Título - Anos depois - Part 1/? Autora - Claudia Modell E-Mail - claudia@subsolo.org Homepage - http://subsolo.org Summary - Anos depois e Mulder e Scully não estão trabalhando juntos. Ele precisa dela, mas seus motivos podem não ser tão inocentes. Anos depois - Parte 1/? Se tivesse acontecido ha alguns anos atras ela nao teria achado estranho. Afinal era normal que Mulder ligasse para ela no meio da noite para falar sobre algum caso diferente. Mas isso tinha mudado e muito. Ele deixou de ser a pessoa que sempre estava pronto a acreditar nos acontecimentos mais absurdos e inexplicaveis. No inicio, apos ter descoberto que suas crencas eram baseadas em mentiras ele continuou a manter a mente aberta, mas pouco a pouco essa disposicao desapareceu. O relacionamento dos dois decaiu lentamente, com Scully disposta a acreditar e Mulder desistindo disto. Era uma inversao de papeis. De inicio se podia pensar que, tendo ela, enfim, passado a pensar como ele, os dois seriam ainda mais unidos. Mas ele deixou de lado as crencas e ela se encontrou do lado oposto ao dele. Como sempre tinha sido.Mas o que realmente tinha deteriorado o relacionamento nao foi o fato dos dois se encontrarem mais uma vez em lados opostos, mas sim o fato dele nao ter se adaptado de forma suave as ideias que anteriormente pertenciam a sua parceira. Ele reagiu a descoberta das mentiras sobre os alienigenas da pior maneira possivel, fechando sua mente para qualquer outra explicacao que nao fosse a conspiracao perpetrada pelos militares. Mas nao somente isso, ele passou a afastar sua parceira devido aos argumentos contrarios que ela usava. O afastamento foi gradual e quando menos perceberam ja nao trabalhavam juntos. Mas nem por isso foi menos doloroso, ao menos para ela. Ela nao tinha noticias dele ha dois anos, pelo menos. A última vez que tinha ouvido falar dele foi por intermedio de seu chefe Skinner. Soube que ele estava trabalhando na secao de crimes violentos. Ela, por sua vez, estava trabalhando em Quantico, na secao de treinamento dos novos agentes. Em comparacao com os 5 anos passados trabalhando nos X-files, sua vida era monotona. Ela poderia ter seguido os passos de Mulder e passado a vida a procura da verdade, mas essa nao era a ideia que ela tinha de um futuro feliz. Resolveu continuar a procurar pela verdade quanto a morte de Melissa, mas o fazia de maneira discreta. Questionando pessoas e examinando arquivos. Ela vinha descobrindo diversas coisas nos últimos meses. Fatos que indicavam claramente o envolvimento do consorcio em acoes terroristas. Ela pretendia expor o consorcio e seus membros, ja tendo descoberto a identidade de um deles. Mas nao havia contado nada a ninguem. Nao ainda. _______________________________xxxxxxxxxxxx___________________________ -Scully. Ele sorriu, mesmo depois de tanto tempo ela ainda atendia o telefone da mesma forma, e isso trouxe a ele boas lembrancas. -Scully, sou eu Mulder. -Aconteceu alguma coisa Mulder? -Para dizer a verdade sim, aconteceu. A gente pode se encontrar? -Sim, acho que sim. Eu te espero aqui. -Ok, estou indo entao. Ele desligou, e ela ficou imaginando o que ele queria com ela. Ele sequer se desculpou por ligar tao tarde. E nem ao menos disse que podiam se encontrar no dia seguinte, em uma hora mais razoavel. Entao o assunto era urgente. Mas nao adiantava especular. Quando ele chegasse ela saberia o que tinha acontecido. Em menos de vinte minutos a campanhia tocou. -Ei, sua campanhia nao mudou nada nesses anos. Ele disse isso com o toque ironico de que ela sempre sentiu saudade. Mas nao se deixou levar pelas lembrancas. -Mulder, o que houve? -Eu queria somente conversar com voce. -As 2 da manha? -Desculpe, realmente nao notei que