não estava bem. Seu olhar continuava meio pararão, mas ela ainda ria da cena armada pela amiga... _ Tá bom, Modell...vamos sair daqui rapidinho, por que eu estou sem papel e caneta e você parece estar sem suas famosas células cinzentas, tão bonitinhas. Espero que o Rato não as tenha danificado para sempre, porque eu não vou conseguir inventar mais uma página de besteiras como essa não...não vou mesmo!!_ puxando Claudia pela porta, Ale ainda parou para falar mais uma vez com o maitre. _ Olha, eu não queria te chatear não, mas ...pensando melhor...não me lembro...é tudo tão estranho...será que era aqui mesmo que ela ia estar? Ou será que era em outro lugar? Se eu fosse você, arrumava alguém pra ir buscar aquelas flores das mãos do seu patrão, porque o homem tá parecendo um pouquinho vermelho...tá não? Aproveitando da balbúrdia geral no restaurante e do desespero do maitre, que com certeza estava vivendo seu último dia naquele emprego, as duas saíram em disparada dali. Tinham de pegar um carro e achar Mulder, Skinner, Alex, Scully, Chris Carter, São Longuinho...(porque São Longuinho? Pra Claudia encontrar a inspiração e poder continuar esse trem, uai!) Depois de finalmente conseguirem sair daquele lugar, no carrinho mil real da Ale, porque o desânimo de Modell fizera com que seu Classe A cinza, todo equipado sumisse no ar (ou tinha sido isso ou o carro já havia sido roubado...Sabe como é São Paulo não é fácil...) Já na casinha da Ale, onde o maldito banheiro continuava em reforma (essa já estava quase eterna, como a fic), e onde os pais da Ale faziam passeata na sala com cartazes e bandeirolas, pedindo o fim das obras, as duas puderam finalmente conversar em paz, num quarto que em muito lembrava o apartamento do Mulder, tamanha a bagunça...( mas isso não vem ao caso, afinal, eu não estava esperando visita, uai!) _ Claudia, fala comigo ...que é que você tá sentindo? É a gripe? É o ar daqui? É saudade do Skinner? Peloamordedeus! Vc tá me deixando angustiada!!!! _ Sério??????_ Ao ouvir a última palavra ela pareceu reagir...quase querendo voltar ao normal... _ É esse lance de humor que tá te deixando mal, né Claudia? Tá com saudades das fics de angústia, não é? Eu sabia...a gente não devia ter abusado tanto de cenas engraçadas. Claudia a observava, e ao mesmo tempo perguntava que bicho era aquele que ela via deitado perto dela no chão do quarto...seria um bezerro? Uma alucinação? E que roncava? _ Olha, Claudia, eu vou dar um jeito nisso, tá? Vou dar um rumo novo pra coisa, assim você vai se sentir mais animada. Senta aí um pouquinho, que eu vou buscar papel, caneta e martini e a gente vai torturar um pouco esse povo... "Noite, bairro afastado da periferia de São Paulo, numa rua escura e deserta... Tudo o que ele queria era que o chão se abrisse e o dragasse para sempre dali. Não tinha mais forças para continuar, não tinha mais motivos para isso. Seu corpo doía e se aquele homem lhe chutasse mais uma vez as costelas ele tinha certeza de que se deixaria morrer. Não suportava mais...não queria mais. Ao seu lado, Skinner jazia desacordado, com o rosto coberto pelo próprio sangue, depois de resistir bravamente por mais de uma hora, sendo espancado por aqueles homens...homens fardados, que falavam coisas que eles não entendiam e que os tinham levado para aquele lugar deserto pouco depois de os abordarem na rua, pedindo o que Mulder entendeu como "documentos". Entretanto, não adiantou mostrar sua identificação, nem adiantou Skinner exigir que os deixassem falar com seus superiores. Pelo contrário, isso só pareceu irritá-los mais e mais e quanto mais Skinner gritava, mais os homens batiam... A mente de Mulder estava confusa...mas eles finalmente pareciam ter parado...ou ele já não era mais capaz de sentir seu corpo... Xxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxx Claudia estava contente em ter finalmente encontrado Ale. Nos últimos dias havia se sentido perdida entre tantas letras e seu senso de humor andava péssimo. Tudo o que ela queria era fazer com que Mulder ficasse surdo, cego e careca, ou abandonasse o FBI ao descobrir que Scully tinha um caso com seu chefe. O fato era que ela havia assistido Requiem e isso havia drenado toda a sua alegria de viver. Ela tentou dizer isso a Ale, sem spoilar, mas sua comparsa estava muito aérea, falando de seus planos de conquistar o mundo. Mesmo que Ale prestasse atenção, Claudia tinha a impressão de que ela não ficaria chocada com os últimos acontecimentos. Ainda bem que haviam as fanfics, onde Claudia podia lutar contra a dura realidade do seriado. As duas já estavam conversando há horas e ainda não haviam decidido sobre o que fazer com os personagens. Claudia começava a cogitar o pior cenário possível. Colocar Mulder e Scully tendo um romance, para, em seguida fazê-la largar Mulder para viver com Skinner. Depois podia fazer com que Diana voltasse e ficasse com Mulder. Ai podia fazer a Diana largar o Mulder e a Scully largar o Skinner. Depois fazer a Diana ir viver com o Skinner e a Scully com o Mulder. Ai a Diana largaria o Skinner e iria viver com Paulo Maluf mesmo. Teria que mudar o nome da fic para Our Land, mas.... _ Claudia!!!!! Claudia se assustou com o grito de Ale, que estava muito nervosa. _ Que foi? _ Isso não é novela!! Vamos, se esforce. Lembre-se, Mulder e Skinner estão lá fora. _ Sei. Eles, a verdade, a Samantha. Tem muita gente lá fora mesmo. _ Claudia, nós temos uma fic prá escrever. Oficialmente tem um monte de gente lendo a fic eterna. Vamos logo com isso!! _ Ok, ok. Skinner finalmente recobrou o sentido (pela vigésima vez, mas dessa vez parecia ser prá valer) e ficou encarando Mulder, que sentindo-se desconfortável com isso, se levantou, deixando seu chefe caído no chão. _ Quem é você? Por essa pergunta Mulder não esperava. Teria sido a surra tão forte a ponte de fazer Skinner perder a memória? Seria essa perda irreversível? Estaria Skinner fingindo? Seria possível que Ronaldinho voltasse a jogar futebol? Tantas perguntas sem resposta.... Mas Mulder não podia perder tempo com elucubrações (Atenção, essa palavra é protegida por direitos autorais reconhecidos em vinte e cinco países). Ele tinha que fazer com que Skinner confiasse nele para que eles fugissem daquele país maluco. Mulder sabia que estava encrencado nos Estados Unidos, mas podia fugir para outro país menos louco, ou outra cidade, pelo menos. Podia tentar o Rio de Janeiro. A idéia de fugir com Skinner para o Rio de Janeiro era um tanto quanto esquisita, e podia ser mal interpretada, mas ele não tinha saída. Haviam conseguido escapar das escritoras malucas. Talvez elas não conseguissem seguí-los até o Rio. Assim, Mulder e Skinner (após ter sido convencido de que Mulder era seu pai e que eles estavam em missão humanitária em um país do terceiro mundo, após Mulder ter sido abandonado pela esposa que o trocou por uma secretária esquimó) seguiram em um ônibus leito da Itapemirim direto para a cidade maravilhosa. Enquanto os dois fugiam em completo segredo, Claudia e Ale liam essas linhas e sabiam exatamente o que os dois estavam planejando. Claro que elas não precisavam entrar em um ônibus desconfortável para seguí-los. Bastou que Claudia terminasse sua parte na fic e avisasse Ale para que ela aguardasse na rodoviária do Rio. Ela não precisou deixar bilhetes ou recorrer à telepatia, dessa vez. Bastou gritar mais alto que o ronco insistente de Ariel: Ale!!!! Vai pro Rio! Te encontro lá depois! É que eu preciso avisar lá no meu trabalho, sabe como é. Xxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxx Rio de Janeiro, rodoviária Mulder desceu do ônibus sentindo-se exausto. Ainda dolorido da surra que levara daqueles policiais estranhos, tentava imaginar que fim teria essa história, que torna-se mais violenta a medida que o humor de Claudia piorava. Skinner definitivamente não estava nada bem. Ele acreditara na história absurda de que Mulder era seu pai e até estava se comportando como um adolescente. Avaliando a condição física dos dois, Mulder decidiu que antes de qualquer atitude eles procurariam um hospital. Um pouco afastada da área de desembarque, sentindo-se cercada de cariocas por todos os lados, Ale que estava um tanto mal humorada naquela manhã ( por quê? por que ela estaria mal humorada? seria porque sua amiga maluca a colocara na rodoviária do Rio, sem que ela tivesse tempo de avisar ao seu chefe, a sua mãe ou a qualquer um? Seria porque ela nem sequer conseguia entender o motivo de terem ido ao rio, logo ao Rio, lugar onde ela se sentia um alienígena, no meio de tantos "S" que cortavam o ar como adagas, ferindo seus ouvidos "singulares" (essa foi especialmente para a Clarissa...). Finalmente, encerrando seu "momento resmungo", Alexandra resolveu dar uma caprichada na cena do hospital. Hospital Memorial Alguma Coisa Ao ler o nome na placa da entrada do hospital, Mulder sentiu um certo "Deja vu"...mas aquele hospital não era em Washington? Sua memória também não estava lá essas coisas e ele resolveu parar de brigar contra aquela sensação estranha. Agora, precisavam de atendimento médico. depois ele pensaria no resto. Depois de aguardar com Skinner, que agora usava um boné ao contrario e falava uma gíria que Mulder não conseguia entender, por mais de duas horas na sala de espera do pronto socorro, finalmente ouviram a voz da médica chamar " o próximo". Skinner entrou na sala primeiro, seguido por Mulder, que resmungava por causa da demora. A médica, tentava sem sucesso calçar o pé da mesa, cujo desequilíbrio a estava enlouquecendo. Abaixada, não viu os homens, apenas ouviu os resmungos de Mulder. Raramente perdia o humor, mas aquele dia estava sendo um dos mais estranhos dos últimos anos e ela não estava para brincadeiras: _ Olha cara, é o seguinte: este hospital atende mais gente do que poderia, a equipe faz milagres com os recursos que recebe, eu atendo mais gente do que poderia. Alias, hoje eu não poderia atender ninguém, porque estou de férias, em Recife, na beira da piscina, descansando e você só pode ser um pesadelo..._ nesse momento ela finalmente se ergueu e ficou cara a cara com os olhos verdes mais sedutores da Fox ( os do Fox) _ ou será que eu estou sonhando??? Meu Deus!! Agente Mulder! Skinner! Se alguém me acordar eu vou cometer um crime! _ Eu conheço você...mas não me lembro de onde...tá tudo meio confuso...Será coisa daquelas duas? _ É, a gente já se encontrou em outras "Terras"...Vocês dois estão estragadinhos hein? quem fez isso? _ A P.M. de São Paulo... _ A policia Militar? _ Não...Alexandra Panontin Morgilli....e a amiga, Claudia Modell Ouvindo esses nomes, a médica entendeu imediatamente o que estava acontecendo. Ela sabia que seria perigoso deixar Ale trinta dias sem seu acompanhamento psiquiátrico, mas afinal, precisava de férias e resolvera correr o risco. E agora, ali estava o resultado...Sozinha, Ale juntara-se a Claudia e estava torturando Mulder e Skinner, e sabe Deus o que já haviam feito a Scully...Precisava protegê-los, enquanto tentaria controlar as amigas. Ale leu (esse nome é dado à cacofonias, já repararam?) o parágrafo acima e não acreditou...sua amiga a estava traindo? Pretendia a doutora Clarissa ajudar seus personagens a fugir? Ou estaria Ale realmente perdendo o juízo e agindo de maneira estranha ultimamente? Sentia-se confusa...precisava de ajuda e já não sabia em quem confiar...estava se sentindo como Mulder...céus, mais gente paranóica essa fic não vai suportar! Num último minuto, para o bem da fic, decidiu manter sua confiança em Claudia, sua comparsa seria a resposta e a ajuda de que precisaria... Deixou então uma nota escrita no fim do texto, (logo aí embaixo), porque já não se lembrava de onde deveria encontrar a outra mulher. "Claudia, não demora... Minha sanidade está ameaçada... ale" xxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxx Claudia já havia retornado a sua rotina, em Brasília, quando ouviu o chamado de sua amiga. Percebeu o que Ale fizera. Simplesmente, havia chamado mais um personagem real para a fanfic. Tudo bem que se tratava de Clarissa, mas mesmo assim a decisão havia sido arbitrária (essa palavra sempre me lembra urubu, sei lá porque). Claudia viu-se obrigada a fazer algo a respeito. Enquanto a Dra. Clarissa examinava Skinner, um enfermeiro entrou correndo avisando que o Dr. Carter e o Dr. Ross estavam na recepção e queriam falar com ela imediatamente. Clarissa não podia acreditar no que acontecia. O que ela fizera para merecer ser parte de uma metafic crossover com ER? Mas a pergunta que ela mais se fazia, enquanto seguia pelos corredores lotados do hospital era: Conseguiria ela tirar partido da situação com quatro gatos gostosissimos?? Assim que ela chegou na recepção percebeu o quanto havia sido ingênua. Não havia nenhum Dr. Carter e muito menos o Dr. Ross. Havia, isso sim, uma fila de pacientes que nenhum outro médico queria atender, todos acometidos por graves perebas (termo médico largamente utilizado que indica feridas no corpo similares a perebas mesmo). Com Clarissa fora da jogada, Claudia fez com que Mulder e Skinner tivessem uma vontade imensa de ir ao banheiro. Assim que Mulder entrou no banheiro sentiu falta do cartaz de ID4. Até mesmo um beco imundo era mais limpo do que aquela pocilga (esta palavra deve ser mantida longe do alcance de crianças. Em caso de ingestão acidental procurar ajuda médica imediatamente). Mulder, não querendo que seu filho pegasse alguma pereba ali, decidiu que era melhor para ambos que achassem uma árvore, não protegida pelo Ibama, e descarregassem suas frustrações na natureza. Deixaram o hospital, encontraram duas árvores, e foram para a praia. Chegando lá tiraram as roupas e mergulharam na água salgada e translúcida. Ok, não era tão translúcida, mas estava muito salgada. O simples contato com a água fez com que os dois gritassem de agonia (assim eles aprendem a não fazer xixi na rua). Mulder estava exausto, e Skinner faminto. Mulder sabia que a criança precisava se alimentar, mas eles não tinham dinheiro. Em compensação havia um sinal ali perto. Mulder instrui Skinner a pedir dinheiro no sinal, enquanto ele vendia seu corpo na esquina. O fato é que ninguém compraria o corpo do Mulder em pleno Rio de Janeiro, onde desfilavam os maiores gatos do mundo, e de graça. Skinner teve melhor sorte. Após algumas horas já tinha três reais, dois clips, uma pistola d'água e o telefone de uma bruaca. Foram até uma barraquinha e lancharam rapidamente. Skinner fez manha querendo balinha, mas Mulder era do tipo durão. Nada de doces antes do almoço. O dia chegou ao fim, com um pôr-do-sol incrível, e os dois foram dormir embaixo de um viaduto. Mulder aproveitou para ler o jornal. Não entendia nada, mas fez de conta que entendeu. Qual não foi sua surpresa quando ele viu uma foto na parte de esportes do jornal. Scully e Krycek! Na mesma foto! Mas o que aquilo significava? Essa pergunta teria que ser respondida por Ale, já que Claudia não tinha idéia sobre como continuar a partir daquele ponto. Com um rápido gesto, Claudia digitou sua mensagem secreta, na traseira de um caminhão. Ale Se vira. Claudia Xxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxx Em algum lugar... Finalmente era quarta feira... Quartas feiras sempre tinham um efeito benéfico sobre o seu humor, o que poderia significar um destino mais promissor para Mulder e Skinner. Entretanto, naquela semana, talvez nem a quarta feira santa fosse capaz de melhorar a bagunça em que transformara a vida de Alexandra ... Enquanto dirigia, de maneira mais impaciente do que a habitual, teve certeza de que o transito era um castigo divino lançado contra sua natureza infiel , que não contente em atormentar seu caminho para o trabalho era ele mesmo o trabalho, sobre o qual pensaria o dia inteiro e com o qual teria novo encontro macabro durante a volta para casa (tá bom, vou parar com o drama!!! Prometo!) De repente, um caminhão dirigido por um ser acéfalo freou bruscamente à sua frente, quase mandando Ale verificar a existência de Deus pessoalmente. Antes que ela tivesse tempo de dizer barbaridades ao sujeito, leu a estranha frase escrita no pára-choque: "Ale, se vira. Cl..." ( o resto estava sujo de barro). Ela prestou um pouco mais de atenção e percebeu que o caminhão era ...verde. O caminhão era verde! (pensaram que era azul celeste, né? Era, mas eu mudei só pra contrariar!:P) _ Me virar?