era tao tarde. Mas eu preciso falar com voce. Ela percebeu que o assunto era realmente urgente. Ele nao estava disposto a ir embora sem antes falar com ela. -Entao conte tudo Mulder. -E que eu preciso da sua ajuda. -Eu nao estou mais trabalhando como antes Mulder. -Eu sei, mas e que eu gostaria que voce me ajudasse em uma investigacao. Uma serie de homicidios que ocorreram no Haiti. -Haiti, Mulder? Por que isso e tao importante? Nao ha ninguem cuidando disso? Ela ja estava exasperada. Porque ele achava que podia vir no meio da noite e tentar faze-la se envolver nos problemas dele? -Eu acho que o consorcio tenha algo a ver com o caso. -E como voce descobriu isso? -Eu tive um contato com alguem do grupo. -Um contato? Que contato e esse Mulder? -Ninguem que voce conheca. Mas ele vem me ajudando. -Escute Mulder, eu sinto muito. Eu nao sei quais sao as suas ligacoes com esse grupo. Eu nao me importo, mas nao me envolva nisso. -As minhas ligacoes com eles nao sao ilegais. Eu nao faco parte do grupo. -Mulder, eu nao ouco falar de voce durante, o que? Tres anos? Ou mais. E agora voce surge do nada querendo ajuda, querendo que eu me envolva com algo relacionado ao grupo de cafajestes que quase destruiram nao somente a minha vida, mas a sua tambem. Eu nao vou fazer isso Mulder. Voce pode dizer que eu sou medrosa, eu nao ligo. Eu nao quero me envolver. -Ok, Scully, e seu eu disser que voce ja esta envolvida? E se eu disser que seu nome foi mencionado diversas vezes? -Eu nao vejo o porque do meu nome ser mencionado, ainda mais relacionado com homicidos ocorridos no Haiti! Agora em diga Mulder, o quanto voce esta envolvido? O que eles teriam a ver com voce? Nada disso faz sentido. Voce nao parece estar raciocinando bem. -E se eles procurarem voce? E se eles nao aceitarem um nao como resposta? -Se vierem me procurar eu saberei como manda-los embora. -Do jeito que esta fazendo comigo agora? -Eu nao estou mandando voce embora. Voce ja foi embora ha muito tempo. -Entao acho que nao preciso me despedir. Ele saiu batendo a porta. Ela disse a si mesma que foi a melhor coisa. Mas no fundo ficou incomodada com tudo que ele disse. Que relacionamento ele teria com o consorcio a ponto de saber que eles queriam falar com ela? E o que o consorcio iria querer com ela? E como uma serie de homicidos poderia ter de qualquer modo algo a ver com ela? Essa coisa de Haiti parecia uma desculpa, soava falso. Scully resolveu deixar essas perguntas sem resposta. Resolveu esperar que o primeiro passo fosse dado. ______________________________xxxxxxxxxxxxx___________________________ A semana se passou sem que ela tivesse qualquer noticia sobre Mulder. Ela resolveu procura-lo. Tinha ficado apreensiva nao so pelo que ele disse a respeito dela, mas tambem pelo modo em que ele tinha ido embora. Scully telefonou para ele no final da tarde. -Mulder? -Ei, pensei que voce nao quisesse conversar mais. -Voce sabe que eu nao quis dizer isso. -Sei, entao voce ligou para saber como eu estou, certo? O tom de voz dele ja estava irritando ela um bocado. Mas ela resolveu que nao ia responder a provocacao. -Nao Mulder, eu liguei por que eu quero saber qual e o problema e porque voce me procurou. -Esqueca Scully, o problema nao existe mais. O que tinha que ser feito ja foi feito. -O que exatamente Mulder? Descobriram o assassino? -Ja disse, esqueca. Tudo foi resolvido. -Mulder, eu nao vou deixar voce fazer isso comigo. -Fazer o que? Eu nao estou fazendo nada. -Mulder voce esta me escondendo algo. -Voce mesma disse que nao tinha interesse em saber nada. -Mas agora eu quero saber! Ele nao deu ouvidos a ela. Desligou o telefone sem se despedir. Scully chegou a conclusao de que Mulder realmente havia mudado muito. E