_ Ale olhou para trás, mas concluiu que se fosse esse o recado, estaria escrito "vire-se"...Seu cérebro definitivamente não estava funcionando...Resolveu usar o remédio da Modell para sentir-se melhor: torturar o Mulder. Como o seu problema de desânimo era grave, talvez fosse melhor torturar também o Skinner, a Scully o Alex, a Modell...não, pensando bem, melhor não mexer com a Modell. Rodou mais um pouco e achou o Mulder dormindo embaixo de um viaduto... Resolveu dar a ele o que ele queria. Se ele queria ser torturado pelo ciúmes, que fosse. Ela faria o cenário tornar-se propício, ou pelo menos daria a ele o caminho para que Cláudia concluísse a maldade... "Quando Mulder finalmente tirou os olhos verdes vidrados da foto estarrecedora, reparou que toda a estrutura do viaduto estava coberta de enormes setas vermelhas, que apontavam o caminho a seguir "para achar Scully...e o Rato" ele entendeu em português mesmo, porque às vezes eu sou nacionalista, e seguiu as setas por toda a Linha Amarela, mas quando passou para a Linha Vermelha ela mudaram de cor (senão não apareceriam, né?) Finalmente, embaixo de um grande X , ele encontrou o que mais temia: Um recado da Ale! Dizia: "Mulder, fique quietinho aqui, esperando pela Claudia, que vai resolver seu problema. Ale Ps: Cade o Skinner, seu bobão? Perdeu o cara? Volta lá agora e busca ele, pra deixar de ser distraído! Depois volta aqui, porque senão eu não me responsabilizo pela sua presença no ep. de hoje a noite!!" Xxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxx Claudia estava contente naquela quinta feira. Havia assistido seu seriado favorito (que ela se recusa a contar qual é), e o dia em Brasília havia amanhecido bem diferente, com uma névoa seca e muitos escândalos. Antes de começar a trabalhar, Claudia deu uma olhadinha no fórum, e lá estava a mensagem de Ale, que, de alguma forma, se esquivou de explicar o que a Scully e o Krycek estavam fazendo na página de esportes do Globo. Mulder estava andando em círculos seguindo as setas vermelhas (mesmo ele sendo daltônico) e procurando por seu filho, Skinner. Seu nível de stress estava cada vez mais alto. De fato, ele estava angustiado, querendo saber o que diabos Scully e Krycek estavam fazendo juntos na página de esportes do Globo. _ E aí, Claudia! Vai explicar isso ou não?? _ Mulder, você devia se preocupar em achar o Skinner e me deixar escrever em paz. _ Tá, então enquanto eu procuro o Skinner, você explica. _ Cara chato! Claudia tentou ignorar Mulder (essa tarefa é complicada, ninguém jamais conseguiu ignorar aquele homem) e decidiu escrever o parágrafo que explicaria, finalmente, o que havia no jornal. Hummm, Claudia ficou olhando para a tela do computador, por duas horas e quarenta e três minutos, até que, enfim, descobriu! Ok, não descobriu. Era um mistério total o porque dos dois terem sido fotografados. Claudia não podia continuar se preocupando com esse detalhe enquanto Skinner estava perdido, tadinho. Mulder havia procurado pelo menino até nos postos da Febem e nas aldeias SOS, mas tudo havia sido em vão. Se Mulder soubesse o que se passava ali perto do seu viaduto, ele não perderia tempo procurando por Skinner, mas pegaria o primeiro frescão rumo ao aeroporto e fugiria daquela cidade. No viaduto ao lado, entre os caixotes de papelão e as panelas furadas, no meio dos mendigos de olhar triste e sem esperança, se escondia um monstro. Um ser horrendo que atacava pessoas de olhar triste e sem esperança. Mas o monstro não queria atacar ninguém, naquele momento. Estava satisfeito. Havia engolido, recentemente, um homem alto, forte, musculoso, mas meio careca. Mulder não era um alvo para o monstro, mas se descobrisse que Skinner estava morto, ficaria com o olhar triste e sem esperança, que atrairia a fera. _ Claudia, posso saber que diabos de monstro é esse? Eu já vi um monte de monstros mas esse é o mais idiota de todos. _ Ah, sei, o monstro de lixo era menos idiota? O lobisomem era menos besta?? _ Nenhum deles atacava pessoas de olhar triste e sem esperança. _ Você não deveria ter lido isso. _ Bem, você não deveria ter escrito isso. _ Cala a boca Mulder, e vai procurar o Skinner. Apesar de, claramente, saber que Skinner estava morto, Mulder se viu obrigado a obedecer e dar continuidade a sua busca inútil. Ele estava cansado, com fome, e não sabia o que fazer. Decidiu procurar um orelhão e ligar para o FBI a cobrar. Skinner não esperava que Mulder entrasse em contato com ele, e esperava menos ainda que seu agente estivesse no Rio de Janeiro, mas, vindo de Mulder, isso não era uma surpresa tão grande. O leitor deve estar se perguntando como Skinner pode estar vivo em Washington e morto no Rio. Claudia decidiu que não vai explicar isso não. A nova cópia do Skinner, ao saber que Mulder estava sendo acusado do homicídio de Scully e que ela havia fugido com o Krycek prá assistir o torneio de Roland Garros (olha aí a explicação prá foto no Globo!!!), resolveu ir ao Rio para pegar um solzinho, digo, para ajudar Mulder a resolver a situação. Claudia estava satisfeita por ter resolvido tantos problemas em tão poucas linhas. Claro que os leitores não ficariam satisfeitos, mas ela teria que pensar nesse problema mais tarde. No momento, o mais importante era, humm, era... ah! era fazer Mulder sofrer mais um pouco! Terminada sua parte, Claudia terminou o último parágrafo mandando um telegrama (prá mudar o meio de comunicação) para Ale. Ale. pt. Oi. pt. Segura onda aí. Beijos .vg . Claudia Xxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxx Quinta feira, 1° de junho Enquanto tentava descobrir se ainda trabalhava no mesmo prédio, se sua mesa ainda era aquela e quem era o cara novo na sala do chefe (e onde diabos estava o chefe), Ale recebeu das mãos da secretária (que Alex Krycek inexplicavelmente deixara viva) um telegrama urgente. Podia ser pior, Claudia poderia ter usado tambores ou sinais de fumaça... Enquanto ela lia o telegrama, viu Mulder sentado com cara de assustado (com as mudanças na prefeitura, o prédio aqueles dias estava cheio de gente estranha e com cara de susto, então ninguém repararia em mais um ) Ele estava lindo, com aquela jaqueta de couro (tô de bom humor e vou vestir o moço direitinho...), ar de menino abandonado, aquela boquinha linda...ops, me empolguei. Depois do bom desempenho de Mulder na quarta feira a noite, Ale estava feliz (calma gente! tô falando do episódio!!!!) e ele tinha esperanças de as coisas pudessem enfim melhorar. Ale decidira que não ia embarcar na dica de "Roland Garros" enviada por Claudia...não, ele não ia viajar de novo!!! Claudia parecia não conseguir ficar no mesmo lugar por muito tempo, mas a França agora estava fora de cogitação! Ale mal conseguia descrever o Rio, por total ignorância, quanto mais a França! Se ela quisesse mandá-los para algum lugar seria para...hum...bem...Ale tentou lembrar-se de algum lugar que conhecesse bem, mas não conseguiu. Mal conseguia se localizar no seu próprio bairro... _Vamos ficar em São Paulo por enquanto, Mulder. _ Falou comigo? _ Não, falei comigo. Você não existe. _ Ah... _ Mulder suspirou...ele mesmo já começava a achar que não existia...pelo menos não sem a Scully... _ E cuidado com esse olhar triste aí, porque a Claudia esqueceu aquele bicho solto em algum lugar e eu não consegui achar ainda. Até segunda ordem, todo mundo sorrindo nessa fic! Não quero que ninguém mais seja devorado_ Ale achou melhor também espalhar cartazes pelo prédio, avisando do perigo. Propositadamente, evitou avisar a secretária... _ Você vai me deixar ver a Scully agora? _ Não. Já não te dissemos que ela morreu? E que foi você quem matou? Que cara teimoso...fica aí pedindo a Scully, "cadê a Scully", "Scully, Scully" ...que coisa!!! Pra que é que você quer ela de volta? Aqui nessa fic não vai rolar nada entre vocês, pode tirar o cavalinho da chuva! Quer festa vai falar com a Kes ou com a Silvia. Aqui não!! _ Tô te estranhando... _ Fases. Sou assim. Não reclama, porque eu até que estou sendo legal com você... _ Muito...Me faça um favor...me mata logo, pra eu poder aparecer numa fic mais interessante, lógica, linear, com começo, meio e fim, autores inteligentes... _ Ôpa! Essa eu ouvi! E não gostei. Então, vou te explicar algumas coisas. Como o Carter faz de vez em quando...explica um ponto e gera mais duzentas e cinqüenta dúvidas. Quer saber como foi que você matou a Scully? _ Não! Não por favor...eu retiro o que eu disse, vamos conversar sobre alguma coisa mais..._ enquanto tentava terminar a frase, Mulder sentiu que alguém se movia nas sombras, atrás dele (sombras? seriam lâmpadas queimadas na sala?). Virou-se e viu que estava numa rua mal iluminada e deserta. Lembrando-se do monstro, sacou sua arma e um sorriso besta rapidamente. Enquanto mantivesse aquele sorriso estaria relativamente seguro. Intimamente, questionava se seu olhar estava triste...mas pensar nisso podia preocupá-lo, e o monstro poderia confundir isso com tristeza, o que poderia ser fatal, então achou melhor não pensar. Alguém o estava observando, sentia isso. Armado e usando a lanterna, tentava iluminar a área ao seu redor, enquanto caminhava, buscando alcançar um lugar seguro. Todas as ruas pareciam iguais, desertas e escuras. Os prédios e casas, aparentemente vazios, estavam todos trancados. Tentou todas as portas que encontrou, num desejo desesperado de esconder-se, sentir- se menos exposto, mas todas pareciam intransponíveis. Na rua, a sensação de que algo estava a espreita crescia e ele quase sentia o bafo quente da criatura na sua nuca...Desesperado, correu em direção a porta de um prédio, disposto a arrombá-la. A porta cedeu facilmente, para seu total espanto e ele entrou e a fechou imediatamente. Foi então que percebeu...acabara de cometer um erro... Tentou abrir a porta novamente, só para ter certeza de que sua teoria tardia estava absolutamente certa: caíra numa armadilha! Estava trancado ali, exatamente onde alguém ou alguma coisa queria que ele estivesse! A constatação o paralisou por um instante...o jogo parecia ter se tornado pesado demais nos últimos instantes. Mulder, pela primeira vez, sentiu medo...Posicionando-se no meio da sala, girou buscando lançar o facho de luz da lanterna às paredes velhas e descascadas e o que viu não melhorou em nada sua situação: as paredes estavam cobertas com uma profusão de símbolos estranhos, profanos e aparentemente, desenhados com sangue... Mulder sentiu que a sala girava...não sabia como chegara até ali...não sabia o que estava procurando...sua mente estava confusa e ele via seus medos ganharem corpo na escuridão. Uma imagem, talvez a pior delas, poderia ser a explicação para aquilo. A imagem de Scully, em seus braços, sem vida... Foi então que entendeu porque estava ali... Para lembrar...para lembrar o que fizera a Scully! Xxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxx Resumo dos capítulos anteriores (para o caso de alguém ter perdido o fio do bonde ou ter pego a meada andando) Vida Real Alexandra: Ela foi pro trabalho, depois foi pra casa, depois foi pro trabalho. Eventualmente ela foi pra um restaurante caríssimo, depois foi pro Rio de Janeiro. No último capítulo ela se recusou a ir pra França. (spooooooookyyyyy) Claudia: Ela foi pro trabalho, depois foi pra casa, depois foi pro trabalho. Ficou gripada. Viajou pra São Paulo, foi pra um restaurante caríssimo, depois foi pro Rio de Janeiro. No último capítulo queria ir pra França, mas como a Ale se recusou ela decidiu matar a Scully. Mãe da Ale: Reclamou da loucura da filha e tirou o corpo fora. Participou de um piquete a favor do fim das obras no banheiro da casa dela. Pai da Ale: Somente participou do piquete. Clarissa: Atendeu o Mulder e seu filho e foi levada a acreditar que o Dr. Carter e o Dr. Ross de ER estavam na emergência. Como era um caso de epidemia de pereba ela ficou presa no plantão e somente deve ser liberada quando nossos heróis estiverem na França (sim, Claudia não desistiu da França, vocês desistiriam?) Vocês todos: Começaram a ler uma mensagem que dizia claramente que não interessava a vocês. Estão lendo todos os capítulos em quase absoluto silêncio (a não ser pela Michele que de vez em quando mete o bedelho). Vão ler até o fim, se Deus quiser. Ariel: Latiu, roncou. Latiu de novo. Ficção Mulder: Foi acusado de matar a Scully, fugiu prá Brasília, foi levado prá São Paulo, seqüestrou o Skinner, foi espancado pela polícia (ainda em Washington), e pela Ale. Fugiu com Skinner pro Rio de Janeiro. Perdeu o Skinner que foi morto por um monstro. Ligou para o Skinner em Washington. Quase que foi pra França mas a Ale não quis (depois ele é que é estranho). Scully: Foi assassinada pelo Mulder, fugiu com o Krycek para a França onde foram fotografados pelo Globo, página de esportes (pg. 12). No último capítulo estava prestes a servir de flashback pro Mulder. Skinner: Soube que o Mulder tinha fugido depois de saber que a Scully tinha um caso com o Krycek. Foi para São Paulo, onde foi espancado. Perdeu a memória, achava que tinha 16 anos. Fugiu com Mulder para o Rio de Janeiro. Foi morto pelo monstro do viaduto. Recebeu uma ligação do Mulder e está seguindo para o Rio (onde provavelmente será morto de novo). Krycek: Foi atrás do Mulder em São Paulo. Foi preso por uma mulher esquisita que eu não lembro o nome, no prédio onde a Ale trabalha. Fugiu com a Scully para a França, mas deve voltar logo porque ele tem pouco dinheiro e ela gasta demais. Bom, acho que é isso, basicamente, claro. xxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxx Como a Ale disse: "Mulder sentiu que a sala girava...não sabia como chegara até ali...não sabia o que estava procurando...sua mente estava confusa e ele via seus medos ganharem corpo na escuridão. Uma imagem, talvez a pior delas, poderia ser a explicação para aquilo. A imagem de Scully, em seus braços, sem vida... Foi então que entendeu porque estava ali... Para lembrar...para lembrar o que fizera a Scully!" Entra em cena O Flashback! Estrelado por Fox Mulder e Dana Scully. Naquela manhã Scully tinha ido trabalhar cedo, como de costume. Mulder, ao contrário, chegara bastante tarde. Ele sabia que haveria uma reunião naquela manhã, mas também sabia que, mesmo sendo uma reunião importante, o assunto tratado seria o mais chato possível. Ele e Scully teriam que explicar para os contadores a natureza de seus gastos. Se fosse uma segunda feira Mulder reclamaria para Claudia, dizendo que isso já fôra feito em um episódio, mas ele não pôde dizer nada, primeiro porque já era quinta feira, e segundo porque ele não podia mudar o passado, e essa cena já havia acontecido há muito tempo atrás (vamos dizer uns vinte dias). De qualquer forma, lá estava Scully, zangada, esperando por Mulder e ouvindo horrorizada aqueles homens falando sobre cifras e taxas. Um deles tentava, inclusive, achar soluções para os altos gastos, sugerindo que ela e Mulder dormissem no mesmo quarto de hotel quando viajassem. Scully, não sendo shipper (graças a Deus!) achou a idéia horrível. Ela jamais poderia deixar Mulder saber seus segredos mais recônditos, como o fato de seus olhos serem negros e ela usar lente de contato azul ou verde, conforme a ocasião. Ou o fato de ela ser totalmente careca e usar uma peruca diferente para cada temporada. Felizmente, Skinner também não gostou da idéia da comunhão dos quartos e demonstrou isso rosnando baixinho e fechando os olhos lentamente, como um felino pronto para atacar sua presa. (Eta homi sexy!). Skinner estava, e sempre esteve, apaixonado por Scully. O que mais o irritava era o fato de não ter coragem de se aproximar dela o suficiente para lhe dizer isso. Ele não entendia do que, exatamente, ele tinha tanto medo. Bom, de certa forma ele sabia. Até aquele dia ele não se convencera de que Scully tinha atirado em Mulder somente para impedir que ele fosse acusado de homicídio. No fundo, Skinner temia que ela não hesitaria em atirar nele também. Assim, ele continuava a ser grosseiro com ela, sempre rosnando e lançando aquele olhar perigoso. Scully, por sua vez, perdia totalmente o rebolado cada vez que Skinner abaixava uma oitava em sua voz. O tom grave da voz de seu chefe a deixava enlouquecida. Mas ela achava que ele não tinha qualquer interesse nela, já que estava sempre brigando com ela. Homens! Se ela pudesse entendê-los! (e fazer uma palestra sobre eles pra gente!).... Bom, voltando ao flashback (essa minha parte vai ficar enorme!!)