isso a deixou mais triste. Mas era algo contra o que ela nao podia lutar. Resolveu deixar essa preocupacao de lado. _____________________________xxxxxxxxxxxxxx___________________________ Ela sentiu o baque do carro que vinha atras. Percebeu que tinha sido intencional, estava claro. O farol alto, a mudanca de direcao, e agora a batida. Ela acelerou o carro e tentou mudar o caminho, mas percebeu tarde demais que tinha entrado em uma rua sem saida. Ainda tentou dar re no carro, mas quando olhou pelo retrovisor so pode ver os farois do carro que a perseguia. Estava encurralada. Decidiu descer do carro e correr. Achava esse metodo melhor do que o confronto direto, apesar de estar armada. Ela correu mas foi rapidamente alcancada por dois homens. Eles a mandaram parar, apontando armas para ela. Ela ainda gritou que era do FBI, mas eles simplesmente deram uma ordem de abaixar a arma e se virar. Ela obedeceu. O homem mais alto veio na direcao dela, e a algemou. Em seguida ela se viu sendo levada para o carro deles, e o outro homem colocou um capuz na cabeca dela. . Ela pensou. Realmente era uma grande encrenca. Ninguem sabia onde ela estava. Nao havia ninguem esperando por ela em lugar algum. Nem mesmo tinha um parceiro agora. Ela pensou em Mulder, mas duvidou que ele a procuraria. Mas ainda restava uma esperanca. Mulder a havia procurado para lhe contar algo, que ela nao quis saber. Talvez ele ainda estivesse atras do que quer que fosse. Que ele descobrisse que eles a tinham pego. Por enquanto o melhor que ela fazia era obedecer aos dois homens e esperar pelo melhor. _______________________xxxxxxxxxxxxxx_________________________________ O carro estava andando ha pelo menos uma hora. Ela nao tinha como determinar isso. Tentou fazer um mapa mental do caminho que estavam percorrendo. Pareceu a ela que tinham ido para fora da cidade. O movimento de carros tinha diminuido e eles nao haviam parado em qualquer local. Ela concluiu que nao havia movimento na estrada, nem sinais de trânsito. Entao estavam fora da cidade, e provavelmente em alguma estrada secundaria. E pequena, ja que nao ouvia ruidos de caminhoes ha pelo menos vinte minutos. Isso nao a acalmou nem um pouco. Quanto mais longe da cidade pior para ser encontrada. Finalmente o carro parou. Ja era noite. Ela foi levada ate uma construcao. Ela entrou na casa e eles tiraram o capuz dela. Disseram para ela se virar, pois iam tirar a algema dela. Isso foi um alivio. Seus bracos ja estavam dormentes, e ela estava cansada. Eles a levaram a um quarto, e fecharam a porta atras dela. O quarto tinha apenas uma cama, e um pequeno banheiro. O quarto parecia limpo e apesar dela nao ver qualquer meio de sair dali, se sentiu segura ao ver que ao menos estavam preocupados com o bem estar dela, e pelo jeito nao iriam lhe fazer mal. Ela estava cansada. Decidiu descansar um pouco e esperar para ver qual seria o proximo passo deles. ____________________________xxxxxxxxxxxx______________________________ Ela acordou escutando vozes. Nao entendia o que estava sendo dito, exceto uma ou outra palavra. Ela ouviu um dos homens dizer "amanha", "ordens" e depois "dormindo". Mas havia nao mais somente dois homens. Ela podia perceber que havia um terceiro. A voz era baixa e ela nao conseguia entender o que ele dizia, mas havia algo naquela voz que lhe era familiar. Scully chegou perto da porta, na tentativa de ouvir melhor a vez que ela reconhecia. Mas ele se calou, e tambem os outros. Entao ela gritou de dentro do quarto. Mas ninguem respondeu. Em seguida ela ouviu o barulho de um carro sendo ligado. E nao conseguiu ouvir mais vozes, somente barulhos de passos. Chegou a conclusao que dois dos tres homens tinha ido embora no carro. Isso