... Lá estavam Skinner e Scully, que segundo Claudia, formam o par perfeito, lançando-se reciprocamente (argh) olhares animalescos, sem saber dos reais sentimentos que nutriam um pelo outro, quando, de repente, Mulder entrou na sala de reuniões correndo, afobado, gritando e atirando para todos os lados. Quando a pólvora assentou e o cheiro de morango, digo, sangue passou, tudo o que restou foram sete homens e um destino, digo, sete homens encolhidos em um canto da sala e uma mulher caída no chão, coberta de sangue. Mulder percebera o que fizera e correu em direção de sua parceira, que tinha os olhos vidrados, mas ainda respirava. _ Scully, o Krycek entrou aqui, eu vi! _ Eu quero acreditar Mulder, mas porque você tinha que atirar em mim? _ É que eu pensei que ele fosse matar você, então eu te tirei da equação. Antes que Scully pudesse se lembrar de Velocidade Máxima, ela exalou seu último suspiro e morreu nos braços de seu parceiro, que ainda chorava e gritava: _ Não morra, Scully!! Você não pode me deixar sozinho nessa busca pela verdade que está lá fora. Por favor! Você ainda me deve uma pizza, lembra?? Ok, eu não cobro mais, mas não morra, por favor! De nada adiantaram os gritos de Mulder. Ela se fôra, definitivamente. No fundo da sala, nas sombras que ocultavam os pecados dos homens, se escondia alguém. Alex Krycek! O sorriso em seu rosto não foi notado por mais ninguém. Nem seus pensamentos puderam ser lidos por Mulder (é que Claudia se recusa a aceitar como um episódio de Arquivo X, aquela porcaria do Biogenesis). Mulder saiu correndo da sala, desnorteado, com um sentimento de culpa que ele seria incapaz de aproveitar se não fosse correndo para casa. Lá chegando, ele se esparramou no sofá, e, graças a um golpe de misericórdia de Claudia (que está escrevendo essa fic em tempo real, e por isso não se preparou para a eventualidade de um flashback) ele esqueceu de tudo, sendo somente mais tarde despertado pelos policiais (lembram? Eles foram na casa dele, bateram nele, dai o Krycek tirou ele da cela úmida e a Claudia ficou gripada, daí.... Ah, leiam o resumo lá em cima). Fim do Flashback versão 1.0 beta. Com uma nota final, em braile, Claudia anunciou o fim de sua parte para sua comparsa. .,;.,.,;;*., .;,;;;*..,;; ;;;'.".,.*.. ;;*;;.,, xxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxx Sexta feira Na sala, que àquela hora da manhã muito se assemelhava a um frigorífico, os olhares espantados se voltaram para Ale, que, diante do computador, de olhos fechados, tateava a tela e resmungava de forma incompreensível. _ Braile???? Braile?_ Por essa, ela não esperava... Não que ela não entendesse perfeitamente o código braile, mas o problema era: como efetuar a leitura se a tela do computador não lhe permitia perceber os relevos dos pontinhos? Depois de horas de tentativas frustradas, decidiu que se conformaria e que essa mensagem permaneceria secreta. Seria sempre um dos pontos nunca esclarecidos da mitologia da fic (afinal, se tudo ficar claro e lógico, deixa de ser AX), junto com a menção que Claudia fez de Réquiem ( e que Ale ignorou por pânico total),sem falar do paradeiro do Monstro da tristeza, do destino do Classe A cinza , da cura do daltonismo de Mulder, da fórmula para fazer clones do Skinner, de como Claudia e Ale conseguem ainda manter seus empregos, e etc. Tentando conformar-se com a misteriosa mensagem não lida, concentrou-se no resto dos fatos. A ameaça que fizera a Mulder, de fazê-lo lembrar de como matara Scully, fora levada a cabo com maestria pela comparsa, especialista no assunto com pós graduação em maldades literárias, com a tese : "Assassinatos sangrentos de agentes ruivas do FBI, por seus próprios parceiros, que não olham para onde atiram quando invadem salas". Depois do fabuloso Flashback, as luzes diminuíram de intensidade lentamente, concentrando-se num único foco sobre Mulder, sozinho, de joelhos no centro da sala macabra, chorando. ( _Atenção contra regras: ao meu sinal a música desce, muda a cor da luz. Manda um tom mais amarelado, pra criar um clima surreal...ok...atenção...música, luz!_) Seguindo a deixa da luz e da música, DD vê a grande chance de provar que é ator e capricha no monólogo, trazendo no rosto sua expressão de mais profunda dor (é a melhor carinha dele, vai!) : _ Perdão, Scully...perdão..._ seus soluços cortavam a cena, e a platéia calada assistia sem sequer respirar, atônita_ Se ao menos eu tivesse a chance de te dizer, de explicar...Eu, eu... não sabia o que estava fazendo...eu nunca me imaginei ferindo você ...não acredito, não é possível...Você não podia morrer assim...não agora, não podia me deixar quando tudo o que eu tinha se foi e eu estou sem pai, mãe, irmã, perspectivas de bons papéis fora do AX...nada! _ enquanto falava, sua tristeza transformava-se lentamente em revolta contra a vida, numa atitude desesperada comum aos que buscam livra-se da culpa _ Você não tinha o direito de me abandonar! Não agora, não assim, me deixando sozinho com a dor, a culpa, a pilha de formulários e relatórios pra preencher...Que droga, Scully!!! Foi só um tiro! Só um, e você parte sem me dar outra chance...só um...Você nunca errou? Não, você nunca errava, a senhorita racionalidade, sempre ciente de suas ações , fria, centrada! Que ódio!_ Mulder agora estava em pé, no centro do palco, hã, digo, sala, com os punhos cerrados e os olhos vidrados de ódio... N. A. : Segundo o livro "Psicologia barata de botequins, versão revista e ampliada" o próximo passo seria a negação total do fato, da relação com a pessoa falecida e até mesmo de sua existência! _ Juro que nunca mais vou sentir isso de novo! Nunca mais vou sentir fome de novo! _ Corta! Corta! Droga, Mulder, "E o vento levou" era só pra você ter uma idéia do tom da cena, não era pra usar o texto! _ Como corta? A cena tava ótima! E afinal, isso é teatro ao cinema? Decide logo porque assim é impossível trabalhar!!! E eu não usei o testo! foi só uma falhinha, que eu contornaria sem que ninguém percebesse, se você não fosse uma escandalosa!! _ Tá, tá...continua, não tá mais aqui quem cortou... O homem então respirou fundo, concentro-se novamente e retomou a cena de onde fora interrompido: _ Nunca mais ninguém vai me fazer sentir isso, nunca mais vou chorar por ninguém...por ninguém, Scully. Nem por você, nunca mais. Se você optou por me abandonar ( não é impressionante a capacidade masculina de distorcer as coisas?) , então vai ser assim....de hoje em diante você morreu pra mim! ( finalmente ele se tocou!) A escuridão sumiu por completo. Sereno, com a expressão de tédio que alguns fãs odiavam, Mulder abriu a porta antes trancada e saiu para a rua, onde o sol ganhava espaço eliminando as sombras de outrora. Decidiu que voltaria a Washington e... _ Nananinanão!! Nada de viajar!!! Já falei, ninguém mais vai pra lugar nenhum, não na minha parte! Eu tô cheia de coisas pra fazer aqui e não posso ficar viajando! O mais longe que você chega com a minha ajuda é Brasília. _ Droga!_ Mulder agora fazia bico, com cara de menino contrariado_ Você me atrapalhou de novo, no meio da cena! _ Você é tolinho, acha que eu não tava sacando o tom de "fim de fic"? Pensou que você ia resolver seu drama esquecendo a Scully, saindo daqui caminhando em direção ao por do sol até esbarrar no The End? Hahahahaha...sai dessa! Já te falamos que essa fic é eterna, não tem saída, mocinho. _ E agora? O que acontece então? _ Não ei, mas eu gostei da coisa de você negar a existência da Scully como resultado do trauma da perda...dá margem pra muita coisa ( Ale sabia que Claudia entenderia porque, embora ela não pudesse dizer no texto, porque Mulder não sabia ainda do segredo mais bem guardado desta fic...e não tem nada com as palavras "mercadoria" ou "produto interno bruto"...) Terminando a última frase, Ale pegou o Mulder, um vidro de repelente contra insetos, um facão (igual àquele mesmo em que vocês estão pensando), um saco de dormir (de repente o Mulder é ferido, fica com frio...), uma cópia do Alcorão, uma cópia da Bíblia, um ancião africano assustador e alguns peixes, colocou tudo num pacote e mandou para sua amiga, com um bilhetinho, escrito a máquina, bem legível, sem nenhum segredo oculto: " Bom acampamento, amiga! Cuidado com os pernilongos e com o Mulder. Não vai perder o cara no mato! Até segunda, Ale" Xxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxx Terça-feira Brasília - 11:21 Am Claudia finalmente chegou do acampamento. A viagem fôra ótima, apesar do peso extra que Ale entregara para ela. Sem pensar nos sentimentos alheios, Claudia decidiu contar toda a aventura na selva para os leitores. Mulder não gostou nem um pouco da idéia e reclamou com veemência: _ Puts! Eu sou o personagem principal, e não vocês duas. Isso já não é mais uma fanfic. Parece mais uma versão informatizada do Meu Querido Diário. Vocês deviam colocar umas figurinhas de Amar É.... Quantos anos vocês duas têm afinal? Já pensaram em ter uma vida própria. Por acas... Ai!!!!!!!! &¨%$*&&#@$@**(#@@ Com um golpe de mouse, Claudia fez Mulder parar de reclamar. Isso doera mais nela do que no agente fofíssimo e reclamão. _ Mulder, cuidado com essa boca suja, isso aqui é uma fic de respeito. E não adianta reclamar, eu vou escrever essa fic do jeito que eu quiser e você não pode abrir o bico. _ Humpf.... _ Disse alguma coisa? _ Não. _ Foi o que eu pensei. Bom, vamos continuar. Claudia resolveu que era melhor não detalhar a viagem em si, que tinha sido chata. Mulder tinha ido dentro de uma mochila, na parte de trás da Cherokee, que foi criada especialmente para essa fic. Na chegada ao acampamento, Claudia precisou descarregar a bagagem e sacudir seu intrépido agente para retirar toda a poeira. Por segundos ela se preocupou se Mulder ainda funcionaria com tanta poeira em suas engrenagens, mas era melhor deixar essa preocupação para depois. Tudo o que ela queria era começar sua grande aventura. Arrastando Mulder pelos cabelos curtos, Claudia entrou no barco e colocou o agente dentro do balde de peixes que serviriam como isca. Ela sabia que Mulder adorava peixinhos e, além disso, um pouco de água tiraria toda a poeira que se acumulava nas juntas dele, sem que houvesse necessidade de aplicação de óleo WD. Após 25 horas de tentativas frustradas, Claudia voltou ao acampamento, cansada e sem peixes, tendo somente Mulder como companhia. Era melhor armar a barraca e fazê-lo descansar, para que, no dia seguinte, ele servisse para alguma coisa. Assim, Claudia colocou o pobre agente para dormir, não sem antes (Censurado).... No dia seguinte, Mulder estava mais alegrinho, e Claudia nem precisou arrastá-lo até o barco. Ele estava silencioso demais, pensou a escritora. E o pior era o movimento estranho que ele fazia com a boca. Parecia um peixe. Estranho, mas o que não era estranho naquela fanfic??? Dessa forma, sem se preocupar muito com o assunto, Claudia e Mulder entraram no barco e seguiram rumo a uma enseada, onde puderam tomar banho debaixo de uma cachoeira. Mulder parecia estar em seu meio, naquela água gelada. Ás vezes, desaparecia debaixo d'água por mais de dez minutos, o que deixava Claudia inquieta. Quando, em determinado momento, ele desapareceu por uma hora e vinte e um minutos, Claudia chegou a conclusão óbvia: Mulder havia se transformado em um peixe. E que peixe!! Isso não deixou a escritora nervosa, de forma alguma. Ficou até mais divertido pegar Mulder novamente. Ela passou horas lançando uma linha com a foto de Scully e da Samantha na ponta e vendo Mulder abocanhar o anzol, todas as vezes (peixe burro né? Será que ele não lembrava que elas estavam mortas?) Quando Claudia cansou da brincadeira de pescar o Mulder, resolveu voltar ao acampamento e refazer as bagagens. O retorno a Brasília foi tranqüilo. Por sorte, Claudia tinha uma caixa enorme de isopor. Tinha enchido a caixa com bastante água e colocado Mulder lá dentro. Ele resistiu bem à viagem, e assim, Claudia resolveu que seria interessante para Ale ter esse peixe por alguns dias em sua casa. Com rápidos movimentos, Claudia digitou a mensagem para sua comparsa. (em linguagem de fumaça dessa vez): Puff coffff fuuuuuf cof fof puff? cofff cof pppppuuuuuf dof. Doff foooooofu, kuf fuf fof, foooof. coff Ale Quer ficar com esse peixe por alguns dias? Eu pesquei há alguns dias. Tá fresquinho, no bom sentido, claro. Claudia Xxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxx Quarta feira Amanhecer Dentre todas formas de manifestação de poluição que pairavam sobre São Paulo naquela manhã, um pequeno grupo de nuvens de fumaça chamava atenção pela formação específica e o jeitão decidido com que rumavam em direção a um prédio de tijolos aparentes perdido no Itaim. Horas depois: Depois de uma noite mal dormida (ainda os efeitos do e-mail de spoilers de Requiem recebido no dia anterior), Ale caminhava absolutamente inconsciente em direção ao prédio da empresa. Com sorte, acordaria no elevador, como vinha acontecendo ultimamente, tentando imaginar se cometera alguma infração de transito no caminho, ou se saberia encontrar o carro na hora de ir embora...Desta vez, porém, a cena diante do prédio tratou de trazê-la à realidade bem rápido: carros de bombeiros, bloqueio na entrada e a multidão de funcionários que olhava para cima. Um incêndio? Aproximando-se do único ser confiável de seu departamento, Ale tentou descobrir o que estava acontecendo. Infelizmente, Bicão, o pássaro, não soube explicar nada. Tentou então escutar o que rolava nas conversas entre os colegas, assustados: _ Dizem que, de repente, o sétimo andar se encheu de fumaça! Um horror! Era como se a fumaça tivesse vida...ninguém sabe de onde surgiu. Uns acham que foi um cigarro Morley esquecido perto de uma pilha de relatórios... uma "queima de arquivos", por causa da mudança de governo...mas tem gente que jura que as nuvens vieram de fora, entraram pela janela e que tentaram atacar um computador!!! Ao ouvir a última teoria, Ale imediatamente entendeu que aquela fumaça tinha assinatura! Passando discretamente entre a multidão, aproveitou a distração do bombeiro que cuidava do isolamento do prédio e chegou ao sétimo andar, ainda cheio de fumaça, onde dois bombeiros estavam ocupados em tentar localizar o suposto foco de incêndio. _ Meu Deus? Como é que eu saio dessa agora? Fumaça? Seria uma referência ao CGB? Será que a Claudia chamou o Fumacinha pra fic? Céus! E se não fosse isso?_ tentava imaginar o que era aquilo, quando viu, sobre a mesa, um pacote e um recibo da "nuvem-express: sinais de fumaça informatizados". Duvidando da própria sanidade, assinou rapidamente o recibo, e leu a mensagem enquanto a fumaça desaparecia da mesma forma como surgiu. (forcei demais???? esperem pra ver o que eu vou fazer com o peixe....) Dentro do pacote, um aquário com um peixe. Aquilo já era demais. Claudia passara o fim de semana todinho com o Mulder no mato, fazendo com ele só Deus sabe o que, e ainda por cima queria que ela engolisse aquela história de que aquele peixe era o Mulder? Tudo bem, nessa fic estavam acontecendo coisas estranhas, mas isso estava cheirando mal (ou seria o cheiro de peixe que lhe dava essa impressão?). Ale olhava pro peixe, que olhava pra ela com aquela cara de...de ...de peixe! Tem bicho mais inexpressivo do que peixe? Essa pergunta fez com que ela pensasse no DD...