nao a ajudava em nada. Afinal ela nao via como sair do quarto. A janela estava lacrada, e ainda por cima tinha um grade por dentro. A porta estava trancada. Nao havia qualquer possibilidade de fuga. Somente se a porta se abrisse ela poderia tentar algo, mas tendo que entrar em confronto com o homem que tinha ficado de guarda. Ela chamou por ele, pedindo agua. Mas nao houve resposta. Ela insistiu, mas nao houve jeito dele responder. Enfim, cansada, ela desistiu, e resolveu esperar que ele abrisse a porta por sua propria vontade. ________________________________xxxxxxxxxxxxxx________________________ A porta, no entanto, somente se abriu de manha cedo, e ela estava despreparada para isso. Assim o homem entrou no quarto e ela nao pode nem ao menos ensaiar uma fuga. Ela nunca o tinha visto antes da noite anterior. Era um homem alto e forte, e ela percebia que um confronto direto com ele nunca iria dar resultado de qualquer maneira. Resolveu usar argumentos menos agressivos. -Quem e voce? O que eu estou fazendo aqui? -Nao importa que eu seja. Ele respondeu de forma rispida. -Mas o que voces querem comigo? -No momento somente queremos que voce se alimente. Ele deixou um pacote com um sanduiche e uma caixa de leite e saiu, trancando a porta. ______________________________xxxxxxxxxx______________________________ Mais tarde ela ouviu um carro estacionando. E logo em seguida ouviu vozes novamente. Mas dessa vez conseguia ouvir quase tudo o que diziam. Estavam discutindo e nao pareciam se importar com ela. -...que.....disse.....sentido!!! -Nao ..........importância. Ela nao conseguia distinguir as palavras. Sabia que era importante ouvir o que dizia. Tinha que ouvir. Chegou mais perto da porta, colocando o ouvido colado para tentar ouvir. E conseguiu ouvir o suficiente. O suficiente para jamais ter pretendido ouvir nada. Nao foi o que foi dito, mas sim a voz que ela reconheceu. Finalmente ela reconheceu aquela voz. Era de Mulder. Ela tinha certeza. -Voce vai me obedecer. Ele dizia gritando para um dos homens. A principio ela achou que ele a tinha encontrado e que estava tentando solta-la. Mas logo percebeu que estava enganada. -Eu disse que ela tinha que ficar aqui. Ela vai ficar aqui. Nao importa o que disseram para voces. Entao ele e que tinha ordenado que ela fosse trazida para ca. Ela nao podia acreditar nisso. Tinha que haver uma boa explicacao. Nao podia ser verdade que ele a tivesse sequestrado. -Mulder!!! Eu estou ouvindo voce. Abra essa porta. Eu quero sair daqui. Esta me ouvindo? Mas nao houve resposta. Somente o silencio. -Mulder, abra a porta e me explique o que esta acontecendo. Ela aguardou, com a esperanca de que ele abriria a porta e diria a ela que tinha decidido sequestra-la para salva-la de algo pior. Mas ele nao abriu a porta. Em seguida Scully ouviu o carro dando partida novamente. E nao ouviu mais vozes. Ela entrou em pânico. Se era mesmo Mulder que estava la ele teria ido ao menos falar com ela, acalma-la. Mas ele nao foi. Ela tinha certeza que os anos haviam modificado ele bastante, mas a esse ponto? Ao ponto de mandar sequestra-la, por qualquer motivo que fosse? ________________________________xxxxxxxxxxxxxxx_______________________ No dia seguinte Scully ouviu a porta se abrindo. Dessa vez os dois homens que a haviam sequestrado entraram no quarto. Ela perguntou o que estava acontecendo. Onde estava Mulder. Mas eles nada disseram. Ela correu em direcao a porta, mas foi facilmente alcancada por eles. Eles a seguraram com forca, machucando seu braco e a arrastaram ate a sala. Ela gelou. Mulder estava la. Ele nao disse nada. -Mulder o que esta acontecendo? -Leve-a para o carro, nao precisa colocar o capuz. -Mulder? Pode me responder por