(Ale estava com raiva porque a frescura do DD estava levando AX por caminhos perigosos...maldito spoiler!) Olhou pro peixe, pensou, pensou..._Tem um jeito de saber!_ buscou uma semente de girassol e jogou no aquário. O peixe a descascou e comeu...impressionante!! Mas isso não prova nada...Será que aquele era mesmo o Mulder? _ Meu Deus, ele saiu daqui tão lindinho, todo arrumado pra acampar com a Claudia! O que foi que aconteceu? Será que de agora em diante a fic vai ter de se chamar " Um peixe chamado Mulder"? (vamos deixar esse assunto em suspenso, por enquanto...) Enquanto isso, em Washington... Sala dos Arquivos X porão do FBI Diante da tela do computador, a mulher de olhos azuis ocupava-se em checar seus e- mails, aguardando que seu parceiro finalmente chegasse para a reunião que teriam dentro de poucos minutos com Skinner. Deletou as propagandas, bloqueou pela décima vez o maldito relatório alfa (aquele, que traz spoilers no título...) e já ia desligar quando chegou uma mensagem estranha, intitulada: "a fic eterna". Na mensagem, um recado breve e um arquivo . O recado, que obviamente não era para ela, dizia: "Sil, aqui esta a fic eterna, atualizada até terça feira. Beijos. Ale" Obviamente era um erro, alguém lhe enviara a mensagem de outra pessoa. (N. A.: Claudia, eu juro que foi um acidente!! Meu Deus! Que é que a gente faz agora???) Curiosa, Scully abriu o arquivo e leu... Minutos depois, estava em choque. O que lera era absurdo, ridículo, ilógico e, baseada nos últimos anos e na experiência do convívio diário com Mulder...absolutamente possível! Saiu em direção a sala de Skinner. A secretária tentou barrá-la (porque essa secretária sempre faz isso, se ela não consegue mesmo impedir ninguém de entrar?), mas a mulher entrou sem dar-lhe confiança (eu não disse?) _ Senhor, preciso que me ajude..._ Scully interrompeu a frase ao perceber que o chefe, sentado de costas para a porta, parecia muito estático...Caminhou até ele e o virou. No lugar de Skinner, um travesseiro usando camisa branca e gravata!!! _ O velho truque do travesseiro! Scully começava a acreditar cada vez mais naquela história absurda. Se aquilo era verdade, Mulder estava em perigo! E agora Skinner (já na segunda edição) estava em perigo! Caberia a ela resgatá-los das mãos das duas malucas que estavam fazendo tudo isso. Voltou a sala no porão, separou alguns documentos e obras de referencia de Mulder sobre assuntos sobrenaturais, onde encontrou um livro intitulado "senso de humor brasileiro: como entender". Fechou a porta atrás de si e partiu para investigar mais um Arquivo X (anota aí: caso 1512/2808 ) disposta a resgatar seu parceiro, a qualquer custo!!!!! Segura a ruiva aí, miga!!! Xxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxx Claudia recebeu a mensagem angustiada de sua comparsa e imediatamente pensou: "Sei, um acidente, tá bom! Você me paga Ale." Mas teria que deixar sua vingança para depois. Aquela chata da Scully estava a caminho para tentar salvar, mais uma vez, seu parceiro. Isso seria mais uma repetição de diversas fics, e Claudia não poderia deixar isso acontecer. Viu Scully sentada no aeroporto de Washington, aguardando a chamada para o vôo que a levaria para o Brasil, e decidiu que aquele era o momento para o ataque. Claudia não queria fazer mal à agente (sério! Ela prefere fazer mal ao Mulder), e já tinha um plano em mente. Scully estava nervosa demais para relaxar e simplesmente esperar pelo momento de partir. Ficou olhando as pessoas que caminhavam no aeroporto e se assustou ao ver que Mel Gibson vinha em sua direção. Antes que pudesse reagir, ele se aproximou e colocou o braço ao redor de sua cintura, inclinando a agente e em seguida a beijou com paixão. Scully não pôde deixar de reagir positivamente ao beijo, é claro. Em segundos os dois eram o centro das atenções no aeroporto, mas nada importava para ela, a não ser sentir as emoções que experimentava naquele momento. Não escutou a chamada para o vôo 1121 Washington-São Paulo, não ouviu as pessoas indignadas com tamanha falta de vergonha, não percebeu quando Mel lhe tirou as roupas (bom, ela percebeu mas não reclamou). Os dias se passaram e Scully aprendeu todas as posições do Kamasutra. No meio termo, o aeroporto foi interditado pela saúde pública, e um outro foi construído ao lado, para que famílias decentes não tivessem que assistir a um espetáculo tão deprimente e excitante. Enquanto isso.... Claudia estava impossibilitada de escrever o "enquanto isso" já que sua comparsa esqueceu de devolver o peixe. Sei, deve ter sido outro "acidente". Mas tudo bem, ainda havia Skinner e Krycek, que estavam lá fora, junto com a verdade, etc e tal. Skinner já havia procurado por Mulder por todos os lugares. O Brasil, pelo menos em fanfics, era um País bastante pequeno. Mas, mesmo assim, não havia sinal de Mulder. Krycek também estava procurando por Mulder, mas por motivos diferentes de Skinner. Vocês devem achar que Krycek queria matar o Mulder, ou destruir sua vida, ou fazer alguma maldade, mas, na verdade, tudo o que o ratboy queria era entregar um lenço que o Mulder emprestara para ele quando eles trabalharam juntos em Duane Barry. Aquilo já havia se tornado uma obsessão. Era Krycek correndo atrás de Mulder, era Mulder fugindo dele. Isso daria um ótimo desenho animado, onde era o rato que perseguia o gato (só que não era pra comer ele não, viu????) Bom, continuando, lá estava o Krycek, inocentemente, procurando pelo Mulder quando se deparou com o Skinner, que vinha da praia, com o bronzeado mais lindo que o rato já tinha visto. Sua vontade foi de abraçar seu ex-chefe, mas conteve seus impulsos homossexuais e.... _ Puts!!! Que negócio de impulsos homossexuais é esse??? Eu não sou gay! Porque vocês escritores cismam com isso??? Já me viram beijando algum homem na série? Pois fiquem vocês sabendo que eu beijei a Marita, ouviu? E ela é a maior gata! _ Krycek, por favor, você não devia falar comigo. Você é convidado especial nessa fic, uma aparição não planejada. _ Uma aparição???? Mas eu sou importante! _ Não, não é. Tchauzinho. Krycek sequer percebeu quando um grupo de pivetes com facas nas mãos vieram em sua direção e cortaram seus cabelos, deixando-o completamente pelado (no sentido de sem pelos). Seu trauma pelo incidente na Rússia era ainda tão recente que Krycek ficou quieto no canto da fic sem dizer nenhuma palavra. Claudia viu que isso era bom e resolveu que guardaria seu rato para o futuro. Só tinha que esperar seu cabelo crescer de novo (e seu braço também, afinal eu sou boazinha). Novamente, continuando, Skinner vinha vindo da praia. (Ih... Agora não tem nada prá acontecer, com o Krycek fora da jogada. Xô pensar......) /Pausa para a Claudia pensar/ Ok, ela decidiu que isso é problema da Ale, que ficou com o peixe e impediu a continuação da fic. Claudia pegou o bronzeado Diretor Assistente (ah que eu queria uma assistência dessa!!!) e mandou por Sedex para Alexandra, com um bilhete em linguagem de formiga. ... ........ .................. .......... ....... (Traduzindo, Ale, pega o Skinner, mistura aí com o Mulder e faz uma moqueca. Depois me avisa que eu vejo se tá no ponto. Claudia) xxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxx A luminária acesa e o CD da Marisa Monte tocando exaustivamente eram sinais de que nem todo mundo dormia na casa dos Morgilli. Na verdade, ninguém dormia, já que a insônia de Ale ( fato raro) preocupava seus pais ( fato comum) e os mantinha acordados, o que era meio caminho andado pra estar todo mundo na cozinha fazendo um lanchinho as 3:00 da manhã (enquanto Ariel, sem entender a agitação, se perguntava por que diabos fora adotada por uma família tão estranha...e tentava participar do lanche, claro) No quarto, diante do papel em branco, Ale estava paralisada...Lia as palavras, mas não queria acreditar. Causavam-lhe um pavor imenso! Claudia realmente falava em...VINGANÇA?!? Isso era terrível! sabia que a parceira zangada poderia ser muito perigosa. Não apenas por causa da fic que agora escreviam juntas, mas porque Ale também era personagem de outra fic de Cláudia e sabe-se lá que destino lhe daria... Decidiu poupar os leitores dessa lenga-lenga e agir. Precisava tentar reverter a situação, criando algo que distraísse Cláudia e que transformasse isso tudo novamente em algo parecido com AX. Tirou do armário uma mala, colocou nela algumas roupas, livros, fitas de vídeo e o Peixe - Mulder e partiu em busca do rumo da fic... Washington, DC As luzes dos letreiros luminosos, que anunciavam coisas em inglês que não vêm ao caso agora, refletiam-se nas poças d'água deixadas pela chuva recente, confundindo a noção de realidade. Nervosa, a mulher caminhava de um lado para outro, enquanto esperava a pessoa com quem marcara o encontro, naquele beco estranho.(agora vocês. estão aí pensando que é a Ale, certo? Talvez a Scully...Que tal a Diana? ) Minutos depois, um carro grande, com vidros escuros, parou ao lado dela. Uma porta foi aberta, um gesto, ela entrou rapidamente e o carro arrancou, fazendo cantar os pneus. Agora sim, chega a Ale, o que significa que a mulher da cena anterior é personagem de outra história, ou que Ale está num lugar um tanto suspeito... Alguns passos mais e ela se encontra com um vulto, do qual pode-se distinguir apenas a fumaça que sobe em aspirais incessantes... _ Trouxe o que eu pedi?_ o homem foi o primeiro a falar, enquanto pisava com a ponta do sapato de couro no cigarro e acendia outro, a chama do isqueiro iluminando sua face inconfundível, onde podia ser percebido um toque de ansiedade... _ Trouxe. Foi difícil, mas consegui todas que o senhor pediu. Acho o senhor vai gostar muito. Ninguém consegue torturá-lo como esta moça. Fantástica, impiedosa, uma coisa de louco. Ah, e sem aquela melação que o senhor já disse que odeia...nessas não tem disso. Sofrimento garantido, ou seu dinheiro de volta. Quer dizer, nesse caso não tem dinheiro nenhum, mas eu garanto a qualidade. O senhor quer pra seu uso mesmo ou pra algo mais amplo? Sabe como é, de repente, já que os roteiros andam meio fraquinhos, né?_ nervosa, querendo sair dali antes de ser desmascarada, Ale falava sem parar, tentando distrair o homem. _ Não interessa o que vou fazer com elas. Fazemos a troca agora e você esquece que me conheceu. Estou avisando para o seu próprio bem... _ Claro, claro eu inclusive já esqueci. Que é que eu queria mesmo? _ Sem piadas, srta. Aqui está o chip. Esse modelo não tem muita saída. Na verdade acho que é o segundo peixe que querem transformar em gente...o outro foi um xarope lá do Brasil , que escreve uns e-mails com spoilers...( eu não podia deixar barato!!!). Vou avisando que os resultados não parecem ser muito bons... _ Não faz mal, sabe. É que o meu peixe é tão importante pra mim, o senhor sabe, né...paixão platônica...eu não sou muito normal.. Então, valeu...eu vou indo...tchau!!!!_ depois de entregar as fics ( ainda teria de explicar isso a parceira...) e pegar o chip que traria Mulder de volta a sua forma, Ale tratou de sumir rapidamente na escuridão, antes que o Carlos Gardel Baldwin S. percebesse alguma coisa. Sem entender porque alguém iria querer transformar um peixe em gente, CGB foi para casa, para curtir o Mulder se ferrando nas fics, já que na vida real o mocinho sempre se dava bem. Horas depois Com a ajuda de alguns livros de medicina, um veterinário, dois pescadores e um hacker, Ale finalmente conseguiu implantar o chip no peixe e Mulder voltou a forma humana. Ele ainda cheirava estranho e passou umas horas com olhar paradão, mas recuperou-se bem Ainda preocupada em reverter o desagrado que causara à Claudia em sua última parte, Ale tratou de vestir o Mulder com a jaqueta de couro, deixá-lo perfumado e mandar um convite irrecusável para a outra escritora: Claudinha Estamos em Washington, esperando você. O Mulder já tá gente de novo e cheio de vontade de colaborar conosco...tá, ele num tá tão ansioso, mas a gente dá um jeito. Mandei um comunicado urgente pro Skinner, pra ele voltar pra casa. Vem pra cá, vai...please... Aqui dá pra gente meter o bedelho na mitologia, que tal? Beijos ale ps: já esqueceu aquele lance de vingança, né? Xxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxx Claudia estava chocada. Sua colega, em poucas linhas (vê se aumenta o número de linhas viu???) havia vendido todo o seu trabalho para o Canceroso. Ela não se importava com a reputação do arqui-inimigo de Fox Mulder. Muito pelo contrário, até o admirava, mas o cheiro de fumaça estava acabando com os cabelos dela. Será que Ale estava tão acostumada com a poluição de São Paulo que sequer se importava com mais esse fedor? Bem, na verdade Ale não era a pessoa que estava se sentindo incomodada. Não era no cangote dela que havia um fumacento lendo tudo o que ela escrevia. Isso não podia continuar. Claudia tinha que se livrar daquele cara antes que sua pele ficasse arruinada e seu cabelo fedorento para sempre (e poxa, ela tinha acabado de lavar o cabelo!!!). Assim, Claudia chamou Mulder, Skinner e Krycek para uma reunião no banheiro, onde ela montou, com a ajuda dos Gun Men (era um banheiro grande), um super estúdio para transmissão via satélite de São Paulo para Washington (assim a Scully ia poder assistir tudo, se é que ela ainda não tinha se cansado do Mel /eu não me cansaria/) do "Assassinato do Canceroso Assassino" estrelado pelo próprio. Quando tudo estava pronto, Claudia ajeitou o Canceroso, amarrando ele na traseira de um caminhão (o mesmo que tinha os dizeres: Ale, se vira). Bastou dizer para o motorista que havia uma quadrilha de seqüestradores de caminhoneiros e também alguns policiais ávidos por propina, para que o motorista desembestasse com o caminhão, deixando para trás pedaços do antes temido CGB. Nojento né? Apaguem tudo. Claudia não chamou ninguém. Bastou que ela pegasse algumas fics bem shippers e dissesse ao CGB que eram dela. Daí, o pobre homem, mesmo sem sofrer de tão grave doença, morreu, agonizantemente, de diabetes aguda. (melhorou?) Resolvido, magistralmente (Claudia andava em uma fase megalomaníaca) o grande problema do Canceroso, agora havia a questão do retorno a Washington. Apesar do que se podia pensar, Claudia estava bastante contente em viajar para lá. Ultimamente Brasília havia se tornado inóspita, com 10 graus à noite e 28 durante o dia, umidade relativa do ar de 20%, sem possibilidade de chuva na grande área verde, e ventos de sudoeste a sudeste levando nuvens carregadas para o nordeste, na área listrada (pobres nordestinos que vivem em uma área listrada). Washington por sua vez era sempre atraente (não se sabe até hoje porque). Com seus, hummm, cachorros bonitos? Ou, talvez, os monumentos! Ah, quem se importava com esses detalhes. Era lá que estava Ale (que, diga-se, havia jurado que não viajaria mais. Chata, trocar a França por Washington???? Até digitar Washington é chato. Sai Wahsington, Wahshigtnon, tudo menos Washington, ooops, saiu). Voltando a Washington, literalmente, Claudia e Mulder foram se encontrar com Skinner (Ah, o redivivo Skinner. Alguém procura aí no dicionário, que eu tô com a impressão de que acabei de inventar esse tal redivivo). O grande problema, para Claudia, ao desembarcarem, foi conseguir colocar Mulder e seu gostosíssimo chefe, versão 2.0, dentro da BMW verde abacate, sem que eles prestassem atenção ao movimento de fotógrafos, diretores de cinema, repórteres, etc, que entravam e saiam do antigo aeroporto. Se Mulder, ou até Skinner, insistissem em ver o que estava ocorrendo, encontrariam Scully em trajes inexistentes transando com o Mel Gibson (a não ser que ela seja uma tonta completa). Mas tudo correu bem. Ao entrarem no Rolls Royce rosa, Claudia colocou um CD para que eles se distraíssem. Infelizmente, para todos, a música que tocava era Morango do Nordeste. Tudo bem que Claudia tinha uma certa fixação por morangos, mas assim era demais, pensou Mulder (sim, ele ainda pensa. Ficou cientificamente provado que homens conseguem pensar mesmo após terem sido transformados em peixes e terem um chip implantado no nariz para voltarem ao seu estado normal). _ Do dariz, Clãundia? _ É, tem razão, peraí. (Ficou cientificamente provado que homens conseguem pensar mesmo após terem sido transformados em peixes e terem um chip implantado no cérebro para voltarem ao seu estado normal) _ Pronto, Mulder, tem bastante espaço no cérebro. Terminada a neurocirurgia, Claudia levou Mulder e Skinner para descansarem com ela no hotel mais chique de Washington. Desceram da Ferrari roxa e seguiram para o balcão. Claudia pegou a chave do quarto 1012 (porque o 1013 tava ocupado) e avisou ao balconista, em um inglês perfeito, que era para ele avisar quando uma certa Alexandra chegasse. Ele respondeu em português mesmo (porque ele era de Governador Valadares) que tudo bem. Assim, a ela só restava aguardar alguns dias, até segunda, pelo menos, para que sua comparsa aparecesse. Mas o que ela faria até lá????? Como isso seria monótono.... Não! Nem tanto. Alguém havia escrito para Claudia implorando algumas cenas quentes. Bem, cara leitora tarada, imagine as cenas quentes. Imaginou? É isso aí! (Agora dá licença que eu e os meninos precisamos ter uma conversinha). Claudia fechou as janelas, trancou a porta do quarto e, apenas por consideração a sua amiga, mandou uma mensagem de (tá difícil)....de.....Ah!!! Ale 10111010010101010 10101001001010100101010010 0101010100101010101110100101 0101001010101001010010100 010100101001010010101001010000010100 Claudia Tradução simultânea: 0101001010101001 Oi!!!!! Tudo bão? Como foi de natal? Cara, nem te conto!!! Ok, eu conto. Não, não posso contar. Jura que não conta prá ninguém???? Ok, então vou contar, se segura, ta? Juro que não é mentira!!! Bom, lembra do......... (^*^(&*^&*^&&*())()_(%$%$#^%$^%&^*&(*^&^&%^$^$ Droga de computador, misturou os códigos binários. Na verdade a mensagem dizia: Ale, Cheguei!!! Estamos aqui no hotel, mas não precisa ter pressa não, viu? Se quiser eu mando um motorista com meu Ka preto te buscar (lembra do Fantasma? Ele tinha o Capeto, ou era o Mandrake? Ok, não fui feliz nessa). Cê que sabe. Beijos Claudia Ps. Esqueci da vingança, nada!!! Só adiei.... Xxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxx Segunda feira, 12:01 p.m. Carregando sua mala (não confiaria suas fitas de vídeo às mãos de um carregador) e tentando entender como é que estava chegando agora se já havia chegado antes de Claudia (detalhes de continuidade), Ale abriu a porta do quarto 1013 ( hehe...tava reservado, por isso a Claudia não pôde ficar com ele...). Imediatamente, reparou na carta de baralho que estava presa à porta: um dez de ouro...Com seu raciocínio rápido e inteligencia brilhante ( eu não posso ser megalomaníaca?), Ale entendeu prontamente o que aquela carta significava: " Ninguém morre realmente em AX. Vai acontecer algo importante hoje a noite na rodovia interestadual 10. Se eu fosse você investigaria. PS: Leve a Claudia e seja discreta". (Tá bom gente, na verdade isso estava escrito no verso da carta, eu nem precisei deduzir muita coisa...) Aflita, deixou sua bagagem no quarto e bateu na porta do 1012, para alertar Claudia da misteriosa mensagem. Dez minutos depois, Claudia apareceu na porta, meio despenteada, com um sorriso muito, muito sacana...Ale olhou para dentro do quarto e viu Mulder e Skinner, ficou um tantinho constrangida (ou seria pura inveja?) e entendeu o sorriso da amiga. _ Ale! Minina, vc chegou!...é, e então?...tudo bem? Como foi de viagem? Entra aí, num repara que os meninos estão assim meio caladinhos, mas é que a viagem foi cansativa... _ Tudo bem, Modell. Tem um assunto que precisa da sua atenção._ Ale, que morria de medo da comparsa, fez o possível para não ser indiscreta e entrar logo no assunto da mensagem..._ eu recebi isto... Claudia pegou a carta, olhou para Ale, olhou para o Mulder, olhou para o Skinner...olhou para o Skinner...continuou olhando para o Skinner .OK, passaram-se dez minutos e ela ainda olhava para o Skinner... _ Claudia...tudo em ordem? Teve alguma idéia sobre o que fazer?_ Ale interrompeu delicadamente... _ Muitas!!!!_ A essa altura Skinner já estava apavorado, tentando esconder-se atrás do Mulder _ Não Claudia...tô falando da mensagem! _ Ah! Claro, Claro...era disso mesmo que eu estava falando! Acho que devemos investigar. Porque eu ainda não sei, mas a gente tá aqui sem fazer nada mesmo...me encontra lá embaixo em...digamos...duas horas. Tenho de resolver uns assuntos... Sem discutir, Ale foi dar uma volta , chutar umas pedrinhas, enfim, enrolar até a hora de sair... Horas depois: Rodovia interestadual 10 Um sedan vinho enorme percorria a rodovia em alta velocidade. Dentro, vestidos de ninjas, Skinner, Mulder, Claudia e Ale. _ Ale, porque estamos vestidas de ninja? _ Eu tava entediada, achei que ia ficar legal... _ Eu não gostei! _ Cala a boca Mulder!! _ Dessa vez, as duas mulheres puderam ser ouvidas em uníssono. Enquanto isso, Skinner dormia desgraçadamente no banco de trás. _ O que é que ele tem?_ Ale as vezes parecia uma porta... _ Tá cansado, tadinho...essa fic tá acabando com ele..._esclareceu Claudia. Mais alguns quilômetros ficaram para trás, antes que eles avistassem a primeira placa : "Reunião Secreta do Sindicato das Sombras. Acesso a 1 km" _ Ale, vc viu a placa? _ Tenha dó, né Claudia?! Ou eu dirijo ou leio placas. Tudo eu??? _ Agora entendo porque vc se perde até no seu próprio bairro. Deixa quieto, eu te digo quando entrar a direita. _ Ok. _ Agora! Uma freada brusca foi ouvida, junto com um monte de impropérios...Sem conseguir entrar a tempo, Ale prosseguiu na estrada. _ Assim não é possível!!! Quer matar a gente? Maluca! Tem que avisar com antecedência! Tá vendo, agora perdemos a entrada! _Santo Chris Carter! Assim não dá, deixa que eu dirijo! _ Não. Eu estou zelando pela nossa segurança. Deve ter um retorno aí na frente. Vai lendo as placas... Três horas depois Outra placa informava: "Reunião secreta do sindicato das sombras. retorno a 1 km" _ Tá vendo, eu não disse? É só ter calma, sempre tem um retorno. Por isso que não se deve arriscar a vida por causa de alguns minutos a mais ...É só manter a calma, seguir em frente e confiar na sinalização. Eu sempre disse que... _ Cala a boca Ale!!! _agora o coral era masculino e Skinner juntara- se a Mulder no protesto. Como Claudia também não tava muito contente com a comparsa, nem se preocupou em repreender os rapazes. Ale fez cara de criança contrariada e continuou dirigindo em silêncio. Muito tempo depois, quando finalmente encontraram o acesso correto, percorriam atentamente a estreita via, procurando algum descuido que revelasse o local do encontro secreto. E lá estava: uma grande seta de néon vermelho indicando uma pequena cabana de madeira, que, se não fosse pelos quinze sedans pretos estacionados na porta , passaria totalmente desapercebida por qualquer um. Discretamente, pararam e entregaram o carro ao manobrista. Seguiram abaixados e contornaram a cabana, onde compraram o último lugar vago na pilha de caixotes junto a janela do fundo, ao lado de dois rebeldes sem face, um cinzento e um fiscal do imposto de renda, muito interessado em apanhar aqueles caras todos. _ Nossa..._ Mulder, o escolhido para subir, olhava admirado lá para dentro... _ Fala, Mulder, o que você tá vendo lá dentro?_ aflitos lá embaixo, Claudia, Ale e Skinner aguardavam que Mulder narrasse o eu via no interior da cabana . _ Nossa...Uau!!!!_ os olhos verdes brilhavam... _ Mulder, não me faça subir aí..._ Claudia começava a ficar irritada... _ ..._ Mulder estava paralisado, de boca aberta e olhos vidrados... _ Eu vou matar ele!!!! Alguém me dá uma arma! _ Claudia estava furiosa_ Me larga Skinner!!! Já disse pra me soltar...bom...pensando bem, não me larga não... _ Chega Mulder! Ou você conta pra nós o que está vendo ou desce daí e deixa o Skinner subir!!_ dizendo isso, ale subiu pelos caixotes, apesar dos protestos dos rebeldes sem face, até alcançar a janela e espiar lá dentro... _ E aí, Ale? O que é que você está vendo?_ Claudia, ainda sendo contida por Skinner ( uau!) esperava ansiosa pela revelação... _ ... _ Ale agora também estava com ar abestalhado, olhos vidrados, muda... _ Agora chega!!!! _ Claudia subiu também, praticamente atropelando o cara do Imposto de Renda, e levando o Skinner junto. Lá em cima da pilha de caixotes, os quatro estavam abestalhados, olhando para o interior da maldita cabana, onde... T O B E C O N T I N U E D Xxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxx Enquanto os quatro, não, peraí, cinco (contando com o cara do Imposto de Renda) curiosos estavam olhando para dentro da cabana, alguém espreitava nas sombras, mandando um aviso em um walk-man. _ Atenção, Delta 3 - Zebra 24 - Cambio. Bzzzzzzzzzzzzzzz Bzzz Bzzzz _ Está me ouvindo Delta 3? Cambio. Bzzzzzzzzz Bzzz Bzzzz _ Delta 3, solte os cachorros cambio. Temos espiões. Nossos intrépidos heróis não tinham idéia do que estava para ocorrer. Ale foi a primeira a notar um ruído longínquo. Um ecoar de abelhas e latidos que vinham na direção da cabana. Mas foi Skinner, de sua posição mais alta e mais sexy (ok, isso não vem ao caso, mas é sempre bom ressaltar para o caso de alguém não ter notado o quanto esse homem é sexy!) que viu o que estava para acontecer. Era uma matilha, de cães, obviamente, ou não. E um monte de abelhas. Skinner não sabia se um conjunto de cachorros era matilha. E nem sabia o que era um conjunto de abelhas. Resolveu pensar somente nos cachorros. Ele achava que não era matilha, mas naquele momento o nome não lhe vinha a mente. _ Ooo, Aleeee. _ Fala Skinner. _ Um conjunto de cachorros é matilha? _ Sei lá! _ Será que a Claudia sabe? _ Pergunta prá ela, oras! _ Ooooo, Claudiaaaaa. Você sabe? _ O que? Que você fica lindo de algemas? Claro! Antes que Skinner pudesse responder, Claudia percebeu ao que ele se referia. Lá vinha uma cambada de cachorro. Queegquag, Ariel, Blue, Heinrich, aquele cachorro de Alpha, o lobisomem de Shapes, o cachorrinho do anão em Humbug, o cachorrinho de Arcadia. (Esqueci algum?). Era um au au au sem fim. Não restou outra saída para o estranho grupo senão correr e se separar em dois grupos. Claudia pegou o Mulder (já tava meio cansada do Skinner) e Ale pegou o Skinman! O cara do Imposto de Renda foi chutado pela Ale e depois pela Claudia, até que acabou sendo alcançado pelos cachorros e foi estraçalhado, não restando dele nada mais do que uma pasta com o meu imposto de renda que não saiu no primeiro lote.... Claudia e Mulder correram para a mata, e se esconderam atrás de uma sequóia gigante (por isso foi bom ter ido pros States, lá tem sequóia gigante em tudo quanto é canto. Em Brasília, no máximo, tem umas arvorezinhas retorcidas). _ Claudia!!! Você pretende ficar divagando sobre vegetação? _ Mulder, você é estressado demais. Calma, relaxa, inspira, expira, toma um doril. _ Essa sua parte da fic tá ficando chata!! Daqui a pouco vão começar a reclamar. _ Humpf, como se você se importasse. Ok, ok. Tem razão, vamos fazer uma reviravolta nessa fic. Me conte o que tinha dentro da cabana. _ Ah, até que enfim ! Não é saudável deixar os leitores tanto tempo em suspense, sem ter respostas. _ Huh, Mulder, nós ficamos sete anos sem ter respostas. _ Ok, vamos relevar isso. Eu vi a Scully dentro da cabana. _ Ah não viu não!!!!! Sai dessa!!!! Ela tá morta e foi você que matou. _ Eu vi! Pergunta pro Skinner. _ Mulder, você não vai manipular essa fic! Claudia estava irritada. Como tinha deixado Mulder chegar a esse ponto? Mas pelo jeito o mal já estava feito. Ou não! De repente, Claudia teve uma idéia. _ Mulder, você se lembra dos fungos que você e Scully cheiraram? Que vocês ficaram doidões? _ Lembro. _ Pois é, acabei de lembrar que o macarrão com cogumelos que serviram no hotel tinha os mesmos cogumelos daquele episódio....... _ Eu não lembro de ter comido macarrão. _ Ah, comeu sim. E muito! Agora você está tendo alucinações. _ Será???? _ Com certeza. O que você tem que fazer agora é se lembrar da realidade. Você é casado comigo, lembra disso? A Scully morreu, você matou ela. Você detesta semente de girassol. Azul celeste é uma brisa gentil. Não existem ETs. O Canceroso é seu pai. A Scully era sua irmã. Eu não estive aqui. Konichua.... _ Argh!!!! Você está me confundindo!!! Mas, mesmo lutando bravamente contra a ação dos cogumelos, Mulder ao final, acabou se deixando convencer pelo que Claudia dizia. Ela tinha razão sobre tudo. Claudia sempre tinha razão, isso era uma constante universal (gostou do momento megalômano? Você também pode ter um. Basta me mandar um mail, elogiando as minhas fics, que seu nome será colocado nessa fic eterna, em um contexto totalmente megalomaníaco. Não espere mais. Faça já a sua reserva e tenha momentos incríveis com seu ego! Promoção válida, também, para feedback para Ale!). Duas horas, quarenta e cinco minutos e dezenove segundos depois, Mulder estava com os olhos vidrados, os braços esticados, e babando. O que ele dizia era ininteligível. Parecia mais um gemido sem fim. _ Oooops. Acho melhor ver se a Ale me devolve o Skinner e fica com você. Espero que você esteja na garantia. Ela vai ficar furiosa por eu ter te quebrado. Droga! Porque você tinha que ser tão frágil???? Com as mão trêmulas, Claudia digitou os gritos que ecoaram na floresta. Se Ale ouviria ou não, isso era outra história. Ou outra parte da FIC ETERNA! Exclusivamente no Forum de Fanfics! A cortina de estrelas desceu sobre a floresta, trazendo um silêncio avassalador, somente entrecortado pelo cri cri dos grilos e pelos gemidos zumbísticos de Fox Mulder. O vento soprava, fazendo curva entre as árvores, e entrava pelos ouvidos do jovem agente, criando um ruído sinistro, como se o cérebro de Mulder estivesse vazio. Somente o pensamento já assustava Claudia. Sem querer escrever mais, porque estava super cansada, Claudia gritou mais uma vez: Aleeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeee Eu quebrei o Mulderrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrr Compra outro????????????????? Claudia (Não, peraí, gritos na floresta não tem assinatura.) xxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxx Apavorados com a horrível perseguição por cães e abelhas, Ale e Skinner correram tanto que saíram da folha, e na hora de imprimir o trecho novo da fic o maldito computador ficava repetindo que as "margens do documento estavam definidas fora da área de impressão" ou uma bobagem bem parecida com isso. Ok...voltando ao que interessa.. Depois de correr como loucos por uns seis parágrafos, Ale constatou que estava perdida na floresta.( "Grande novidade", diriam vocês...). O único diferencial era realmente a boa companhia... Pra infelicidade geral da nação, Ale estava sem seu caderninho, sem caneta, sem fumaça, código braile ou caminhões, ou seja, isolada, ainda vestida de ninja e com o Skinner ninja...quando se preparava para ter idéias criativas em relação ao Skinman, Ale ouviu os gritos da comparsa, que vinham de algum lugar na floresta, à sua direita. Por um equívoco inexplicável, pegou o Skinner e correu para a esquerda...( hehe...colou? Pôxa, eu nunca aproveito as oportunidades!!) Como a droga da floresta era redonda, eles toparam de frente com Claudia e Mulder (aposto que se eu quisesse, não achava eles rápido assim de jeito nenhum!!!! Droga!) Claudia estava com uma expressão estranha, de criança que fez arte, e Ale ficou muito desconfiada... _ Que foi? Que cara é essa? _ . . . _ Que que o Mulder tem? Ele te contou o que viu na cabana? _ O Mulder? Num tem nada, oras..._(Claudia não estava mentindo, ele não tinha nada mesmo, a cabeça dele estava absolutamente vazia...)