favor? Ela estava a beira das lagrimas. Ela era invisivel para ele. Nao havia nada no olhar dele que dissesse que ele se importava com ela. Nada que dissesse que ela devia se acalmar. Nada. Eles a algemaram e a levaram para o carro. Em seguida Mulder disse a eles que a colocassem no bando da frente do carro, e que eles estavam dispensados. -Mas as ordens sao de mata-la. Um dos homens retrucou. Isso a apavorou. Entao Mulder tinha ordens de mata-la? E estava seguindo as ordens? -Eu mesmo faco isso. Ela trabalhou comigo e acho que devo ao menos isso a ela. Voces podem ir. Eles a colocaram no banco da frente do carro conforme Mulder tinha ordenado. Em seguida Mulder entrou no carro e deu partida. Ela tinha milhoes de perguntas para fazer a ele. Esperou que o carro se afastasse. Ele estava silencioso. O mesmo olhar frio de antes. Isso a preocupou. Tinha certeza de que, quando o carro se afastasse, ele sorriria para ela e diria que era tudo uma armacao. Que ele a levaria para um local seguro. Mas ele nao falava nada. -Mulder? O que esta acontecendo? Para onde estamos indo? Mulder? Ele nao respondia. -Mulder??? Fala comigo droga! Ela ja estava chorando. Ele nao respondia. Ele nem mesmo olhava para ela. Somente dirigia o carro olhando para frente, sem qualquer expressao no rosto. -O que voce pretende fazer Mulder? Vai me matar? E isso? Nada, nem mesmo a essa pergunta ele respondeu. Entao ele parou o carro. Ela o viu descer do carro e ir abrir a porta para ela. Era somente uma figura de linguagem. Ele abriu a porta, nao como gesto de cavalheirismo. Nao havia nada de gentil. Ele a puxou do carro. Scully protestou, seu braco doia por causa das algemas. Mas ele nao ligou. Praticamente a arrastou para fora do carro e a levou para um campo vazio. Ela viu que era uma plantacao abandonada. Entao ele tirou as algemas dela. Ela estava chorando, nao somente porque seus pulsos doiam, nao somente porque ele nao falava uma palavra, mas tambem porque ela estava com medo. Ela estava com medo dele. Nunca imaginou que ia ter medo dele. Mas agora tinha. Ele pegou a arma. E apontou para ela. Esse pensamento a deixou apavorada. Nao havia como reagir. Nao havia como fugir. E ela duvidava que pedir para ele nao atirar iria adiantar alguma coisa. Mas ela resolveu tentar. -Mulder, eu sinto muito se eu nao quis conversar com voce aquele dia. Nos podemos conversar agora nao? Ele riu. Mas isso nao a deixou mais calma. Ele estava rindo dela. -Voce acha que eu vou te matar porque estou com raiva de voce Scully? -Eu nem ao menos imagino porque voce iria querer me matar, na verdade. -Eu nao quero matar voce. -Mas voce vai, nao e? -Vou sim. Mas eu nao quero. Ela olhou para ele, tentando imaginar o porque daquela loucura. Eles tinham sido parceiros por tanto tempo, e apesar das discordancias os dois trabalhavam muito bem juntos. Sera que tres anos de separacao tinham sido suficientes para muda-lo dessa forma? -Mulder, eu nao estou entendendo isso. Voce obedece as ordens desses canalhas? Porque? -Eu nao obedeco ordens deles. A ideia de matar voce e minha. Eles foram contra. Ela mal podia acreditar no que ouvia. Mas ele disse isso com muita conviccao. Ela sabia que ele estava dizendo a verdade. Alem do mais ele ja a teria soltado se nao fosse verdade. -Ok, Mulder, entao va em frente. Mas voce vai se arrepender disso para sempre. Voce sabe disso. -Eu nao vou me arrepender. Eu sei o que eu estou fazendo. Em seguida ele a mandou seguir em frente. Ele apontou a arma para ela. Mas ela nao viu isso. Naquele momento um aviao passou. O barulho alto nao deixou que se ouvisse qualquer tiro. Depois o campo ficou em silencio. ______________________________xxxxxxxxxxxxx___________________________ End part 1/?