_ E na cabana você é que tem que me dizer o que tinha, afinal, você escreveu a cena! _ Não, eu só escrevi até ali! Você tinha de decidir o que tinha lá...Céus! O que ele disse que viu lá? _ Você tá querendo me dizer que como ele disse primeiro o que estava na cabana, assumiu o poder de decidir o que estava lá dentro? _ Seguindo a lógica da nossa Mitologia de Fic, que tá muito parecida, em termos de lógica, à Mitologia do CC, eu acho que é exatamente isso. Nós nos isentamos, ele decidiu! E o que foi que ele viu lá afinal? _ Ale...se prepara que temos uma concorrente na floresta...Amarra o Skinner, que eu prendo o Mulder, porque senão eles saem correndo atrás dela... _ Não...não me diga que ele viu a... _ A própria! _ Céus! E agora? O que ela estava fazendo lá? E o que nós fazemos agora? Você não vai matar ela, né? Meu Deus! Claudia, tá tudo tão complicado...E o que é que o Mulder tem, que fica andando em volta de nós com os braços estendidos e essa cara de tonto? _ Credo, como você faz perguntas!! O Mulder não tem nada, já disse. Tá um pouquinho abalado com o que viu na cabana, mas isso passa. E o Skinner, o que você fez com ele? _ Nada...num deu tempo..._ Ale chutava pedrinhas, enquanto esperava Claudia decidir o que fariam a seguir. _ OK ..pegue os rapazes, eu tenho um plano pra nos livrar da ruiva, da floresta, das abelhas, dos cães, dos episódios repetidos, do relatório alfa e de quebra, conquistar o mundo!_ Claudia ainda estava na fase megalomaníaca... _ Hã...Narf!!!! Que legal Cérebro!!! ( Tá, confesso, eu adoro esse desenho!). Enquanto isso, na cabana... _Não entendemos muito bem a sua proposta, Srta. Scully...Nós já temos o que queremos, portanto, você não tem nada para trocar..._ a voz arrastada do Canceroso (em sua 3° edição, revista e atualizada, com notas originais do autor e comentários de grandes críticos especializados, agora numa livraria perto de você!!) deixava Scully nervosa, mas ela não podia deixar que ele percebesse isso. Se queria sair viva daquele covil, teria de fazê-lo aceitar uma troca... _ Você tem algumas fics, mas não tem a fonte!! Me deixe sair e encontrar as mulheres que estão com Mulder e Skinner e que estão escrevendo esse monte de absurdos que estamos sendo obrigados a vivenciar agora. Nossas vidas voltam ao normal e você fica com a autora que você tanto aprecia..._ Scully tinha caráter demais para estar falando aquilo a sério. Ela nunca usaria Claudia como moeda de troca pela vida de Mulder e Skinner. Era um blefe, mas ele tinha de conseguir fazer o CGB deixá-la sair dali viva _ E você lá tem uma vida normal, por acaso, Scully??????_ Uma voz ecoou no ar... _ Quem disse isso?_ perguntou o Canceroso, assustado _ Foi ela...uma das autoras. Vê o que eu disse? Elas nos estão prendendo a esta realidade! Deixe-me sair e encontrá-las_ Scully tentava parecer fria e calculista... _ Está bem, agente Scully. Vá. Mas lembre-se, vou estar observando você. Sem esperar que o homem tivesse tempo de mudar de idéia, Scully pegou de volta das mãos do capanga do CGB sua arma, sua lanterna e o saco de dormir que ela nunca mais esquece de carregar, sempre que tem floresta na jogada, e saiu para a escuridão da floresta...precisavam fugir dali rapidinho... Na cabana: _ Ô ! Você!_CGB estava impaciente... _ Senhor? _ Quem é você mesmo? _ Sou o Rapaz das Pizzas Rápidas. _ Nossa, quem te deu esse nome? O Chris Carter? _ Não senhor. Na verdade eu só vim trazer uma pizza mesmo, mas o senhor não me deixou ir embora... _ Ah, tá...Bom, já que entrou pro grupo, vá atrás dela. Deixe-a encontrar os outros e mate todo mundo._ com uma expressão cruel, o homem observava a fumaça subir em direção ao teto... _ Até a sua autora favorita? _ Até ela. Anda muito engraçadinha ultimamente e eu não gosto de humor... Na floresta... _ Deixa eu ver se eu entendi, Claudia. O plano é...Bom, na verdade, acho que perdi uma parte da explicação... _ Que parte, Ale? _ Aquela que vem logo depois de "senta aí, Ale, que eu vou te explicar o plano..." Claudia agora estava com ar de desespero, se perguntando que tipo de maldição era aquela que vinha com Skinner Sexy (mas mal humorado), Mulder babão, Ale Pink, Scully a procurando na floresta e o Rapaz das Pizzas Rápidas tentando matar todo mundo... e tudo ao mesmo tempo!!! Seria um castigo por ter quebrado o Mulder? Respirou fundo, jurou que teria paciência e que sairia dessa com a classe de sempre. Chamou a parceira e começou a explicar todo o plano de novo... Em respeito aos corações frágeis dos excers, não tem TO BE CONTINUED... Mas, CONTINUA Xxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxx Era uma límpida manhã de quarta feira na floresta encantada. Recapitulando, quem estava na floresta era Mulder, Skinner, Claudia, Ale, Canceroso, Scully e RPR (Rapaz das Pizzas Rápidas). O Greenpeace estava pronto para agir contra aquela invasão, quando Claudia decidiu tirar todo mundo de lá, ordenadamente, em fila indiana. Meninas na frente, meninos atrás, e tira a mão daí RPR! (Esse menino é assanhado!!!) Assim que todo mundo chegou do lado de fora da floresta, Ale fechou a porta atrás de si, e deu a chave para a Claudia. (nunca se sabe quando precisariam usar a floresta de novo). Claudia, de repente, notou uma coisa insólita, algo que fez com que lágrimas surgissem nos seus olhos. Não faltava ninguém! Todos os personagens da fic eterna estavam presentes. Isso não era incrível? _ Todos nada! Falta o Krycek! _ Mulder, você é extremamente chato, e burrinho. Não percebeu que o Rapaz das Pizzas Rápidas é o Krycek disfarçado? _ É??? Ale perguntou, olhando de modo estranho para Claudia, mas falou baixinho para não causar uma discussão. _ Claudia, eu não criei o rapaz prá ele ser o Krycek. _ Minha cara comparsa, isso acontece nas melhores fanfics. Você cria a criança com todo amor, pensando que ele vai se transformar em um rapaz bonzinho, um simples entregador de pizzas, e quando você vê ele vira um marginal super sexy e sem braço. _ Argh! Tá bom, Claudia. Mas, e agora? Vamos ficar aqui um olhando prá cara do outro? _ Não! Eu tenho um super plano. De repente um barulho longínquo foi se tornando cada vez menos longínquo. Pareciam uivos de lobos.... _ Claudia! Nós estamos fora da floresta. _ Calma Ale! Deixa eu descrever a cena. _ Então anda rápido porque daqui a pouco os personagens vão acordar da animação suspensa que eu coloquei eles. Pareciam uivos de lobos que se aproximavam cada vez mais. Claudia então percebeu que, na verdade, os ruídos eram de sirenes. Não havia mais tempo para nada, Claudia e Ale tentaram afogar a Rainha e colocar o Bispo e o Rei em algum lugar seguro. Na correria a Torre montou no Cavalo e saiu correndo. Em minutos, sem que Claudia ou Ale pudessem fazer qualquer outro movimento, as duas estavam no xadrez. (tudo isso pra fazer esse trocadilho, gostaram??) Horas depois..... _ Nós já dissemos prá você que não somos contrabandistas de personagens de seriados de ficção científica! Claudia estava cada vez mais zangada. Isso só podia ser uma armação da Fox. Eles sempre se intrometiam quando as pessoas estavam se divertindo. O Agente Frank Black, que foi chamado para cuidar do caso das contrabandistas, não estava disposto a se deixar levar por teorias conspiratórias criadas por elas. Lendo isso, Claudia teve uma outra idéia. _ Agente Black, o mundo vai acabar amanhã. Nós estamos tentando salvar o que há de melhor na humanidade, por isso recolhemos os melhores exemplares da raça masculina.... _ Não, peraí, vocês pegaram Alex Krycek, ele é um bandido. _ Sim, mas ele tem o segredo das Pizzas Rápidas. Isso pareceu acalmar o agente e Claudia aproveitou a deixa para pegar Ale e saírem dalí o mais rápido possível. Era quase certo que o Bispo e o Rei já tivessem fugido do esconderijo. A Rainha não morreu afogada, claro. Ela é imortal gente, não lembram de Tithonus? Prá matar a danada tem que usar uma espada e cortar a cabeça dela fora. Claudia, tomada por um impulso de Alice no País das Maravilhas, começou a gritar: _ Cortem-lhe a cabeça!!! _ Claudia! Cala a boca! A gente tem que fugir daqui, depois a gente corta a cabeça dela. Isso pareceu acalmar a escritora, e as duas saíram em busca dos meninos perdidos. Duas horas, vinte e três minutos e doze segundos depois..... _ Claudia, nós perdemos eles. Estamos num mato sem cachorro. _ Ale, meu bem, nós não estamos mais no mato. E se você quer cachorro eu chamo aquela matilha de novo, o que você acha???? _ Ai, credo, que mau humor! _ Ok, já sei o que vamos fazer. Lembra de uma estradinha de pedras douradas que a gente viu vindo para cá? _ Não. _ Essa mesma. Agora a gente só precisa seguir a estrada até encontrar os meninos. _ Claudia, eu não vi estradinha nenhuma. _ Sim, Ale, essa mesma. Vamos???? Não adiantava discutir, se Claudia estava tendo episódios paranóicos então a única coisa a fazer era seguir a bendita estrada de pedras douradas. Claudia pegou uma cesta de palha e colocou a Ariel dentro dela. As três seguiram pela estrada afora cantando alegremente, em busca do arco-íris. Xxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxx Na estrada de tijolos amarelos... Seguindo sua estrada de tijolos amarelos, Claudia ainda caminhava alegremente, mas achou melhor que Ariel prosseguisse andando, porque não é mole carregar uma cachorra de 60 kg numa cesta... Lá atrás, reclamando de tudo e chamando pelos nomes dos personagens perdidos, vinha Ale. No começo relutou contra a idéia de entrar nessa de Mágico de Oz, mas quando viu já era tarde. Depois de algumas horas de caminhada (a gente tá querendo perder uns quilinhos, então essa parte não vai ter carros, vamos andar) Ariel começou a latir de maneira insistente, correndo em direção às autoras e depois entrando no mato, como se quisesse que elas á seguissem. _ Vai sozinha Ariel, a gente espera você. Mas não demora._ Claudia não tava entendendo muito bem as intenções do animalzinho... _ Não, Claudia, ela tá querendo nos mostrar alguma coisa! Fala comigo, Ariel, que foi?_ Ale se abaixou e tentou entender o que Ariel queria. _ E aí, Ale, que foi que ela disse? _ Wolf, wolf, wolf _ se fosse lá em casa, eu daria uns biscoitos pra ela e tava resolvido...mas aqui eu não sei bem o que fazer... _ Tá, vamos seguir a fera, então. Talvez ela tenha encontrado o Mulder, o Skinner, ou o RPR... _ Ou a Scully... _ Ale, eu não quero achar a Scully! Então avisa a sua fofinha aí pra não procurar! _ Poxa, Claudia...eu gosto da Scully... _ Não faz essa cara, vai...eu também gosto dela ( gosto?), só que gosto mais quando ela está longe de mim....tá, tudo bem, se a gente achar a ruiva a gente manda ela de volta pro Mel Gibson, tá? Seguindo a trilha de arvores derrubadas deixada por Ariel, ( quem botou essas arvores aqui? Eu não tinha trancado a floresta?), Ale e Claudia chegaram a uma casinha, sob a qual podiam ser vistos indícios de que a casa caíra sobre alguém... _ Meu Deus, a Bruxa má da Inglaterra!!! Phoebe Green!!!! Tá esmagadinha...Sabe o que isso significa Ale? _ Não, o que? _ Poxa, eu tinha esperanças de que vc conhecesse o resto da história! Eu também não lembro o que acontece agora...vamos andando, quem sabe a gente vai lembrando...mas eu acho que tem uma bruxa, que tenta fazer sopa do Totó, fogueira do homem de palha... Nesse momento, são interrompidas em seus devaneios pelo celular (tava demorando pra tocar um celular nessa história...) de Claudia ( Ale odeia celulares e não tem um, então tem de tocar o da Claudia mesmo) _ Claudia..._ ela atendeu desconfiada _Sei. Sei .Sei... Claro, eu entendo. Não...não se preocupe...Pode deixar, já será providenciado. _ Quem era, Claudia? _ Seu pai. Tá preocupado com essa história de "bruxa que quer fazer sopa do Totó" e disse pra você mandar a Ariel de volta pra casa imediatamente . _ E comigo, ele não tá preocupado não? _... _ Tá, já entendi..._ Ale rabiscou algumas linhas que mandariam Ariel de volta em segurança para São Paulo, na primeira classe de um vôo onde todos os passageiros amam cães e ela ganha colo de todo mundo Depois dessa pequena interrupção, continuaram seu caminho, um tanto assustadas, pois esta floresta era daquele tipo com galhos retorcidos, corujas, morcegos, sons estranhos, uivos de lobos distantes, policiais paulistas e cariocas, vampiros _ Chega, Ale! Já tá assustador o suficiente! _ Continuando, se me permitir... Na beira da estrada, encontraram um homem estranho, meio paradão, com ar perdido, parado com os braços abertos, junto de uma plantação... _ O homem de palha!! _ Tá boba Claudia? Num tá vendo que é o Mulder? _ Dá na mesma, aposto que ele quer falar com o Mágico de AX pra pedir um cérebro novo (Claudia sabia disso, afinal ela quebrara Mulder...) Tiraram Mulder de lá e seguiram viagem. Vou pular a descrição do momento em que encontram o homem de cabeça brilhante, altamente reflexiva (no sentido de polida mesmo) que não era exatamente o homem de lata, mas o Skinner. Skinner junto- se a eles, para pedir ao Mágico de AX um coração (só não tendo coração pra explicar porque ele nunca deu em cima da Scully até hoje...) Andaram juntos mais um pouco (já deve ter dado pra perder uns gramas com essa caminhada, né?) e chegaram a uma cabana (adoro cabanas!) onde a luz de uma fogueira que fazia borbulhar um caldeirão criava o clima, revelando a estranha decoração, que nosso heróis viam com os narizes colados à vidraça. Lá dentro, mexendo o conteúdo do caldeirão, adivinhem quem ???? Como não sabem??? Pensem um pouco? Quem é a outra bruxa de AX?? Muito bem! Lá estava Diana Fowley!!!! ( gostaram? Tão imaginando a mocréia de chapéu preto, nariz adunco. E, pra completar a cena , presa numa espécie de gaiola, estava a Doroty, interpretada pela agente especialmente convidada, Dana Scully. Nesse momento, com cara de pânico e percebendo a confusão que aprontara, Ale resolveu passar a responsabilidade adiante. O bom é que estamos juntas, então basta dizer, usando um mero travessão...hehe: _ Tá bom Claudia. Tá armada a zona. Precisamos catar esse povo todo e chegar até o Mágico de AX. Você pede o que quiser pra ele, mas eu vou pedir uma oitava temporada decente... xxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxx Lá estava a bruxa, pronta para cozinhar a Scully, digo, a Doroty, e nossos heróis nada podiam fazer a respeito. Mulder não registrava os acontecimentos, já que estava sem cérebro há três capítulos. Skinner não se importava, pois não tinha coração. Claudia não estava dando a mínima e Ale simplesmente desistira de fazer alguma coisa, deixando a responsabilidade nas mãos de sua comparsa. Já que a situação estava nesse pé, Claudia decidiu que o melhor a fazer era abandonar Scully e seguir para a terra de AX, para encontrar o mágico. Claudia não tinha o coração tão duro, como alguém pode supor. Ela foi até a Scully e sussurrou no ouvido da ruiva: _ Sua chata, presta atenção, quando a bruxa chegar perto e pedir pra ver seu dedo, você mostra o dedo mindinho, daí ela vai achar que você não está gordinha e vai adiar seu cozimento. _ Claudia, isso é Joãozinho e Maria. _ Dana, você não entende nada. Joãozinho e Maria é só uma versão do Mágico de Oz... Confie em mim.... Scully olhou assustada para a escritora, mas não tinha outra saída senão aceitar a sugestão. Em seguida, Claudia e seus companheiros foram em direção à Cidade das Esmeraldas, mas como ficava muito longe, eles decidiram pegar um avião, bem grandão, que ia voar a milhares de quilômetros do chão. Pra piorar a situação, o fundo do avião (viram como eu estou rimando???) era todo de vidro inoxidável (eu patenteei esse tipo de vidro) e dava para ver as formiguinhas lá embaixo. _ Não são formiguinhas, são elefantes. Skinner abrira a boca pela primeira vez, somente para ser cruel com a Ale? Ele realmente não tinha coração. Isso fez com que Claudia soubesse, cada vez mais, que aquele era o homem de sua vida. Ela estava tão feliz em descobrir isso que perdeu o controle do avião, que desceu rapidamente, espatifando-se nas montanhas, bem na porta do Castelo das Esmeraldas, onde morava o Mágico de AX. Os passageiros se levantaram e sacudiram a poeira. Ale estava em estado de choque, mas Claudia ignorou, mais uma vez, os sentimentos de sua comparsa. Após caminharem quilômetros (é que a entrada para o castelo era longe da porta principal), Claudia notou que Ale ainda tremia devido à queda. Claudia decidiu que faria algo de bom na vida.... _ Mulder, carrega a Ale no colo. Mulder, ainda sem cérebro, não hesitou em pegar Ale no colo e ela não hesitou em agarrar-se ao pescoço do lindo agente de cabeça oca. Resolvido esse grande problema, eles seguiram em silêncio (ao contrário do filme com aquelas músicas chatas) em direção ao portão principal. Lá chegando, deram de cara com um monte de cartazes que diziam: "Não esqueça da minha Calói" "Compre batom" "Leia fanfics de Claudia Modell" "Bom Xi Bom, bom bom bom bom" "Mágico saiu para almoço, só volta semana que vem" "Use Linux" Em meio a tantas mensagens enigmáticas, Claudia e Ale ficaram confusas. Claudia tocou a campanhia do castelo que era em forma de X (o castelo, não a campanhia). Um anão em forma de X atendeu à porta. Sua aparência era tão estranha que Claudia começou a rir histéricamente. Em segundos todos riam, menos o anão, é claro. _ O ue oe ueem? _ O que você disse? Ale realmente não tinha entendido o que o anão dissera. _ Eu ie o ue oe ueem? _ Ai credo, tem alguém que fale a nossa língua? Mal Claudia acabou de perguntar, e surgiu um gigante, também em forma de X, que disse: _ q vcs qrm? _ Ai, meu God!! Tá difícil!!! Não dá prá entender o que vocês falam! Dito isso, Claudia começou a se afastar da estranha dupla, mas foi parada por sua comparsa, que ainda estava confortavelmente no colo de Mulder. _ Claudia, tive uma idéia! Vocês dois, anão e gigante, falem ao mesmo tempo! _ O que vocês querem? _ Ale! Você é um gênio??? Como você sabia??? _ Fácil, minha cara Claudia. Você se perdeu completamente nessa parte da fic, tudo o que você escreveu até agora foram bobagens. Daí eu deduzi.... _ Ok, esquece. Em seguida, usando o método de falar ao mesmo tempo, o anão e o gigante puderam informar o que elas já sabiam. Que o mágico tinha saído para almoçar. O rosto triste de Mulder chamou a atenção do anão (que tinha fixação por homens do FBI), que acabou dizendo a Ale e Claudia onde encontrar um coração e um cérebro novos, para usarem nos meninos. Horas depois......... Mulder estava agitadíssimo. Seu novo cérebro era o bicho, como ele agora insistia em dizer. _ Tipo, é super, sabe, numa boa, super legal, tipo, poxa, sabe como é. O bicho, cara, que onda, tipo, puts, o máximo, cara, tipo.... _ Mulder! Se você disser tipo mais uma vez eu te deleto!!! Mesmo com um cérebro novo e meio inútil, Mulder sabia que não era uma boa discutir com Claudia. Em seguida, estando Mulder calado, brincando de skate de dedo, Claudia foi verificar o funcionamento do Skinner. _ Ooooo, Skinner..... _ Minha amada!!! Eu te amo, mais do que tudo no mundo. Eu amo a Ale também. E o Mulder, e a Scully, e a bruxa, e o Cid Moreira, e eu mesmo. As flores, os campos, o sol, a lua e as estrelas! _ Argh, cala a boca você também Skinner. Até mesmo Ale estava enojada com tanto shipperismo. Mas elas não tinham tempo de resolver o problema dos meninos. Com sorte, o neurônio de Mulder seria hermafrodita e daria à luz outros neurônios. Quanto a Skinner, Claudia somente teria que maltratá-lo para que seu coração se endurecesse. Agora elas precisavam deixar o Reino de AX e seguirem para o dia seguinte, a folha seguinte, ou o capítulo seguinte... _ Claudia, e a Scully? _ Ale, ela tá em boas mãos, fica fria.... _ Não! Ela tá com a Diana! _ Olha, eu não vou discutir isso com você. Eu e os meninos vamos tomar um lanche e você vai ver como está a Diana, digo, a Scully. Ale se afastou deixando Claudia e os meninos fazendo um lanche rápido na McDonalds. O que Ale não viu foi o vulto que apareceu e seguiu os três. Conseguiriam Claudia e as crianças escaparem com vida do misterioso vulto??? Essa era uma pergunta para Ale Morgilli! Xxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxx Cabana da Bruxa Mundo de AX 23:61 p.m. O cheiro de seja lá o que for que borbulhava no caldeirão (nada de morangos!) era nauseante. Olhar para aquela mulher era nauseante. Estar presa naquela gaiola era nauseante...(pensando bem, tudo parecia deixar Scully com náuseas ultimamente.) _ Diana, pare de fazer esse papel ridículo e me tira daqui... _ Diana? Eu não sou Diana, sou a Bruxa Má do Meio Oeste e você vai pagar caro por ter atravessado o meu caminho, sua ruivinha petulante! _ Ai meu Deus..._ Scully, era a única personagem que lera uma parte da fic e portanto permanecia consciente quanto ao que era realidade e o que eram delírios de Ale e Claudia. Sentia-se como a única pessoa sóbria numa festa de arromba, onde todos pareciam estar se divertindo muito, exceto a pessoa chata e sóbria..._ Tá bom, até que o papel de Bruxa te cai muito bem! Que é que você pensa que vai fazer comigo, minha cara ‘Bruxa’? _Scully começava a se perguntar se não devia entrar no jogo e se divertir um pouco. Afinal, ela sempre ficava com as falas sérias e o papel da chata que não acreditava nas coisas absurdas que sempre acabavam sendo verdade....Isso não era bom pro seu humor, nem pros seus cabelos (alguém discorda?)... _ Você nunca mais vai roubar a cena, me deixar em segundo plano!! Cansei de ser coadjuvante! Agora eu vou ser a estrela, EU!! Entendeu?_ Diana estava enlouquecida e voava pela cabana descontroladamente, fazendo ecoar sua risada pestilenta por todos os cantos da página e deixando Scully cada vez mais irritada... Scully, inteligente e com alto poder de dedução, percebera ao longo das ultimas sessenta páginas (na minha conta tá por aí) que uma das autoras tinha uma simpatia por ela e que até tentava protegê-la. Ela estava falando de Claudia, claro, afinal, enquanto Ale ficava de lero lero, fora Claudia quem a apresentara ao Mel Gibson!! Então, aproveitando da característica mais incomum dessa fic, tentou dialogar com a autora... _ Claudia? Você tá por aí? _ Tô em horário de almoço... _ Precisava falar uns minutinhos com você _ Faz o seguinte, fofa, chama a Ale, que eu já fiz a minha parte e mereço almoçar em paz. Tchau._ Claudia tratou de desligar o fic- comunicador, pois não queria mais interrupções durante o lanche... O jeito era tentar a outra autora, e rezar pra que ela caísse na sua conversa... _ Ale? Ale Morgilli, vc poderia me dar uma atenção aqui? Ale, que caminhava pela floresta, chutando pedrinhas e tentando descobrir o que fazer com a Scully, a Bruxa e o Vulto ( quem seria aquele vulto?) atendeu prontamente o chamado da agente: _ Na escuta, prossiga, agente Scully. _ Hã..._ Como cientista, era difícil aceitar tantas situações insólitas e fantásticas, e ela mesma não conseguia acreditar que estava conversando com alguém de fora de seu plano de realidade. Scully tentou controlar-se e manter em mente seu objetivo, que a essa altura nem eu lembro mais qual era, então deixa pra lá..._Eu queria que você desse um rumo nessa parte, que está meio fraquinha...Quem sabe uma cena mais forte, alguma coisa que empolgasse os leitores... _ Isso, deixa eu matar a ruiva, que todos vão ficar empolgados!!! hahahahaha...._ Fowley conseguira intrometer-se na transmissão... _ Cala a boca, mocréia!!_ Scully estava zangada, muito zangada... _ Scully? Tem uma interferência na comunicação...não consigo te ouvir claramente _Ale achava começava a desconfiar da qualidade daqueles fic-comunicadores, que não pareciam funcionar tão bem ali na floresta _ Faz o seguinte...embaixo do tapete ai dessa gaiola tem uma chave, que abre a gaiola. Sai daí e dá uma surra nessa cretina, que eu já tô chegando pra......_ o sinal sumiu de vez e Scully não pôde ouvir o resto das instruções, mas o que ouviu foi o suficiente. Minutos depois, rolava o maior barraco na cabana (que trocadilho horroroso!!) e Diana Fowley levava a pior. Um massacre, uma coisa horrorosa, algo que nunca esperaríamos de uma médica... Tá, vou deixar de ser hipócrita... na verdade foi uma beleza, uma maravilha!! E eu poderia ficar descrevendo aqui por dois dias se não fosse o que aconteceu de repente... _ Scully, pare, eu tenho algo a confessar!!!_ Diana implorava para ela parar e ouvir o que tinha a dizer _ Você tem dois segundos. Um... _ Espera, calma, ouça o que tenho pra te contar! _ Dois._ dizendo isso, Scully, disparou sua arma três vezes...( hã? Tá bom...), cinco vezes contra a vilã, que ainda teve tempo de dizer um monte de coisas antes de morrer: _ Não acredito...que...você...atirou em mim...! As mocinhas ....nunca fazem...isso...Nunca...! _ Sai dessa, Fowley! Nada faz sentido aqui, mas EU tenho que ser racional e lógica?? Tô fora!! E depois que fiz isso pela primeira vez, lá em Orison, perdi esses falsos pudores...E vamos logo com isso que eu tenho de fazer uma autópsia, que ainda não teve nenhuma nessa fic!! _Você...não ....quer saber....o que eu ....tinha pra ....dizer.....? _ Não há provas irrefutáveis de que você seja capaz de dizer algo útil, então prefiro que você termine o que está fazendo, caladinha. _ Scully estava tão cruel, que talvez até conquistasse a simpatia de Claudia... Horas depois A cabana estava transformada, lembrando muito uma sala do instituto médico legal. Paramentada em seus trajes médicos, Scully gravava seus registros para o relatório que faria mais tarde: _A vítima é uma coisa indescritível, a causa morte é conhecida e comemorada por todos, mas vou fazer uma incisão em W duplo, só pra relaxar..._ Scully estava realmente irreconhecível... Mais contente por ter dado a Scully alguns momentos de divertimento, Ale voltou a pensar no problema do misterioso Vulto, e decidiu voltar para junto de Claudia e os meninos. Na verdade, ela gostava muito da idéia de voltar para junto dos meninos, desde que fosse realmente bem junto... Enquanto caminhava ( nada de aviões, dona Claudia!) Ale tentava descobrir quem era o misterioso Vulto. Mas, ao olhar para cima e perceber que a parte já estava com duas páginas, resolveu escorregar e deixar que Claudia explicasse isso (hehe). Chegou ao McDonalds, sentou-se junto de seu grupo destemido e ficou caladinha... Xxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxx Fazia bem meia hora que Claudia tinha pedido um quarteirão com queijo sem picles, e nada do sanduíche chegar. Os meninos já tinham tirado os sapatos e estavam brincando no parquinho lá fora. Mulder não parava de falar bobagem e Skinner ficava agarrando todas as menininhas. O negócio tava feio, tão feio que Claudia nem percebeu a chegada de Ale que se sentara furtivamente ao seu lado. _ Ale? O que você tá fazendo aqui? Cadê a Scully? _ Ah, eu tava com fome, daí resolvi vir pra cá. Dei umas dicas pra ela se virar. _ Puts, você deixou a ruiva sozinha com a Diana?? E agora? Já pensou no que pode acontecer com a coitada? _ Ai Claudia, a Scully sabe se virar, fica fria. _ Não é da Scully que eu tô falando!!! _ Ué, e quem se importa com a Diana?? É por isso que ninguém te dá feedback, sabia Claudia? Você não é shipper, maltrata o Mulder, torce contra a Scully e ainda acha a Diana legal. _ Boba, quanto mais a Diana aparece, mais a Scully fica com ciúmes. _ Bom, agora é tarde. A essa hora ela já virou chiclete de Big Blue. _ Ale, não tem Big Blue nessa fic. De qualquer forma, deixa prá lá. Esse sanduíche sai ou não sai??? _ Eu não te entendo, porque você não tira os picles com a mão? Não sabe que demora mais quando pede sem picles? Claudia não teve tempo de responder à importante pergunta de sua comparsa. Um enorme ruído abalou as estruturas da lanchonete, fazendo com que os frequentadores corressem desesperadamente para todos os lados. Quando Claudia olhou para fora, tentando ver se as crianças estavam bem, notou o vulto que ela tinha mencionado dois capítulos atrás. Era ninguém mais, ninguém menos do que Alex Krycek! Com seus dois braços. _ Alex? Onde você arrumou esse braço? Ficou super bem em você. Combina com seu casaco. _ Claudia, pelo amor de Deus, a gente precisa pegar o Mulder e o Skinner e sair daqui correndo! Não há tempo prá conversar com esse cara não. Foi nesse momento, ao ouvir as palavras de sua comparsa, que Claudia notou uma coisa que a apavorou. O sanduíche chegou, mas ainda com picles!!!!!! Desesperada, Claudia pediu para preparem Mulder e Skinner prá viagem, sabe é pro meu cachorrinho, tadinho. Ale correu em direção à porta e começou a gritar sem parar: _ Os Russos estão chegando!!! Os Russos estão chegando!!! Krycek, que não tinha visto esse filme velho, achou que os russos estavam realmente chegando e segurando seus dois braços e outros membros tão ou mais importantes, deixou a lanchonete desenfreadamente, pela porta da frente. Então Ale e Claudia, já com o pacote de viagem pronto, correram pela porta dos fundos. Por causa disso não viram uma cena terrível, que faria qualquer shipper estremecer. Krycek, ao sair correndo, esbarrou na Scully, que chegou na lanchonete segurando uma faca de autópsia, e tinha sobre o corpo o sangue de sua rival. Vendo tal cena tão sexy, Krycek não resistiu e correu para beijar Scully, que, ao contrário do que vocês estão pensando, retribuiu o beijo apaixonadamente, e, mais uma vez, ela foi a culpada do fechamento de um estabelecimento. Scully, antes de se entregar totalmente a Krycek, ainda pensou: _ Claudia, isso sim é que é amiga!! Brigadão!! Claudia, vendo a nota da ruiva, se emocionou e escreveu: "Donald e Melinda Krycek (in memoriam) & William (in memoriam) e Margareth Scully, convidam para o casório de seus filhinhos, Dana e Alex, a realizar-se na igreja mais próxima de sua casa. Traje a prova de balas." Ps. Ale, você está convidada a continuar a fic (ok, pro casamento também, mas não vai fazer escândalo, tá?) xxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxx Delegacia, 15:12 pm A sala do delegado estava lotada. Todos falavam ao mesmo tempo e era impossível entender uma só palavra. O homem pedia silêncio, mas parecia que ele era invisível e o barraco continuava... Visivelmente irritado, o delegado sacou a arma do coldre e disparou duas vezes para cima, destruindo uma parte do teto da delegacia e finalmente chamando a atenção de vinte pares de olhos arregalados e assustados... _ Chega!!! O primeiro que der um pio eu mato sem dó!!! Vocês querem me enlouquecer? Só fala quem eu mandar falar, entenderam? Respirou fundo, guardou a arma, sentou-se. Minutos depois, diante de todas aquelas carinhas atônitas, pediu pra que uma pessoa falasse: _ Muito bem. Quem é Késsia Nina? _ Eu..._ temerosa, a moça alta apresentou-se. _ Srta. Késsia Nina, poderia me explicar o que foi que aconteceu, sem omitir nada de que se lembre? Ela fez cara de pânico. Olhou seus companheiros, ali apertados naquela sala, suspirou e tentou organizar os fatos em sua mente da melhor maneira possível: _ Tudo começou há sete anos, quando eu assisti pela primeira ... _ Por favor, Srta. Nina!!! Eu estou falando de hoje de manhã, na Igreja São Chris Carter, quando a Srta. e seu grupo tentaram seqüestrar um padre, destruíram propriedade particular, perturbaram a ordem pública entre outras acusações que eu nem sei como enquadrar!!!...poderia ater-se a estes fatos, por favor?_ Ele pousou a cabeça entre as mãos, numa tentativa de manter a calma e a sanidade ... _ Tá, tá...Bom, como eu ía dizendo, faz muito tempo que acompanho a vida da Scully _ A noiva? _ Noiva não!!! Ah, quer dizer, é...hoje de manhã ela era a noiva, claro e foi por isso que a gente precisou entrar nessa história... _ Do princípio, Srta. Nina, do princípio... (OK, Kes, deixa que eu conto daqui pra frente...) Igreja de São Chris Carter, 10:13 a.m. A manhã ensolarada emprestava um colorido especial à pequena Igreja, com seus enormes vitrais retratando cenas clássicas dos sete anos do seriado. A direita, a abdução de Samantha, conforme vista nas hipnoses de Mulder, retratada com detalhes impressionantes. A esquerda cenas de abduções em geral, algumas autópsias e alguns dos mais famosos monstros da semana. No fundo, nas laterais do altar, entretanto, os vitrais estavam cobertos. Diziam os conhecedores do local, que eram cenas incompatíveis com a cerimônia que seria realizada a seguir, porque mostravam a noiva com outro , que não era o noivo. Alguma coisa com uma dança ao som de Cher e um jogo de baseball...mas ninguém viu realmente os tais vitrais. A nave ( nome apropriado, não?) estava lotada de convidados e todos aguardavam impacientes a entrada da noiva, inclusive o noivo, que conversava nervosamente com um dos padrinhos, um homem que fumava sem parar... _ Alex, você não podia ter selecionado melhor os convidados? Tá cheio de shipper aqui! Já contei mais de trinta, só dos mais manjados...E esse rebelde sem face aqui do meu lado? Esses caras são perigosos! Ele já se ofereceu pra acender meu cigarro umas três vezes! _ Calma CGB! Hoje é dia de festa, tá todo mundo aqui, tem noromo, shipper, half, rebelde sem face, cinzentos, acho que eu vi até o Tooms lá no fundo! Aqui é um campo neutro, ninguém vai sacanear com ninguém dentro da Igreja! Agora, na saída é cada um por si, já vou avisando. Eu só vou proteger a Ruiva e olhe lá! Nesse momento, foram interrompidos pelo início da execução do tema de AX, executado pelo M. Snow em pessoa, anunciando a entrada da noiva. Trazida por um sorridente Bill, que agora sim estava contente com a decisão da irmã de casar-se e constituir família, com um homem de bem ( afinal, Bill sabia distinguir um homem de bem de um maluco como o parceiro da irmã. Alias, qualquer homem seria classificado como ótimo, desde que não fosse Mulder!) Caminharam a pequena distância até o altar, entre as lágrimas dos shippers, os aplausos dos noromos e os olhares indecisos dos half- shippers, que tinham uma reunião marcada para àquela noite, para decidir o que eles achavam disso tudo... Depois de entregar a noiva, Bill assumiu sua posição ao lado da mãe, que ainda tentava entender o que estava acontecendo. No fundo da Igreja, tristes e desolados, estavam o agente Pendrell (2° edição), Ed , Frohike, Skinner, o pai da Piper, um alienígena cinzento não identificado e...Mulder. O agente olhava para aquela cena, sem poder acreditar no que via...sua parceira, sua amiga...sua parte honesta, sua referencia de vida, sua....bom, vocês já entenderam, né? Então, lá estava ele, se lamentando sem tomar nenhuma atitude, ao lado de Claudia, toda arrumada pro casório. Ale ainda não tinha chegado, porque provavelmente errara o caminho da igreja e porque estava atrasada com sua parte da fic e precisava escrever antes de vir. O padre, depois de proferir um discurso de duas horas e trinta e dois minutos, pronunciou as fatídicas palavras finais: _ Bem, é chegado o momento de fazer a importante pergunta. A mais importante de todas. Aquela para a qual esperamos a resposta... ele olhava insistentemente para o fundo da igreja e falava alto, como se quisesse falar com alguém em especial_ Se ALGUÉM tiver alguma coisa a dizer, que impeça essa união, FALE AGORA ou cale-se para sempre...Mas é PARA SEMPRE, viu Sr MULDER? FALE AGORA!!! O padre estava sendo tão indiscreto, que todos se viraram para o fundo da igreja, numa expectativa angustiante... _ Assim, não vale!! Até o padre está contra mim!!!_ Alex estava inconformado. _ Calma Alex, é a tradição..._ Por um minuto Scully nutriu estranhas esperanças de que o pateta do Mulder se manifestasse. Na verdade ela estava achando um barato essa situação e já aprendia a se divertir com a fic eterna...se pudesse, só mudaria o modelo do vestido, que ela não achou dos mais bonitos... Bill, ao perceber as intenções do padreco, sacou uma arma e esperou pra ver se Mulder dizia alguma coisa... _ Vai desgraçado, fala logo! Mulder, isto é uma ordem!!! _ Skinner sacou a arma e apontou para Mulder...mais tarde discutiremos se ele fez isso pensando em Mulder ou em si mesmo...agora não vem ao caso... Vendo a armas na mão de Bill e outra na mão de Skinner, Mulder ficou paralisado...Era só uma questão de decidir de quem, levaria um tiro! Alex, por sua vez, não ficou intimidado, e sacou a sua arma apontando em direção a Skinner. Para proteger Skinner, a sra. Scully apontou uma arma para CGB, pedindo a ele que parasse Alex. CGB, o único que levara a sério a recomendação do convite que pedia a todos que viessem desarmados, não apontou pra ninguém. Só pra não quebrar a minha cadeia de eventos, o rebelde sem face apontou pro cinzento, que ameaçou desintegrar todos os noromos dentro da igreja, que gritavam que a culpa daquela confusão era dos shippers, que a esta altura já estavam arrancando o padre de cima do altar, porque sem padre não teria casamento. O padre, por sua vez gritava: _ Calma gente, sou eu, sou eu, o Sam!! Calma que o padre verdadeiro tá amarrado lá na sacristia!!! Scully, vendo todo aquele rolo, jogou fora o buquê e ficou com a Sig em punho, sem saber pra quem apontar. Dentro da igreja, a confusão era completa. Mulder, depois de dez minutos paralisado pelo medo de expressar seus sentimentos, finalmente disse as palavras que todos esperavam! Mas ninguém ouviu, no meio daquela bruta confusão. Foi aí que a polícia chegou e levou todo mundo pra cadeia. E é lá que eu vou deixar todo mundo, esperando a advogada, Dra Modell... Xxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxx Quando Claudia leu a enorme confusão que Alexandra criara, ficou estarrecida. Porque a Ale continuava a insistir em ter os serviços advocatícios de Claudia de graça? Porque diabos Claudia nunca conseguia um cliente que pagasse e cujo caso não fosse uma confusão sem fim?? Essa questão rondava a pobre advogada (ou advogada pobre, que seja). Bem, agora a confusão estava feita. Claudia entrou na delegacia, não sabendo mais quem era quem. Mas bastou ela se dirigir ao delegado e apresentar a Lei! A grande lei, aquela que ninguém desobedece. A Lei do Mais Forte. O delegado não teve outra saída senão fazer o que Claudia dizia, que era: 1)Mandar todas as testemunhas, falso padre, e outras pessoas não autorizadas nessa fanfic, de volta pro limbo de onde vieram; 2)Trancar o Krycek numa cela e o CGB noutra (sem cigarro); 3)Mandar a Scully, com vestido de noiva mesmo, ver se a Claudia estava lá na esquina; Feito isso, Claudia mandou o próprio delegado pro limbo, e recolheu Mulder e Skinner. Ah, e a Ale, mas com essa Claudia precisava ter uma conversinha: _ Dona Ale, posso saber o que deu em você??? _ Foi você quem inventou o casório!!! _ Eu inventei, mas era uma metáfora. _ Agora chama assim é? _ Olha, tudo bem, já arrumei essa confusão. Vê se não chama mais tanta gente, afinal daqui a pouco esse povo cria um sindicato e pede salário. Aí já viu.... _ Tá bom, tá bom. Mas, e agora? O que a gente faz?? Essa era a grande pergunta. Claudia estava bloqueada. Desde que terminara de torturar Mulder em uma fanfic (séria dessa vez), ela estava sem energia ou inspiração (como vocês devem ter notado). Claudia estava distraída, pensando no que fazer, e Ale ficava olhando para ela, igual o Pink olhando o Cérebro (boa essa né?). Estavam as duas tão distraídas que não perceberam que Scully tinha voltado da esquina, sem ter achado Claudia, claro. As duas não perceberam quando ela puxou Mulder e o escondeu embaixo de suas roupas, não sem antes verificar se ele estava com febre, ou garganta inflamada, ou câncer na próstata (essa mulher quando perde o próprio casamento fica meio tarada....). Quando Claudia percebeu o que estava ocorrendo já era tarde. Uma cena shipper horrível surgiu a sua frente. Mulder e Scully se beijando, fazendo a coisa selvagem, se casando, tendo três filhos e um deles sendo abduzido por alienígenas. Que falta de vergonha!! Claudia se sentia perdida, e Ale parecia não se importar. Seria tudo aquilo um pesadelo? Estaria Claudia sendo drogada pelo Sindicato, com propósitos desconhecidos? Quem estaria por trás dessa trama diabólica? Claudia depositou, lentamente, o teclado sobre a mesa, e exalou um suspiro cansado. Suas forças estavam sendo drenadas, talvez por um movimento shipper. Um movimento criado por sua comparsa, sem dúvida. Nesse momento, Claudia se perguntou se deveria confiar nela..... Mulder e Scully, percebendo o que haviam causado na escritora, riram baixinho.... _ Mulder, o plano deu certo!!! _ É verdade, essa boboca agora vai ficar distraída e a gente vai poder fugir. _ Boboca mesmo, como ela acreditou, mesmo por um minuto, que nós dois íamos nos declarar e até partir pras vias de fato? _ Hummmm, Scully, porque não???? _ Já te disse numa outra fic, sou apaixonada pelo Skinner. _ Ah tah, lembrei. E agora, o que a gente faz? _ O que a gente faz toda quarta a noite, Mulder. _ E o que é?? Tentar conquistar o mundo? _ Não, tentar fazer um episódio que preste... Dizendo isso, Scully e Mulder saíram correndo, rumo a quarta feira, rezando para que não fosse uma reprise. É tão chato ficar refazendo episódios..... Xxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxx Branco...branco total.... A página parecia uma propaganda de OMO, de tão branca... Talvez resultado do choque causado pelos últimos acontecimentos, talvez chateação por ter perdido a bagunça na igreja ( sabia que não devia ter entrado à esquerda naquela rua!!), talvez preocupação por ter notado uma certa desconfiança de sua comparsa em relação a ela num determinado parágrafo do capítulo anterior... E Mulder e Scully, fingindo ser shippers que fingiam ser halfs, mas que todo mundo sabe que na verdade são...( o que eles são afinal? Deixa pra lá...) são dois espertinhos que acabaram fugindo descaradamente. Como se não bastasse isso, estava sem rede... Foi para casa na quarta feira, esperançosa de os encontrar num episódio inédito e conseguir recapturá-los para mais aventuras na fic eterna... Em casa, mais uma vez, tudo preparado...Família exilada no quarto, cã amordaçada, campainha e telefone desligados, escuridão total, controle remoto do vídeo e da tv ao alcance...tudo pra assistir: Teaser Vagão de trem. Cirurgia acontecendo. Sangue verde. Rebeldes se face. Churrasco de cientistas. A chata da Cassandra Spender...Meu Deus! De novo não!!!!!!!!! “Duas mães, nenhum filho” A verdade saiu, mas volta. Deixe seu recado logo após o sinal. Obrigada. beeeep. Episódio escrito e dirigido por Ale Morgilli Participação especial (ainda não sei...vão vendo conforme o povo aparece) Narrador, em off: Anteriormente, na fic eterna.. (agora vcs ouvem uma música dramática e revêem em suas mentes privilegiadas algumas cenas importantes dessa fic, mas só as de cunho mitológico, por favor!) Sugestão: Mulder olhando com cara de pânico pra Ale e Claudia, Mulder espancado em São Paulo, Skinner encontrando Claudia, Ale vendendo fics para o Canceroso, Claudia, Skinner Ale e Mulder assistindo a reunião secreta onde Scully se encontra com o Canceroso, o quase casamento de Scully e Krycek... (Deu pra relembrar toda a mitologia? Tudo bem, no episódio original também não deu!) Corta o flashback. Teaser Cena 1 Ale aparece sentada numa cadeira, numa sala meio escura, tomando Martini (eu não fumo!!!) e narrando alguns fatos: _ talvez tudo tenha acontecido por nossa culpa...talvez se tivéssemos planejado algo diferente...Talvez se eu tivesse assistido de novo o episódio eu me lembrasse direito desse texto, mas não vem ao caso...o importante é a intenção...eu tenho muitas intenções... Corta. FBI. Skinner entra na sala dos Arquivos X: _ Claudia, acharam a Cassandra Spender. _ Tá brincando! Ela num tava morta? _ Ainda não Claudia, só na continuação deste episódio! _ Que é que eu estou fazendo numa reprise???? Só um minutinho, fofo._ Claudia respirou fundo e gritou o nome da comparsa: _ Ale!!! _Oi_ Ale em off _ Pode começar a se explicar... _ Fica fria Claudia! Assistir reprise no meio da temporada nova é a maior sacanagem, então eu resolvi rescrever o episódio. Relaxa e aproveita. _ Hum..._ desconfiada _Tá...pode ser interessante._ Volta-se para Skinner_ antes de ir ao pátio de manobras, dá uma fechadinha na porta aí, que eu tenho um assunto sério pra tratar com vc... Horas depois, pátio de manobras A equipe está nervosa, andando dum lado pro outro. Um paramédico se aproxima do contra-regras: _ Cara, esta mulher acabou de sobreviver a um atentado horroroso e devia ir para o hospital com urgência, tá aqui no meu roteiro!_ o homem sacudia as folhas com raiva. _ Ordens da direção. Ninguém deixa a cena do crime antes do FBI chegar, e o sr. Skinner teve de se atrasar um pouco. Então fica frio e cuida da Cassandra. Mas não se preocupa tanto, ela morre no final mesmo! O paramédico sai contrariado, no momento em que chegam Claudia, Skinner, Spender e o cara do restaurante chinês, com o almoço da equipe. Spender faz aquele papel de bobo e o Skinner sacaneia ele de novo, mostrando primeiro a desgraça toda antes de contar que a mãe dele tava viva. _ Ô garoto, sua mãe tá lá fora, mas já vou avisando que ela te acha uma besta, não liga a mínima pra você e só quer saber do Mulder. _ O senhor acha que eu devo procurar um psicólogo pra lidar com essa rejeição? _ Não...melhor não gastar tempo e dinheiro com isso...você morre mesmo no final do próximo episódio... Spender, que estava atrasado com a leitura do roteiro, não entendeu a insinuação discreta de Skinner e foi lá encher a Cassandra. Corta Quadra de basquete Mulder, já suspenso do FBI e agindo como se fosse um adolescente, tá jogando basquete quando a Scully entra e ele dá uma olhada tão descarada nas pernas da moça que eu não sei como ela não tropeçou...(tá, mantive essa cena intacta, porque adorei!!!!) _ Mulder, descobri tudo. _ Você não descobriu nada útil. Só eu posso descobrir coisas incríveis... _ Mulder, eu descobri falhas enormes nesse roteiro, coisas que não batem, que estão diferentes... _ Calma Scully, deve haver uma explicação lógica e racional para isso... _ Tá vendo?!?!?! Tem falas trocadas, cenas cortadas e alteradas...eu acho que são elas.. _ Quem? As minhas “Ex”? _ Não, Mulder!!! Elas..._ ela falou baixo como se temesse ser ouvida (boba, não sabe que está sendo lida?!?)_ aquelas autoras piradas a C. e a A. _ Quem? Scully, isso aqui é uma reprise, estamos seguros, já sabemos tudo o que vai acontecer!! Você é muito tensa!! _ Sabemos? Então como você explica esse diálogo? Olha aqui na minha cópia do roteiro: eu nem devia ter uma cópia do roteiro nessa caixa!! Era pra ter um monte de papéis e uma foto do seu pai com o Canceroso! Olha aqui!! Tá vendo!! Olha aqui uma foto da Claudia com o Skinner!! Eu sabia! Tem algo muito esquisito nesse episódio!!! E com ou sem a sua ajuda, eu vou descobrir!!! Corta. Ale no hospital, com seu Martini. Close no aviso na parede: " Proibido Beber " Ale ignora o aviso e olha para o homem na câmara frigorífica (cortes no orçamento do episódio. Sabe quanto custa uma hiperbárica?) _ Eu consegui...era ela...a híbrida perfeita... _ Então, eu vim aqui tirar umas dúvidas, só pra atualizar o cadastro...Não era o guri? O tal do Gibson? _ O Mel? _ Não, o baixinho...aquele que lia mentes... _ A verdade...a verdade é que..._O homem tem um acesso de tosse e morre antes de responder. Ale olha a cena, com ar soturno, toma mais um gole, e decide que vai pra próxima cena de táxi, porque já tá ficando complicado dirigir... Corta Hospital Scully e Mulder estão conversando com a Cassandra e Scully, uma médica, traz cigarros para a mulher (um contra-senso, não?). _ Nossa, você não era paraplégica?_ Scully espanta-se _ Não. Eu tava com uma preguiça doida nos outros ep., mas o C.C. me deu uma bronca e eu resolvi entrar na linha... Scully parou e tomou nota mentalmente de mais essa fala estranha, fora do roteiro. Tomou nota também da sua nota mental, também fora do roteiro... Corta. Ale de novo na tal sala, conversando com alguém _Não podemos confiar em mais ninguém. Precisamos de alguém em quem Mulder confie, alguém de aspecto sincero, alguém de aparência pura, totalmente inocente... Corta. Imagem gira lentamente até focalizar a pessoa com quem ela está falando _ Não vai dar certo, Ale...A Scully já tá muito desconfiada e se o Mulder olhar pra mim vai me reconhecer imediatamente!! Apesar do meu ar inocente, acho que não sou a pessoa ideal pro papel.._ Claudia estava realmente preocupada com o rumo da fic, mas tentava colaborar... _ Então, tá...A gente chama a mocréia mesmo... Corta ( não vai ter a cena do rebelde sem face com o Spender e o Krycek,